tag:blogger.com,1999:blog-71644790629991186892024-02-19T03:42:27.070-03:00Meu mundo de mãeAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.comBlogger305125tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-84677831148974781622017-03-08T14:37:00.001-03:002017-03-08T14:37:23.504-03:008M<div style="text-align: justify;">
Sou mãe e mulher, sofrendo as opressões diárias que isto me acarreta, como piadas sobre a roupa que eu uso e que tipo de vantagem quero ter com isso quando quero ir arrumada ao trabalho ou que estou querendo sofrer assédio caso vá para a rua com algo curto/provocativo; ameaça de demissão após a licença-maternidade porque mães faltam quando os filhos estão doentes; que eu continuo sendo bonita mesmo com críticas ao meu trabalho; apropriação do meu trabalho por homens; piadinhas de todos os tipos; assédio moral; violência doméstica e ameça; medo de sair sozinha nas vias públicas; etc. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São inúmeras e você, que é mulher, e você, que convive igualitariamente com uma mulher, sabe do que eu estou falando. Mas a vida, aos poucos e um tanto à força, me deu uma militância feminista de presente da qual eu não quero e não posso fugir. Então, dia a dia e pouco a pouco, vou lendo, ouvindo, vendo, conhecendo e sabendo para mudar minha vida, meu mundo e buscar pela necessária transformação da sociedade - porque sim, eu acredito, acho possível e tento fazer a minha parte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, o que eu faço pra melhorar este mundo?</div>
<div style="text-align: justify;">
- Escrevi uma monografia na pós-graduação que analisa os sete primeiros anos da lei Maria da Penha e as matérias publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo para verificar se as matérias cumprem o requisito da lei, que estabelece que os veículos de comunicação devem respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família, coibir estereótipos que legitimem e exacerbem a violência doméstica e familiar a ainda prevê a difusão da lei e dos seus instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres;</div>
<div style="text-align: justify;">
- Tenho lido, ouvido, tentando entender e, acima de tudo, mudar meu comportamento e mostrar para as pessoas quais os caminhos para mudar;</div>
<div style="text-align: justify;">
- Tenho dado palestas de emponderamento e luta de equidade e gênero no trabalho;</div>
<div style="text-align: justify;">
- Tenho, acima de tudo, pensado em novas formas de militância e atuação (se alguém que ler este texto puder e quiser me indicar coletivos de gênero, agradeço imensamente).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o que mais faço, diariamente, é me reinventar para educar um menino para que ele não seja machista e misógino. E, com palpiteiros de plantão e uma cultura machista vigente, é sempre um desafio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste caminho, que trilho lado a lado de um menino ingênuo de <strike>cinco</strike> quase seis anos, já enfrentamos poucas e boas e, felizmente, percebo que tenho um companheiro e tanto nesta luta, que tem a língua afiada da mãe e já dá seus passos rumo à defesa da igualdade. Quer ver?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já enfrentamos palpiteira em farmácia, quando ele tinha cerca de dois anos, que decidiu se dirigir a ele afirmando que ele não poderia escolher a chupeta rosa porque era cor de menina. ENTÃO, intervi pedindo que ele respondesse à ela, que podia sim, que não tinha cor de menino e menina. Pois se houvesse, o que faria ela, na farmácia, usando azul. (Gente, a vida é irônica e a gente precisa saber usar a inteligência nesta luta inglória pela igualdade);</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já respondemos que ele escolhe o brinquedo que quiser: rosa ou azul, de florzinha, bichinho, carrinho ou super herói, afinal não usa o pipi para brincar;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já compramos brinquedo rosa, da Minnie, que brilha e deixamos todo mundo em volta olhando chocado com a decisão firme de comprar, sim, o rosa que ele quer;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já fizemos o Papai Noel trazer boneca, fogãozinho e panelinha;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já demos bronca em adulto que acha que pode dar beijo forçado em criança reforçando a cultura do estupro;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já disse a ele que ele pode se casar ou namorar com homem ou com mulher, desde que o outro queira;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já passamos por sem constrangimento algum por um caminho onde dois garotos se beijavam enquanto uma família tinha acabado de desviar do mesmo caminho constrangida e sem saber o que dizer a outra criança;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já briguei com ele para que não agarrasse amigas e amigos à força;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já consolei ele que chorava copiosamente porque um amigo não quis dar um beijo de tchau e remeti às tantas vezes que ele não quis me dar um beijo e eu respeitei, falando para ele que é preciso respeitar a vontade dos outros mesmo quando a gente quer muito;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já incentivei ele a dar flores a homens e mulheres, sempre que assim ele desejar, assim como a demonstrar amor, carinho e afeto pelas pessoas que o rodeiam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nosso caminho pelo fim da cultura machista, misógina e de violência é diária, contínua, sem fim. Não é fácil, muitas vezes temos erros e tropeços, mas sigo firme no maior propósito da minha vida: educar uma pessoa para que ela entenda que todos são iguais e precisam ser respeitados igualmente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, meu desejo neste oito de março é exatamente este: que possamos criar crianças livres dos estereótipos machistas, conscientes de que é preciso respeitar o outro, seu corpo e suas decisões assim como ele, o corpo dele e suas decisões devem ser sempre respeitadas desde hoje, que ele ainda é uma criança, até quando ele for um idoso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Feliz Dia de Luta das Mulheres!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-64323486044107906022017-02-06T16:37:00.001-02:002017-02-06T16:37:35.851-02:00Fundamental 1<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E lá foi ele para o primeiro dia de aula do primeiro ano. Animado, feliz, crescido. Onde será que foi parar meu bebê? Enquanto ele ficava animado e contente na escola, eu entrava no carro morrendo de vontade de chorar. É lindo vê-los crescendo, mas dá uma tristeza danada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aos poucos, no dia a dia, a gente percebe que os trejeitos de criança e muleque vão ganhando corpo e forma. Ganha gíria, novo gingado, um novo jeito de falar, brincar e se expressar. E aí, não leva seus paninhos e mantas pra escola porque "óbvio, mãe. Eu to no primeiro ano."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E a gente vai vendo e percebendo como eles crescem e soltam com facilidade da mão da gente. De como eles conseguem se articular, conversar e se virar em um território que é deles e, ao mesmo tempo, é novo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto o mundo dele se amplia, o meu esvazia e vai ficando mais distante. E, ao mesmo tempo que é uma delícia vê-lo caminhar com segurança, é um novo desafio que se desenha para mim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em um misto de alegria, euforia, amor e tristeza seguimos trilhando esta nova etapa, que deve ser de muitas descobertas e alegrias.</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-85991000869410013382016-07-19T10:37:00.000-03:002016-07-19T12:02:00.287-03:00De ressaca<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8UPnEdqtMWP8Hrso4gVgkOo3syWnfOsdDU6RvPO7NATL4ENAIP4o3pVV15md1WUYvKP__77MRyOSwj3KFRuhq_hf46jj5-Ci-MzMDOzWIKnuvqzkh5JuuIMrP1FZ43FAGjS8lu3UqhbBi/s1600/13775901_1148680061821574_3272368043670100652_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8UPnEdqtMWP8Hrso4gVgkOo3syWnfOsdDU6RvPO7NATL4ENAIP4o3pVV15md1WUYvKP__77MRyOSwj3KFRuhq_hf46jj5-Ci-MzMDOzWIKnuvqzkh5JuuIMrP1FZ43FAGjS8lu3UqhbBi/s320/13775901_1148680061821574_3272368043670100652_n.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Quem nunca tomou um porre e ficou de ressaca que atire a primeira pedra! Quem nunca disse que nunca mais ia beber no dia seguinte? Quem nunca sentiu arrependimento e achou que ia morrer depois de uma grande esbórnia? Mas aí os dias passam, a ressaca passa e, quando menos se espera, estamos lá de novo bebendo, na esbórnia e sofrendo tudo de novo...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Mas e quando a ressaca é de outro tipo?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Vira e mexe fico com uma sensação igual a da ressaca da bebida, mas é uma ressaca de responsabilidade. Em vez de sentir o gosto de cabo de guarda-chuva na boca, eu sinto mesmo é o peso do mundo. Quem me dera que a esbórnia de ontem tivesse sido a base de bebida, festa e muita diversão. Minhas ressacas, a tempos, tem sido extremamente opostas: cheia de responsabilidade, uma criança para criar e a falta daquela ajuda que deveria existir e não existe em nenhum sentido: nem físico, nem financeiro, nem espiritual, nem moral.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Então, eu vou lá, faço e aconteço, dou conta do recado e, depois, fico sentindo o peso do mundo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ontem foram 7 horas em um pronto socorro infantil, com criança com soro e medicamento na veia, </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">um show de manha que me tira do sério, </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">uma pequena fortuna paga no estacionamento, um dia inteiro sem comer praticamente nada (até às 18h tinha sido uma xícara de café com leite antes de começar uma reunião no trabalho, quando veio a refeição dele me deram um lanche de alho poró e ainda comi parte da comida dele, que ele se recusava a comer). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Chegando em casa, vem uma a ressaca do mundo, de ser mãe, de não ter apoio algum, de estar sozinha, de não ter forças nem pra comer e se jogar na cama que já é tarde e eu só quero esquecer. E a ressaca do mundo dura um ou dois dias depois de tamanha responsabilidade. É sempre assim. Em ciclos. Eu só não posso prometer não repetir a dose porque não posso me ausentar da responsabilidade. Mas aí, quando menos se espera a gente esquece que é tão difícil assim, se acostuma com uma dificuldade ou outra e vai vivendo até que acontece de novo e eu me pego sofrendo tudo de novo...</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-88327603030869915622016-06-03T14:33:00.004-03:002016-06-03T14:33:56.995-03:00Um menino aprendendo a escrever<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOYsWcX8Amq_T_xmPx013NBXMjbnHlVwhicozn0dOyVG7Vow2saRk6-Hkz-NFrQMcfcTxzL4nqu8mwqlk71GHrzoshFlSh5VY5861B58K7v743zRjEYQMJhopcBJB9-r6AybCLmt5ta6Ws/s1600/escrita.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOYsWcX8Amq_T_xmPx013NBXMjbnHlVwhicozn0dOyVG7Vow2saRk6-Hkz-NFrQMcfcTxzL4nqu8mwqlk71GHrzoshFlSh5VY5861B58K7v743zRjEYQMJhopcBJB9-r6AybCLmt5ta6Ws/s320/escrita.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fui a uma reunião na escola que contava sobre os progressos das crianças. Contava que alguns estavam pré-silábicos, uns silábicos com valor sonoro e um que já sabia escrever.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A mãe, jornalista e que ama ler, pirou. Ver meu filho ler, escrever e aprendendo tudo isso sempre foi minha maior vontade e minha maior expectativa em tudo isso. Pois bem. Apesar disso, sei que tenho um menino super numérico - para desespero da mãe que odeia matemática e números e quase enlouquece com ele que conta tudo, sempre, o tempo todo, sem descanso (vou fazer um post só sobre isso, prometo).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pois bem. Reunião acabada e aquilo ficou ali latejando dentro de mim. Uns dias depois, viajamos para a praia. Lá, na brinquedoteca, tem uma lousa e ele estava brincando nela quando lancei o desafio: Arthur, vamos escrever uma palavra? Ele rapidamente aceitou o desafio e pensei em uma palavra que eles tinham tentado escrever na escola: elefante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E então, ele começou a pronunciar cada sílaba e escreveu (aí na foto) E L F A T. A mãe, louca, já saiu fotografando, postando e se emocionando. Tem alegria maior? Como uma leiga total (pré-silábico ou silábico com valor sonoro até então não tinham diferença e eu nem sabia o que era, na verdade ainda não sei apenas deduzo) sai falando que ele estava pré-silábico. E em questão de minutos a professora me chamou no Messenger e avisou que não, que ele estava silábico com valor sonoro. E elogiou o empenho, interesse e dedicação do meu menino. Se quase chorei? Óbvio!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O fato é que em abril ele estava aí nesta situação (mãe atrasada, me representa!) e me encheu de felicidade e orgulho. Dói um tanto ver eles crescerem, mas também é uma alegria tão grande que nem sei o quê compensa o quê.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Em tempo, segue definições que encontrei:</span><blockquote>
<ul>
<li><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 21px; text-align: start;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Pré-silábica, sem variações quantitativas ou qualitativas dentro da palavra e entre as palavras. O aluno diferencia desenhos (que não podem ser lidos) de “escritos” (que podem ser lidos), mesmo que sejam compostos por grafismos, símbolos ou letras. A leitura que realiza do escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.</span></span></li>
</ul>
<ul>
<li><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 21px; text-align: start;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Silábica com valor sonoro convencional. Cada letra corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve tem correspondência com o som convencional daquela sílaba, em geral representada pela vogal, mas não exclusivamente. A leitura é silabada.</span></span></li>
</ul>
</blockquote>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/teste-hipoteses-de-escrita-dos-alunos.shtml" target="_blank">Fonte: Nova Escola</a></span></blockquote>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-83890781158117333432016-05-13T12:08:00.001-03:002016-05-13T12:08:26.943-03:00A fono e as palavrasDesde o ano passado que tenho sentido e percebido a dificuldade que o Arthur tem para pronunciar corretamente alguns fonemas: BR, TR, CL, BL, G ou J, X ou CH e assim vai.<br />
<br />
Então, foneticamente, ele costuma falar:<br />
Blusa - busa<br />
Trabalho - tabalho<br />
Giz - Ziz<br />
Janela - Zanela<br />
Xixi - sisi<br />
Chorar - sorei<br />
<br />
Entre outros fonemas. Esperei, no entanto, até a largada da chupeta (que acabou gerando ele chupando dedo) para ver se os fonemas "apareciam". O r, na verdade, até apareceu e se acentuou e melhorou nas pronúncias em que ele está isolado (como no próprio nome dele, por exemplo Arthur e outras palavras similares, mas não em todas já que em Arara a pronúncia não está boa e eu não sei explicar porquê).<br />
<br />
Mas com o início da soletração e escrita, que ainda acontece de forma lúdica, intuitiva e sem obrigações e cobranças, achei que era a hora de investir (literalmente) em um tratamento. Primeiro, conversei com a pediatra que pediu para ele repetir uma frase (agora já nem lembrou qual) e concordou com o encaminhamento.<br />
<br />
Depois, busquei indicações e fui visitar a primeira fonoaudióloga. De cara, eu gostei dela e, principalmente, Arthur. Então, nem fui buscar mais mesmo que tenha que pagá-la e pedir burocraticamente pelo reembolso da consulta ao plano de saúde. Afinal, o principal era que ele gostasse e se sentisse à vontade com ela para fazer bem as sessões e depois ter paciência para fazer os exercícios diários em casa. E, por enquanto, tem dado super certo.<br />
<br />
A primeira semana, ela focou no X e CH e em uma semana ele começou a falar corretamente. Aliás, só de fazer os exercícios do X e CH ele conseguiu corrigir o G e J que trocava pelo Z. Eu fiquei feliz. A fono também. Ele, orgulhoso.<br />
<br />
Quase toda semana, vem elogio da facilidade em que ele tem para aprender. O fonema do R surpreendeu a fono, já que a maioria das crianças aprendem o fonema em um mês e ele conseguiu em uma semana. A fono, inclusive, já me aconselhou que ele fosse para uma escola bilingue já que ele tem tanta facilidade em aprender. Eu ainda resisto por não ser uma realidade próxima a nós e, por enquanto, desnecessária. Claro que se financeiramente falando fosse viável, talvez eu aproveitasse a facilidade que ele tem.<br />
<br />
Já passamos também pelo fonema BR e agora estamos no CR. Semana que vem, ela me disse que vai misturar os dois. E seguimos. Achei que tanto o BR como o CR ainda encontram dificuldades na pronúncia, mas a fono está otimista com os progressos.<br />
<br />
Minha esperança é que em seis meses ele esteja totalmente articulado e esteja ainda mais pronto e preparado para começar a escrever. Enquanto isso, vejo meu filho se empenhar visivelmente nos exercícios e nas "tarefas" da fono que buscam reforçar o aprendizado e o exercício correto da pronúncia.<br />
<br />
Afinal, nada mais emocionante do que vê-lo assim crescido e crescendo.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-56702650451070441032016-04-19T22:57:00.001-03:002016-04-19T22:57:09.499-03:00Das novidades<div><div><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFDqJsBit6nNXXj3GV8Haw9SlnvMVWAeeOUmAflL4BmWC5_23nXYjSZz82ld9PWSjAVjZFrXoKEFLawR80NELQXdMbXRvQKLLSB89ZuQcHTfuAH2JMsSKO3LAyeszLM-ZbW9Sps12cGzWL/s640/blogger-image-611721815.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFDqJsBit6nNXXj3GV8Haw9SlnvMVWAeeOUmAflL4BmWC5_23nXYjSZz82ld9PWSjAVjZFrXoKEFLawR80NELQXdMbXRvQKLLSB89ZuQcHTfuAH2JMsSKO3LAyeszLM-ZbW9Sps12cGzWL/s640/blogger-image-611721815.jpg"></a></div><br></div><div><br></div><div>Quase todos os dias eu penso em escrever aqui, mas adio por todos os motivos: muito trabalho, pouca inspiração, falta de tempo para escrever e quando sobra tempo, somem os assuntos. Tá difícil conciliar sim.</div><div><br></div><div>Há mais de uma semana de férias também ainda não tive tempo de escrever. Vontade teve, mas fui deixando pra lá. </div><div><br></div><div>Assunto tem de monte, quer ver?</div><div>- a criança fez cinco anos</div><div>- ele está indo a fono</div><div>- ele está começando a escrever</div><div>- ele conta números como se não houvesse amanhã </div><div>- ele está cada vez mais incrível, mas agora deu pra gritar muito</div><div><br></div><div>Quem sabe escrevendo aqui uma lista de assuntos e temas não animo voltar antes do ano acabar? Hehehe</div><div><br></div><div>Estamos seguindo a vida e vivendo. Com os percalços existentes, com as coisas boas e as más. Ele está incrivelmente feliz em ter feito 5 anos! Adora sair por aí contando a idade como se fosse uma grande vantagem ou uma grande coisa. Chega ser engraçado a inocência dele! Ao mesmo tempo, é espantoso ver como passou rápido. </div><div><br></div><div>Encher a mão de anos, completar cinco anos. Sempre achei um marco. É assim tem sido para mim e para ele. Segue, abaixo, texto que dediquei a ele no dia via Facebook:</div><div><br></div><div>Hoje ele faz cinco anos. Meu incrível Arthur! Espirituoso, divertido, engraçado, nervoso, intempestuoso, amoroso, carinhoso, inteligente. Ele é uma verdadeira figura. O grande amor da minha vida.</div><div><br></div><div>O que desejar a um filho se não todos os clichês do mundo? </div><div><br></div><div>Quero que ele seja feliz, amado, solidário. Que seja respeitado e também saiba respeitar os outros, os animais e a natureza. Que ame e seja amado. Que saiba ser intenso (e ele já sabe) e, ao mesmo tempo, saiba levar a vida com leveza. Que não leve tudo sempre tão a sério, mas que saiba o momento adequado das brincadeiras. Que saiba sempre sorrir e entenda que chorar, muitas vezes, é necessário e não há vergonha nenhuma nisso. Que saiba pedir desculpas e que também é necessário saber perdoar.</div><div><br></div><div>Desejo que tenha muitos amigos, muitos amores, colha muitas flores, tome banhos de chuva, de mar, de rio, de piscina. Que distribua amor por onde passar, que seja compreensivo, caridoso, generoso.</div><div><br></div><div>Espero que ao errar, aprenda e quando quiser muito alguma coisa, lute por isso.</div><div><br></div><div>Desejo o mundo inteiro de coisas boas e que você seja do bem porque assim a vida traz de volta tudo o que você fizer.</div><div><br></div><div>Amo você meu filho, meu mundo, meu amor.</div></div><div><br></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-11186717208566760002016-01-19T11:34:00.002-02:002016-01-19T11:35:21.886-02:00Ensinando algo entre respeito e tolerância<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/PEzM_dzzyd4" width="420"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Sempre que estou animada, cantando animadamente ou cantarolando Arthur se mostra terrivelmente rebelde, bravo e irritado. Não sei se é uma espécie de contradição em que toda vez que estou de bem com a vida ou toca música boa no rádio que me empolga meu filho está (coincidentemente) de mau humor, cansado ou bravo ou se ele quer mesmo me tolher. Só sei que ontem conversamos muito sério sobre isso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Estávamos voltando para casa e já passava das 21h. Fazia pouco tempo que ele tinha acordado do sono da tarde (que foi fora de hora já pelas 18h - essas férias me matam) e geralmente este (o acordar) é realmente um momento de muito mau-humor dele.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No rádio estava tocando Tá Combinado da Gal Costa e eu cantava animadamente no caminho de casa. Chegamos na garagem, parei o carro e fiquei esperando a música terminar. </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Quando chegamos, a música já estava no final. Como eu sei que ele sempre fica bravo quando quero terminar de ouvir uma música, estava fazendo o procedimento de pegar as coisas e sair do carro de forma lenta para que desse tempo da música terminar sem que ele se irritasse mais e nem percebesse minha lenga-lenga. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Eis que ele começou a se incomodar e a me pedir para parar de cantar, se irritando cada vez mais porque eu continuava cantando e ouvindo a música: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- Para mãe. Para! Você não pode cantar! Grrrr. resmungava meu pequeno zangado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Para piorar, na sequência, começou outra música boa. Não lembro qual, mas era uma do Legião Urbana. Mas como ele já estava irritado e bravo e me pedindo para parar (e eu nem dando ouvido e ignorando mesmo), eu desliguei o rádio, saímos do carro e continuei cantando a música do Legião. Enquanto ele descia do carro, eu pegava as coisas no porta-malas. Ele, bravo, bateu a porta do carro com força para chamar atenção e se vingar da minha mal-criação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Eis que comecei a conversar. Disse que eu estava cantando e questionei o problema. Ele, bravo e entredentes, só me dizia que não queria que eu cantasse porque ele não gostava. Então, comecei a dizer que eu gostava, que ele tinha que aprender a respeitar os outros, o gosto dos outros, a vontade dos outros. E então coloquei de forma clara e objetiva uma cena hipotética de nosso cotidiano:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><i>- Arthur, já pensou se quando você ficasse me perguntando dos números ou contando eu me irritasse e dissesse para você parar que eu não ia mais te ajudar? Eu também não gosto dos números, mas toda vez que você me pergunta, eu te ajudo. Eu não gosto, mas respeito e tolero que você goste e queira saber, então eu te ajudo. Então, eu gosto de cantar e quero que você entenda e respeite isto. Quando eu quiser cantar, eu vou cantar uma música legal. E quando você quiser contar, você vai contar e eu vou te ajudar. Assim, quando eu cantar eu fico feliz. E quando você contar, você também vai ficar feliz. Eu vou te respeitar e te ajudar e você vai me entender e me respeitar. Estamos combinado?</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Foi algo assim. Didático. Em um exercício claro de alteridade (acho que eles são sempre os melhores. Colocar-se no lugar de outro é realmente algo prático e de fácil entendimento).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Espero, apenas, que tenha funcionado. E assim seguimos tentando ensinar, tentando aprender, tentando mudar, tentando acertar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-59016438895490189932016-01-12T15:16:00.000-02:002016-01-12T15:16:19.945-02:00Por um 2016 sem chupeta e sem mamadeira - parte 2<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mesmo tendo entregue a chupeta, seguíamos com a mamadeira. E eu, esperando o momento exato para tirar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apenas 3 dias depois da entrega da chupeta, estávamos novamente na estrada para aproveitar o recesso. Fomos para a praia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eis que dia 31 pela manhã, lavava a mamadeira quando o bico estragou completamente. O bico era novo, mas mesmo assim rasgou. No momento, assustei e, ao mesmo tempo, vi a oportunidade em tirar a mamadeira dele. Ele me esperava na sala e avisei: -<i> Iii Arthur, a mamadeira quebrou. Estragou o bico, olha!</i> Mostrei a ele a prova cabal de que não ia ter mamadeira aquele dia, naquela hora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele, como sempre rápido, rebateu: - Então eu nunca mais vou ter mamadeira?!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pronto! Resolvido. Concordei, meio sem jeito e já ofereci o leite com chocolate na caneca - como ele tinha tomado na casa de um amigo, uns dias antes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele aceitou e quando coloquei a caneca na mesa, uma das garrafas de água tinha um canudo e para fazer uma graça ainda ofereci o canudo, proposta que ele acolheu bem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ali estava minha jogada de mestre. Leite na caneca com canudo. Acabou a mamadeira.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sabia que ia ser mais fácil e rápido, só não imaginava o quanto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De volta a São Paulo, ainda vimos em uma loja um destes copos com canudo e trava e ele gostou e me pediu. Eu, para incentivar a transição e toda esta mudança, na mesma hora topei comprar para ele.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele ainda continua chupando o dedo para dormir, mas nunca mais pediu chupeta ou mamadeira. E assim seguimos. E eu torcendo para ele desistir logo dessa história de chupar dedo. Mas vamos que vamos. Para o próximo desafio porque na vida materna, a próxima fase é sempre mais difícil.</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-55640814819191483762016-01-06T11:29:00.000-02:002016-01-06T11:29:29.895-02:00Por um 2016 sem chupeta e sem mamadeira - parte 1<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao final de 2014, ele chegou a entregar a chupeta para o Papai Noel. Foi uma ação espontânea que me chocou até. Estávamos passando pela nossa fase difícil de entender, superar e seguir após minha separação do pai dele. Um momento, que eu já sabia, que ia durar ainda um tempo. Por isso, de cara, não só me espantei como tive medo. Na hora da entrega, não impedi, não falei, não fiz nada. Simplesmente deixei.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cerca de uma hora e meia depois ele queria a chupeta de volta. Como ele tinha colocado em uma caixa de entrega de chupetas no shopping, não tinha como pegar de volta. Mas propus comprar uma nova, igual, como ele pedia. Sabia que aquele era um dos meus momentos com ele que eu - e ele - devíamos dar um passo para trás. Já tínhamos feito isso antes. Faremos sempre que for necessário. Compramos outra que, agora, eu já nem lembro mais se foi igual-igual como ele queria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Saímos ilesos de 2015, mas não foi fácil para ele. Aos poucos, se adaptou. Ao mesmo tempo, se apegou ainda mais à chupeta e à mamadeira. Passou a usar com muita frequência a chupeta e a mamadeira deixou de ter vergonha de tomar com os outros. Desde um ano e meio de idade, ele não tomava mamadeira se não fosse comigo ou com a avó, em casa (na minha ou na dela). Passou a pedir mamadeira em lugares inusitados (durante passeios ou na casa de outras pessoas), mas eu não carregava mais mamadeira. Foi dormir na casa de 2 amigos e, ambas as vezes, levou a mamadeira e tomou sem problemas. Além disso, a chupeta me incomodava (sempre me incomodou, nunca gostei, sempre tive nojo desde bebê) porque atrapalhava a fala, estava alterando a arcada dentária visivelmente. Eu sabia que era hora de tirar. Mas como? Mas quando? Sempre que se falava no assunto, ele fugia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Claro que o Papai Noel é sempre uma boa alternativa e opção. Só não sabia se teria tempo hábil de convencê-lo. Até a escola, na última reunião do ano, pediu e incentivou a retirada dos dois. Como passei a pensar seriamente na questão já bem no final do ano, trabalhava até com a hipótese de tirar no aniversário (que já era uma coisa que a gente falava) ou quando o primo nascer (que deve ser bem depois do aniversário e a gente aproveitava a animação com o nascimento do primo). Mas resolvi tentar o Papai Noel. A princípio, a ideia era colocar a chupeta em uma caixa amarela, como ele pediu. Mas como meu pai contratou um Papai Noel para a noite de Natal, eu achei que seria perfeito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele adora Papai Noel. Acredita super. Com o papai noel "em pessoa" descartei até a caixa. Falamos sobre o assunto algumas vezes e, quando ele chegou, incentivei a entrega. Ele não resistiu e entregou no ato. Eu chorei. Coração de mãe sofre. Fiquei ali, olhando, chorando e sofrendo escondida enquanto meu menino dava um grande passo (e só de escrever e lembrar eu já choro de novo).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ganhou presentes, cobrou outro da sua lista de pedidos e o Papai Noel avisou que os outros estavam na casa da Vovó. Brincamos até tarde. Um tio quase da mesma idade. Uma infinidade de presente espalhado, enfim...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na hora de ir para a cama cometi um erro estratégico. Avisei "de surpresa" que o Papai Noel também tinha levado a mamadeira. Calculei que ele iria levar numa boa. Mas a notícia, que não tinha sido combinada previamente e nem conversada, caiu como uma bomba. Ele chorou, brigou, esperneou, deu o maior piti porque faltava o tutu (a chupeta) e o tetê (a mamadeira). Ele me acusava dizendo que só entregou a chupeta porque eu pedi (e a mãe sofria ainda mais com a tal guardada no bolso porque tinha sido devolvida pelo Papai Noel às escondidas depois da entrega).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ele, bravo, não me deixava chegar perto e acalmar. A Tia também tentou, conversou, quis convencer e, aos poucos, ele foi acalmando. Ela disse a ele que o Papai Noel tinha levado a chupeta dele para outra criança, que era muito pobre, não tinha chupeta, etc e tal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dei mais um passo atrás. Devolvi a mamadeira. Achei injusto não ter combinado e fazer. Foi uma tentativa fracassada e já passava da uma hora da madrugada, não ia insistir. Voltei para a sala com a mamadeira feita e avisei que achei a mamadeira caída no gramado, que o Papai Noel deixou cair. Ele baixou a guarda e se acalmou. Tomou, deixou eu me aproximar para acalmá-lo. Conversamos e, então, levei ele para a cama com a promessa de que, depois, tentaríamos procurar o Papai Noel.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na manhã seguinte, ele pediu pela chupeta e que procurássemos o Papai Noel para pegar a chupeta. Desconversei, mudei de assunto. Não queria mais prolongar aquilo. Quase chegando em casa, ele mais uma vez falou da chupeta. Por sorte, do outro lado da rua, havia uma família na calçada morando com uma criança bem pequena. Aí, mostrei a ele, e disse que o Papai Noel tinha levado a chupeta dele para uma criança como aquela, que morava na rua, que não tinha dinheiro para ter uma casa ou para comprar uma chupeta e que ela precisava muito. Ele se acalmou. E ficamos bem. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na verdade, quando ele está com sono, ele tem colocado o dedo na boca e chupado. Não gosto, mas acredito que seja transitório. Até hoje, ele só pediu pela chupeta mais um dia (perto do ano novo), mas conversamos e ficou por isso mesmo. Ele diz que o dedo é a nova chupeta dele - é, juro! -, mas como ele não tem o hábito, ele não fica com o dedo muito tempo na boca. Mais para pegar no sono. Neste caso, preferiria a chupeta, mas não quero voltar atrás. Só sei que assim seguimos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O post já ficou muito grande. No próximo, conto como foi o caso da mamadeira. Afinal, sabia que depois a chupeta, seria uma questão de (pouco) tempo até ele largar a mamadeira.</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-78566211806800003812015-11-10T11:28:00.000-02:002015-11-10T11:28:26.137-02:00Novas decisões<div style="text-align: justify;">
Então, o tempo passou. 1 ano de separada se foi. Se no início de outubro eu queria escrever sobre o tema, desabafar, colocar para fora, no final do outubro - quando completou boda do meu pedido de divórcio - eu desencanei e nem queria mais tratar do assunto e assim foi. Deixei o assunto ir embora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aos poucos, meu menino tem se acostumado. Diminuiu de falar e perguntar do pai, de relatar os fatos, de questionar a situação. O pai continua ausente e eu continuo sendo a responsável por manter o contato entre os dois. Até hoje, sempre que ele pergunta do pai ou pede por ele, incentivo que ligue, que fale, que converse, que tente uma aproximação. Até abril levei ele na casa do pai apesar de tudo, depois - ao ser destratada por ele - parei e há poucos meses havia voltado a levar - já que era o jeito possível de fazer os dois se encontrarem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, os últimos contatos mostraram que se por um lado confortei meu filho com essa decisão e atitude, por outro acostumei o genitor a não ir vê-lo e esperar pela minha ação (como sempre, aliás). Nos últimos contatos, portanto, tenho evitado levá-lo e obrigar ao menos que ele vá ao encontro da criança, mas não tem dado certo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há 3 semanas foi a última vez que ele viu a criança, que estava doente pedindo pelo pai, que de tarde ainda insistiu que eu levasse a criança (doente e vomitando) até ele, mas com a criança dormindo, não fui. Desta vez, ele passou em casa, brincou meia hora e foi embora causando choradeira e tristeza no Arthur, que não queria que o pai e o irmão fossem embora da casa dele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois, nas outras duas tentativas, ele prometeu ir outro dia e não apareceu. E se assim é, assim será. Diante desta situação que não ajuda, não me agrada e não me interessa manter, eu evitarei o contato para não evitar o sofrimento e a espera do Arthur por algo que não vai acontecer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das vezes, mesmo ele estando "na rua" insistiu que eu levasse a criança até ele e bati o pé e não fui. Se ele não pode, eu não posso. Chega! Ainda assim, ele prometeu uma visita para dois dias adiante e, pela tarde, me ligou avisando que não ia. Fiz questão de pedir que ele ligasse mais tarde para avisar à criança porque eu não seria a portadora da notícia ruim. Ele não ligou. Por sorte, quando cheguei na escola, o Arthur já estava dormindo e dormiu até o dia seguinte. Na semana passada, ele pediu que o pai fosse buscá-lo na escola. Mais uma vez ele tinha outro compromisso, não podia, não foi e prometeu visita para sábado. Mais uma vez ele não foi e nem ligou. Não sei se, de alguma maneira, Arthur espera por ele. Pelo menos destas duas vezes, ele não perguntou e nem pediu pelo pai na data prometida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por sorte da vida e dos acontecimentos, os dias de espera tem sido cheios de atividades fazendo com que meu menino esteja mais ocupado com a sua vida que vive do que com a vida que, aos poucos, tem morrido. Judicialmente, não resolvemos nada. Ele não apareceu na audiência e o Ministério Público quem tem tomado as decisões à revelia e conhecimento dele, o que não ajuda em nada e não resolve de vez a questão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de um feriado tranquilo no início do mês, eu pensei muito o que faria daqui em diante, afinal a situação até hoje está bastante cômoda para ele e eu continuo com todas as obrigações. E se, por um lado eu já me acostumei, por outro eu tenho me sentido mais incomodada do que antes. Especialmente com os últimos acontecimentos relatados acima. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Embora eu esteja preferindo adotar a postura de me distanciar e não mais incentivar e/ou estimular o contato entre pai e filho - diante das tratativas do pai, que foge à responsabilidade e é omisso e imprudente com a criança - também pensei muito em ser mais reativa às ações dele. Se até hoje me mantive o mais quieta possível, sem reagir às suas negativas, ultimamente minha vontade é gritar, xingar, chamá-lo de irresponsável, brigar e fazer com que ele entenda que esse comportamento dele me irrita, me faz odiá-lo, me enoja e faz eu só me arrepender de um dia ter me casado com ele e ter tido um filho com ele. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Juro! Ando muito revoltada com o que ele tem feito ao meu filho e cansei de ser passiva com esta situação. Quero, mais do que nunca, tomar minha posição de ataque ou defesa, sei lá, mas tomar posição. Aliás, queria que esta atitude fosse não só minha, mas das outras pessoas que se incomodam com a forma como ele tem tratado o filho diante da separação. Queria que todos que o conhecem e não concordam manifestassem sua repulsa contra as atitudes dele, contra ele. Porque se mesmo assim ele não notasse o quão ruim é o que ele faz, eu pelo menos estaria vingada. Não por mim, mas pelo meu filho.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-22172430819406214752015-09-28T11:46:00.000-03:002015-09-28T11:47:56.046-03:00Troca de corda<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPwsOWyy5zHtH-gLrnRdGF4Q5mPOf6VufSRNDn5UYMchhSvxQO62WV6faAVNVYp8O12JwcITMJyBh-biC5RALFpyfboDhvoFERMcnWOom0xS9H3nKLh2GT2EpZuxXD7WSV0vU0Al-ya0dP/s1600/IMG_4511.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPwsOWyy5zHtH-gLrnRdGF4Q5mPOf6VufSRNDn5UYMchhSvxQO62WV6faAVNVYp8O12JwcITMJyBh-biC5RALFpyfboDhvoFERMcnWOom0xS9H3nKLh2GT2EpZuxXD7WSV0vU0Al-ya0dP/s320/IMG_4511.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Feliz da vida para trocar a corda da capoeira</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Sábado foi dia de trocar a corda da capoeira. Ele estava feliz e ansioso. Há semanas esperávamos pelo acontecimento. Eu achei que ele não fosse jogar, pois em uma das apresentações anteriores ele desistiu pouco antes. Nos atrasamos e ele entrou na roda assim que chegamos. Alguns amigos já tinham jogado, outros estavam na roda. Pedi que ele se juntasse aos amigos que iam jogar e lá foi ele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando estava bem perto dele jogar, pararam a roda e perguntaram quem ainda não tinha jogado. Ele levantou a mão e, felizmente, colocaram na outra ponta do círculo uma colega de sala. E então ele jogou. [MÃE CORUJA MODE ON] Cheio de gingado, ele jogou e fez o que ele sabia. Fez uma meia lua linda por cima da amiga, que é bem maior do que ele. A mãe filmou e babou. Vibrei. Me surpreendi com um menino que não se intimidou nem com a plateia grande e nem com a apresentação. [MÃE CORUJA MODE OFF].</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele estava mesmo animado. Ao todo, jogou três vezes. A primeira ainda em uma sala, já que o dia tinha amanhecido chovendo. Na praça da escola, depois que a chuva parou, junto com os capoeiristas fantasiados de super heróis e, por último, para trocar a corda. Nem todas as crianças jogaram três vezes. A maioria jogou entre uma e duas - ainda na sala e para a troca da corda. Os mais desenvoltos e os maiores, jogaram três.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA1zrHT20_4bLtdkbhhLiTmkAft4343O8JI2uvBp38LlbazCZaQ756vpFcknsQJ5akUkamYggmvKP1AjCoVd9uwIAvODjfbWG4RMz2BK3NlLI7IiJ2zyx3Oy8Da8ALXRFhqs9P2uEm9Uje/s1600/IMG_4588.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA1zrHT20_4bLtdkbhhLiTmkAft4343O8JI2uvBp38LlbazCZaQ756vpFcknsQJ5akUkamYggmvKP1AjCoVd9uwIAvODjfbWG4RMz2BK3NlLI7IiJ2zyx3Oy8Da8ALXRFhqs9P2uEm9Uje/s400/IMG_4588.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 12.8px;">Crianças com a liga da justiça!</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Quando os professores/monitores/mestres apareceram fantasiados, eles começaram a cantar uma das músicas da capoeira que diz: "A liga da justiça chegou / chegou de uma maneira bem legal / chegou para salvar nosso planeta / na ginga e no toque do berimbau (...)". Foi bem divertido. Ele pediu pra jogar com a mulher gata e de pronto deixaram. Ele adorou. Depois, fizeram mais uma roda para graduar. Depois de jogar, cada criança recebia a corda nova. Ele recebeu a corda de ponta amarela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoyKD69HZbWKZtJwHIRHkbke4cIT-LZTBUitbm6cnIQm80C5w5gEe8Ra5ZJqcsK1CujNrBmhg-yvKh8p4L-ZxN5y58H2cgU8rRDvCeFtRRW9X2zUuPEYtbmjQtgs4DeDDhVgxcH1CBc6Xy/s1600/IMG_4549.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoyKD69HZbWKZtJwHIRHkbke4cIT-LZTBUitbm6cnIQm80C5w5gEe8Ra5ZJqcsK1CujNrBmhg-yvKh8p4L-ZxN5y58H2cgU8rRDvCeFtRRW9X2zUuPEYtbmjQtgs4DeDDhVgxcH1CBc6Xy/s320/IMG_4549.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jogando com a mulher-gata</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI3nqcYT24rkIaDje8u01i2qiEwt11SvrWm0eOTHw-gg30Y9abCPp4BBeFhuzUq-fNbK5b3Q6i1sl6faju71_swSEGPQ_pF8xGo4odaDltyockCNhogKdS3Ku0a218W4BVi5-o8DicskB6/s1600/IMG_4551.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI3nqcYT24rkIaDje8u01i2qiEwt11SvrWm0eOTHw-gg30Y9abCPp4BBeFhuzUq-fNbK5b3Q6i1sl6faju71_swSEGPQ_pF8xGo4odaDltyockCNhogKdS3Ku0a218W4BVi5-o8DicskB6/s320/IMG_4551.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jogando com a mulher-gata</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW8RwVWkFpWXwF5ytkC49geOk6pETVyIbCR9XXoQBU1n7_6wBEi3PrOGAU-0ZhUOEmCekJEg-nL86AoPo6g-tCgO2rM68qQmj6eagJDirlblpWTslU0kQqB5RVY1aySQuhPjUHNMTghkw0/s1600/IMG_4555.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW8RwVWkFpWXwF5ytkC49geOk6pETVyIbCR9XXoQBU1n7_6wBEi3PrOGAU-0ZhUOEmCekJEg-nL86AoPo6g-tCgO2rM68qQmj6eagJDirlblpWTslU0kQqB5RVY1aySQuhPjUHNMTghkw0/s320/IMG_4555.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jogando para trocar a corda</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_SKVQ7KvYilYTKV95kgQ8Hojn-FaN7AyMwSftp-y65smApgIrKQg7n3Ri_FUt-0Pkx6f4MI_RJjOGbL0iAgmOwjcvSPqii8iOOuQOGxe_SG3ag5XpWf-Hp4W7rKi6mfiWpHKTxNdHus6J/s1600/IMG_4560.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_SKVQ7KvYilYTKV95kgQ8Hojn-FaN7AyMwSftp-y65smApgIrKQg7n3Ri_FUt-0Pkx6f4MI_RJjOGbL0iAgmOwjcvSPqii8iOOuQOGxe_SG3ag5XpWf-Hp4W7rKi6mfiWpHKTxNdHus6J/s320/IMG_4560.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Antes de trocar de corda</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHnXSj6XQiQB3iO91qoaLlTghJWvWEre2DV9ONVvbM1H1XvP92GdDWMyeaDXAo66YyN_iP-KxUkF4QSpTcz32zLPGLMJL4FuKpkk-zXysyEIjCjpHfzGVELoEltdEh7sfqsgw_apxPeC9l/s1600/IMG_4572.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHnXSj6XQiQB3iO91qoaLlTghJWvWEre2DV9ONVvbM1H1XvP92GdDWMyeaDXAo66YyN_iP-KxUkF4QSpTcz32zLPGLMJL4FuKpkk-zXysyEIjCjpHfzGVELoEltdEh7sfqsgw_apxPeC9l/s320/IMG_4572.JPG" width="239" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 12.8px;">Com a corda nova!</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHyrAtj48FaSpGa9E4AlHlRwkBxLR5u-HbS8oXc6K_1nTUPCcM7RMw231C7SB2NRLzRqvs5m49j01qLhIs5Rd9Y_e_dvUq8k5a57JGGXn2Mp5muxjXAPZJ99rn0vR9BK1Rf8JDlTvyEOGD/s1600/IMG_4585.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHyrAtj48FaSpGa9E4AlHlRwkBxLR5u-HbS8oXc6K_1nTUPCcM7RMw231C7SB2NRLzRqvs5m49j01qLhIs5Rd9Y_e_dvUq8k5a57JGGXn2Mp5muxjXAPZJ99rn0vR9BK1Rf8JDlTvyEOGD/s320/IMG_4585.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Exibindo a corda nova!</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
E de repente vi meu menino ali, crescido, independente, sendo o que queria ser, fazendo o que queria fazer, sem medo, sem vergonha, cheio de vontade. E fiquei feliz e orgulhosa. E torcendo para que ele continue assim enfrentando e fazendo o que quer e o que gosta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-6428994473675155272015-09-22T23:42:00.001-03:002015-09-22T23:42:04.564-03:00Sobre morte: pais, filhos e irmãos<div>Já escrevi algumas vezes da vontade que tinha de dar um irmão ao Arthur. Ou melhor, já falei da vontade que eu tinha de ter dois filhos na vida. Mas aí, veio a roda viva e levou tudo pra lá.</div><div><br></div><div>Sim, quando a realidade bateu à minha porta eu revi meus sonhos e coloquei dois pés no chão. Não dava para ter dois filhos daquela maneira de viver - agora não vou entrar nestes detalhes pois para hoje não interessa.</div><div><br></div><div>Frequentemente Arthur me pede irmãos, me matando um pouco por dentro é bem verdade. Afinal, quem tem irmãos sabe o quão isso é bom na vida. É bem verdade que eu tenho muitos, mas amor, relação e apego entre irmãos é como entre amigos: tem que ter empatia e convivência se não é mero laço de sangue e nada mais. E sei bem o que digo. Afinal, meus irmãos são aqueles com os quais eu divido lembranças, construí minha história e não todos com os quais tenho pai ou mãe em comum. Ser irmão é muito mais do que nascer do mesmo pai e da mesma mãe.</div><div><br></div><div>Há alguns dias, eu li um texto (neste mundo digital ainda não encontrei, mas estou procurando para dar crédito e colocar o link - então se alguém também leu e sabe onde, me conta por favor) de uma pessoa que tratava da morte dos pais e de como lidava com aquilo. Agora, não lembro ao certo se era ela quem não tinha irmãos para dividir a dor ou se o filho único que não teria quando a morte dela acontecesse. Bom, honestamente, eu nunca tinha pensado por este olhar e ele me tocou muito. Pensei que triste seria quando eu morresse se o Arthur não tivesse um irmão para dividir a dor da morte da mãe e que entenderia aquela dor na mesma proporção.</div><div><br></div><div>Hoje a tal vida irônica me colocou diante desta exata situação. O pai de um amigo de trabalho faleceu. Ele é filho único. Os pais também são/eram. A mãe do pai é viva e para piorar tudo perdeu seu único filho. Ele estava com a mãe para consolá-lo, que já era separada do pai há alguns anos. Ele estava com a namorada e alguns amigos para apoiá-lo, mas ninguém ali sentia na mesma proporção que ele. Ninguém tem as mesmas lembranças e o mesmo amor e, apesar de estar cercado de pessoas e certamente de amor e amparo, ele estava sozinho e enfrentará esta dor sozinho. Sem ninguém que compartilhe dela ou que sinta o mesmo. Isso realmente me arrasou. Isso me fez pensar que sim, um dia, eu precise mesmo dar o irmão ou irmã que o Arthur tanto me pede.</div><div><br></div><div>Um velório e um enterro sempre nos colocam diante das nossas fraquezas e da nossa limitação humana. Da nossa pequenez e nos faz pensar no que realmente importa na vida. Mas hoje, em uma soma de todos os últimos acontecimentos, ele me fez pensar no meu filho e no quão importante seria em ele ter um irmão. Por hoje, impactada com tudo isso, eu só desejo um dia realizar essa vontade dele, que também já foi minha.</div><div><br></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-89182237746705885582015-09-18T11:01:00.002-03:002015-09-18T11:01:56.058-03:00Dormindo na casa do amiguinho<div style="text-align: justify;">
E esse dia, finalmente, chegou! Há tempos ele me cobra, há tempos ele quer, há tempo os amigos ensaiam. Há tempos, eu resisto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até sexta-feira passada, quando a mãe do amigo dele me enviou uma mensagem no meio do dia, convidando-o. Eu me dividi: deixar porque ele quer ou adiar um pouco mais?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É fato que ele dorme fora de casa e sem mim há muito tempo: desde que ele tinha 1 ano e meio. Agora em agosto, inclusive, fez 3 anos que ele ficou sem mim pela primeira vez, quando fui viajar a trabalho sem ele. Mas sempre na casa da avó, que ele frequenta desde que nasceu. Tudo bem que ele já dormiu duas vezes na escola, mas é um lugar que ele frequenta e fica mais do que em casa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Coincidentemente, uns dias antes havia comentado com ele que estava chegando a noitada da escola - que é em outubro - e ele estava todo animado com a notícia de dormir (de novo) na escola, com os amigos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele nem liga de ficar sem mim. Ele não se importa de dormir fora de casa. Eu estava reticente porque ele estava com tosse e tinha tossido as noites passadas inteiras. Mas concordei, condicionando apenas a ver como ele estava da gripe e da tosse no final do dia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando cheguei na escola, ele estava choroso porque um amigo tinha acabado de machucar ele (rendeu até um roxo no rosto, depois). Mas, assim que ele me viu, ele veio correndo me pedindo pra dormir na casa do amigo. Cedi. Concordei. E de lá mesmo ele saiu sem mim, em outro carro, com o destino da casa do amigo. Eu fui para casa buscar as coisas dele. Ele feliz, eu, em pedaços chorando pelo meu menino que cresceu e é independente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu pensando em quanto é dicotômico ser mãe. Ao mesmo tempo que eu estava feliz e morrendo de orgulho da independência dele, me senti preterida, sofrida e abandonada. Em plena sexta-feira, eu me senti dispensada pelo meu próprio filho. Tá, exagero meu, mas foi estranho. Lágrimas correram (poucas é verdade, mas rolou) enquanto voltava para casa para pegar as coisas dele e deixar na casa do amigo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estava meio perdida, sem saber direito o que pegar. Perdida a ponto de esquecer a mamadeira e o leite (que ele toma de soja). Tive que voltar em casa, pegar mamadeira e leite, e voltar lá. Perdida a ponto de desperdiçar a sexta-feira sozinha ficando em casa, sozinha, assistindo um filme e comendo brigadeiro de colher. Não aproveitei nem para sair sem filho, que é tão bom.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No final, ele passou a noite bem. E eu também. E, de manhã, nos reencontramos para que ele fosse cortar o cabelo. E, em mim, só restou o orgulho de ver o quanto meu menino é feliz e independente. A partir de agora, estas atividades não serão mais um bicho de sete cabeças nem para ele e nem para mim!</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-64874336103278039152015-09-10T10:57:00.000-03:002015-09-10T10:57:06.719-03:00A cama compartilhada que virou cama dividida<div style="text-align: justify;">
Nunca consegui aderir a cama compartilhada. Com o filho na cama, nunca consegui dormir bem. A sorte era que o filho também nunca gostou e sempre preferiu dormir em sua própria cama/berço. Prestou atenção? Sim, ERA. Passado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois que me separei (e já tá fazendo mais de 10 meses), a cama - que é queen e para dois seres pequenos como eu e ele é grande o suficiente e ainda sobra espaço - ganhou um espaço vazio e meu menino esperto passou a usá-lo com bastante frequência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A verdade é que somam-se muitas coisas a esse fato.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1º: Após a separação, fiquei alojada na casa da minha mãe, dividindo o sofá da sala de tevê com ele por duas semanas. Desconfortável nível máximo, mas era o que tínhamos para o momento e nos adaptamos. E ele se acostumou a dormir comigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2º: Na volta para casa, e ainda com a vida de pernas para o ar, continuamos a dormir juntos na minha cama em um consolo mútuo e para minha óbvia comodidade de colocá-lo na cama e dormir (apagar para falar a verdade) <strike>junto com </strike>ao mesmo tempo que ele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Crianças são espertas e se acostumam. Aliás, todos nós nos acostumamos, não é verdade? Ainda mais com coisa boa. E com o tempo ele aderiu ao lado vazio da cama e tomou para si. Mas a verdade é que tem noites que ele dorme colado em mim - mesmo com muito espaço na cama sobrando - e isso me incomoda porque não consigo dormir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vida até já impôs o nosso ritmo próprio, com nossos horários e tudo mais. Mas a tal da cama compartilhada passou a ser cama dividida diariamente. E eu passei a querer voltar ao que tínhamos antes. Combinamos, a princípio, que ele voltaria para a cama dele. No entanto, ele dorme na cama dele e, pela madrugada, corre para minha por todo e qualquer motivo ou até por motivo nenhum. Se ele acorda, vai para lá para voltar a dormir. Se ele levanta para fazer xixi, ele volta para dormir na minha cama. Se ele sente frio, ele corre pra lá. Enfim, motivos para ele correr para lá não faltam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Li, recentemente, uma matéria na internet que dizia que devia levar ele de volta para a cama dele de madrugada. Mas, como fazer isso se, na maioria das vezes, eu nem vejo ele chegar?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já conversei em mudarmos a decoração do quarto dele de uma jeito que ele goste e queira/incentive ele permanecer lá, mas por enquanto não dá financeiramente para fazer nada. Nem pintar a parede. Então, é uma opção fora de ordem. No começo da semana conversamos mais uma vez e, por enquanto, deu certo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há duas noites que ele não vai para minha cama. Noite retrasada ele me chamou para lá e eu, cheia de coragem, fui para mantê-lo em sua cama. Esta noite, mesmo com acesso de tosse, ele também ficou lá. Eu fui até ele, passei vick, dei xarope, deitei junto até ele se acalmar e voltar a dormir. Por enquanto deu certo. E espero que, aos poucos, ele volte a dormir na caminha dele por todos os dias e por toda a noite.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-44436811833092801012015-08-25T14:21:00.000-03:002015-08-25T14:21:21.673-03:00Tinha uma suástica no meio do caminho<div style="text-align: justify;">
Sábado de manhã saímos para comprar carne no supermercado. Fomos a pé. Logo na esquina de casa, em frente a um bar que frequentamos com assiduidade, de longe notei umas pedras no meio do caminho. As mesmas pedras que formam a calçada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao me aproximar, consegui enxergar que as pedras formavam uma suástica. Ao passar por ali, com meu filho que não entende nada do mundo, me senti agredida e resolvi desfazer o símbolo que estava assim tão perto da nossa casa, tão próxima do nosso mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É um símbolo e é evidente também que não vai dar para afastar de perto dele (e nem mesmo de mim) todas as coisas ruins para sempre. Mas - naquele momento - me senti na obrigação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele, claro, ficou curioso em saber o motivo de eu chutar as pedras para desmanchar o que estava feito que ele, até então, nem tinha reparado ao certo e que forma tinha. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, expliquei, de forma menos profunda e mais direta possível que ali estava formada uma suástica. E que aquele era um símbolo que representava o nazismo, onde muita gente matou muitas pessoas porque elas eram judias, porque tinham outra religião, outra forma de viver e pensar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele ficou um pouco impactado em saber que pessoas tinham matado pessoas. E desatou a dizer que não podia matar as pessoas, que era triste fazer aquilo, que era errado e que as pessoas que tinham matado eram maus. E então me sugeriu como ele tem feito com frequência: tendo uma ideia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desta vez, sua ideia era com que nós nos transformássemos em super heróis que faziam as pessoas que foram mortas reviverem. Uma ideia linda e que eu queria muito que pudesse muito ser um super poder possível, mas entramos em outra profunda discussão de que este poder é apenas do Papai do Céu e que a gente não podia fazer aquilo, por melhor que fosse nossa intenção. Então, a conversa se estendeu e se desenrolou em o poder de Deus, dos médicos e das pessoas. Uma coisa puxando a outra conforme a curiosidade dele avançava ou recuava ou até tomava um caminho totalmente improvável.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em um caminho de menos de 3 quadras falamos de tantas coisas naquela perspectiva infantil que me espantou. Especialmente porque ao chegar finalmente no supermercado, ele esqueceu toda a conversa e seguiu em direção aos carrinhos que tem o mesmo tamanho que ele e saiu empurrando, pronto para fazer compras e não mais discutir nada sobre mais nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Afinal, com 4 anos tudo parece e é tão efêmero que não merece durar mais que alguns passos.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-58646330730848078282015-08-06T22:12:00.001-03:002015-08-06T22:12:36.100-03:00Dia dos pais ou uma carta a um não-pai<div>Alexandre,</div><div><br></div>Gostaria de poder te escrever e te desejar um lindo dia dos pais. Queria desejar que você continuasse sendo um pai dedicado, amoroso e exemplar pra nosso menino, mas infelizmente não posso fazer isso.<div><br></div><div>Afinal, você foi por bem pouco tempo o pai que eu sonhei um dia que meu filho teria. É bem verdade que o pai que eu imaginava pro meu filho nunca passou perto do que você sempre foi como pai. E, por isso, muito provavelmente nunca esperei que você fosse ser este pai que um dia eu sonhei que meu filho teria. Aliás, o sonho a respeito desse pai se deu ou se dava antes mesmo de a gente se conhecer. Depois de me casar com você e até mesmo de desejar ter um filho, e neste caso já incluía no sonho você como pai afinal era uma condição sine qua non, eu sabia que meu filho não teria o pai dos meus sonhos. E não porque você não pudesse se tornar um pai incrível, mas porque você tinha uma histórico muito complicado e de ausência com outro filho e, infelizmente, eu não sou do tipo de mulher que acredita que com ela vai ser diferente. Por isso, desde sempre, eu já sabia que ia ser igual: que você pouco se importaria com o Arthur da mesma maneira que você pouco se importa/importava com seu outro filho.</div><div><br></div><div>Se eu quiser, eu também posso explicar e justificar estes fatos pelas coisas que sei, vi e vivi com você ao longo destes anos. No entanto, a falta de amor que eu sei que você teve por parte de seus pais e que você sente falta, para mim nunca vai justificar a falta de amor que você atribui aos seus filhos. Para mim, uma pessoa carente de amor não deixa de dar amor, pelo contrário, dá amor em exaustão. Pelo menos, na minha opinião. Afinal, se você não gosta de uma coisa é natural que faça o contrário dela.</div><div><br></div><div>Já que eu não posso desejar que você continue sendo incrível como pai, desejo que você cresça como pessoa e que você amadureça para quem sabe um dia poder ser realmente pai. Desejo que você reconheça a importância de um pai antes que o seu não possa mais estar presente e a tempo de você mesmo poder sê-lo.</div><div><br></div><div>Você já tem perdido coisas incríveis em relação ao desenvolvimento e crescimento do Arthur e você nunca mais terá a oportunidade de vê-lo crescer e se desenvolver e se formar como pessoa, como homem. Você já perdeu tudo isso uma vez e perde mais um vez com o Arthur.</div><div><br></div><div>No dia das mães você me escreveu uma carta relatando justamente o quão tarde você descobriu a importância da sua mãe e de uma mãe na vida de uma pessoa. Espero que também não perceba tarde demais a importância de um pai na vida de seus filhos.</div><div><br></div><div>Desejo, então, que você não satisfaça meus sonhos e nem meus planos e desejos. Desejo apenas que você possa ser mais pai é mais presente na vida dos seus filhos, afinal existem todos os tipos de pais e você não precisa se encaixar em nenhum padrão ou continuar atendendo aos meus anseios. Desejo apenas que seja o pai que seus filhos precisam, na medida exata que eles necessitam para crescerem felizes, saudáveis, amados, seguros e com lembranças incríveis do que viveram com você .</div><div><br></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-79349952245736610402015-07-08T12:32:00.002-03:002015-07-08T12:32:50.792-03:00Enquanto minhas férias não chegam<div style="text-align: justify;">
Quando pedi minhas férias, este ano, decidi por dividi-la em dois períodos. Assim, ficaria uma parte das férias com dias para mim e com a outra parte para ficar com o filhote.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em maio tirei 15 dias, viajei e aproveitei para ficar com ele em casa até quando ele acordasse, em outro ritmo, mas mesmo assim indo às aulas e tal. A partir do dia 20, tiro os outros 15 dias restantes. A princípio ia viajar com ele, mas a grana encurtou e não vai dar pé. Ele já está em férias há algumas semanas na casa da avó. Aos finais de semana, tenho aproveitado para fazer aluns programinhas especiais com ele como cinema, shows e passeios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois do dia 20, intensificamos os passeios e programas. A ideia é viajar para o interior no primeiro final de semana e, depois, curtir uns roteiros em SP mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dos passeios que fizemos, destaco:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7tTtffVcDbqONuCgxP61MB38U1zdLJRTvY7WkPoioNk86FXj6cPqou99CYXrBWf73OlwTVjGOqhdKvbESZ6aiWorncAAkubj5jDW4UIORj8Huz6N1uv1b6MaWTyqESVcactuWc6G8nEi4/s1600/simba+safari.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7tTtffVcDbqONuCgxP61MB38U1zdLJRTvY7WkPoioNk86FXj6cPqou99CYXrBWf73OlwTVjGOqhdKvbESZ6aiWorncAAkubj5jDW4UIORj8Huz6N1uv1b6MaWTyqESVcactuWc6G8nEi4/s320/simba+safari.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Zoo-Safari: Fazia tempo que queria levá-lo, mas sempre adiava. Achei que estaria cheio por ser o primeiro final de semana de férias, mas estava vazio para minha surpresa. Me lembro vagamente do lugar em meus passeios da infância e que eu achava tão legal. Por isso, achei que seria incrível. Mas Arthur não gostou tanto quanto eu e minha irmã, que ficamos alucinadas de dar comida aos veadinhos, do avestruz quase colocar a cabeça dentro do carro e tal. Ele gostou do camelo e, claro, do macaco que subiu no carro. No final, não quis tirar uma foto selfie dentro do carro. E a bem verdade que ele não curte muito ficar tanto tempo no carro, então era claro que ia se injuriar antes do final, como bem aconteceu - apesar do percurso ser rápido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha2wf6gLSU8up_Q2tCb5-c7jlrVD4bcwP1Fath9uigq5q7uhVmPTvmBmIbfwGzuWILFlwrhyc-IDT000sCDB2DFdGoGzDc3osxFf5JeRYP_77Welg6rTL64zLyehrC5KeN8fW9TGy5xGq3/s1600/Minions.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha2wf6gLSU8up_Q2tCb5-c7jlrVD4bcwP1Fath9uigq5q7uhVmPTvmBmIbfwGzuWILFlwrhyc-IDT000sCDB2DFdGoGzDc3osxFf5JeRYP_77Welg6rTL64zLyehrC5KeN8fW9TGy5xGq3/s320/Minions.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Cinema: Fomos assistir aos Minions. Eu, particularmente, não gostei do filme não. Mas ele deu umas risadas lá do jeito dele. O mais legal foi encontrar os minions na saída do cinema, que felizmente rendeu até foto. Dessa, como podem ver na foto, eu gostei!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este final de semana temos show do Tiquequê. Ele está super empolgado. E eu continuo procurando programinhas legais em Sampa para fazer com o pequeno. Se tiverem dicas, me mandem.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-60733536780381099432015-06-23T22:17:00.001-03:002015-06-24T17:28:22.755-03:00Palavras, palavrinhas e palavrões<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">Aos poucos, as palavras difíceis começam a ser pronunciadas. Alguns erres aparecem em certas pronúncias e ele fica claramente incomodado com palavras que não sabe dizer ou sons que não sabe pronunciar. Procuro repetir a palavra de forma correta sem destacar o erro ou apontá-lo, pois isso o deixa bastante irritado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Ele mostra que não consegue pronunciar, mas que sabe o que é correto. Ainda não me preocupo, mas ficarei atenta quando chegarmos aos cinco anos caso as palavras não estejam sendo pronunciadas certas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Não vejo problemas nos fonemas, mas estou atenta. Os intrometidos de plantão que costumam repetir o "zeito" que ele fala errado me incomodam mais que ele. Entre os erros está a troca do g ou j pelo z (zeito, zelatina, zanela, etc), mas o r ele não costuma trocar. Aliás, tanto as pessoas tem reforçado a falta do r que ele passou a substituí-lo pelo i, que me incomoda mais que sua ausência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
De vez em quando, fico testando e treinando ele pedindo que ele repita algumas palavras difíceis. Ele acha que é só um brincadeira e fica me pedindo mais e mais palavras. Com isso, vou especulando seus avanços. Recentemente o "catro" passou a ser qUAtro com direito a ênfase dele mesmo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
E assim seguimos. Aliás, seguimos não só com palavras difíceis, mas também com palavras em inglês. Ele tem adorado as aulas da escola, que acontecem uma vez por semana e duram 50 minutos e são quase inteiras em inglês. Aos poucos, ele vai introduzindo novas palavras em seu vocabulary e nós vamos nos divertindo. Os números até dez, o tempo lá fora, o humor e as cores já fazem parte de sua rotina e vira e mexe coisas novas aparecem. Ele, interessado é curioso, costuma perguntar como é isso ou aquilo é vamos ampliando seu repertório com nossa rotina e cotidiano.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, inclusive, estimulada pelo seu gosto pela língua tenho pensado em matriculá-lo em uma escola de inglês e, assim, aproveitar o tempo que ele estuda para voltar a estudar também!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não foram só as palavras em inglês que começaram a fazer parte do repertório do meu filho este ano. Com a idade avançando e os contatos e noção de realidade da vida em volta crescendo, ele passou a ouvir e entender os palavrões! Em casa, há algum tempo não falo mais. Mas a vovó e as tias sempre soltam alguns na presença do pequeno. Ele, aos poucos, vai aprendendo e vez ou outra repete alguns. No trânsito, muitas vezes, também deixo escapar mas acabo repreendida pelo pequeno ser instalado ema uma cadeira no banco de trás. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda fico na dúvida se putz, por exemplo, é palavrão ou força de expressão, mas já disse a ele que é palavrão e ele tenta não mais dizer assim como repreende quem fala quando ouve.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, durante no papo na cama antes de dormir, ele me perguntou se yes era palavrão, pois a amiga da escola tinha dito yes quando foi escolhida para ser a pegadora. Então, expliquei que yes era sim em inglês e que a amiga estava comemorando por ser a pegadora. Aliviado por não ser palavrão, meu baixinho começou a repetir exaustivamente a palavra. E, depois, fazer combinações escalafobéticas com palavras em português, inglês, yes e o números. E assim seguimos com palavras, palavrinhas e palavrões - em português e em inglês!</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-76150866734125490942015-06-16T11:50:00.000-03:002015-06-16T11:50:15.942-03:00Do que traz felicidade<div style="text-align: justify;">
Quando fiquei grávida, já não era mais uma pessoa baladeira. Mas incrivelmente foi uma época que saí muito, curti muito. Festas, baladas, casamentos, formatura, reunião de amigos, etc e tal. Sai muito. Consciente ou inconscientemente sabia que a farra duraria pouco e que, em breve, ficaria em casa recolhida por um bom tempo, então aproveitei para estar MUITO com os amigos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A minha última saída, para a casa de um casal de amigos, foi no sábado e na quinta-feira o Arthur nasceu. Então, não tem nem como dizer que não aproveitei a gravidez para curtir, já que não sentia nada!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, diz a verdade, existe algo melhor que amigos amados e queridos? Eu desconheço. Os meus fazem parte da minha vida, da minha história, são meus pilares muitas vezes, meus conselheiros, meus colos preferidos, meus incentivadores, meus tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, uma das coisas que me deixa MAIS feliz na vida é ver e saber o quanto meu filho gosta e se entende com meus amigos. Com todos eles e, há alguns anos, com os filhos deles (conforme vão nascendo e fazendo parte da nossa vida).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Semana passada ele viu um homem careca e barbudo na rua e cismou que era o "tio Felipe" - mesmo não sendo, ele dizia que era (e olha que lembrou do Tio Felipe que ele não via há cerca de um mês). No domingo, fui a um casamento e ele não ia. Conversando com minha mãe que a Isis ia, ele me disse que queria ir ver a "tia Isis", então expliquei que a Marina, filha dela, não ia e que não ia nenhuma criança. Só que ele me retrucou que queria ver a "tia Isis".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vira e mexe ele pergunta do Leo, filho da minha amiga Tati, e diz que está com saudades ou que quer que ele venha brincar com ele na casa dele. Outro dia conversava no Whatsup com a Weruska e ele queria ver a conversa com "tia We". Tem os tios Gu, que ambos tocam violão para ele e ele adora e brinca com eles como se fosse da família. Quando a "tia Marina" vai lá em casa, então, ele fica super feliz, afinal ela brinca com ele, se joga no chão, corre, pula. Por acaso, ele precisa mais do que isso?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a Isis ficou grávida, ele me perguntava sempre se a Marina já tinha nascido - de vez em quando até rola uma confusão entre a Marina bebê e a Marina minha amiga. Até hoje ele me pergunta se a Marina, a bebê, já cresceu para brincar com ele. Tanto que outro dia disse que a Marina ia em casa e ele, automaticamente, pensou na bebê e me perguntou se ela já tinha crescido para ir em casa sem a "tia Isis". Ri muito e expliquei que quem ia em casa não era a tia Isis com a Marina e a tia Marina.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso além de uma delícia de se ver, ouvir e sentir tem muitas vantagens, afinal estar com os amigos e com o filho se torna ainda mais fácil e gostoso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso, amigos, queria agradecer imensamente por esse amor que transborda e chega no meu filho. Que faz com que ele se sinta bem ao lado de vocês e reconhece em vocês pessoas amadas e queridas com as quais ele pode brincar, pular, pedir, conversar e conviver com segurança e carinho. Para uma mãe, isso não tem preço. É simplesmente gratificante poder e conseguir conciliar a vida de mãe e de amiga com vocês. Obrigada!</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-19270413522910640732015-06-08T22:42:00.002-03:002015-06-08T22:42:27.789-03:00Primeiras palavras<div style="text-align: justify;">
Nem me lembro ao certo quando Arthur falou sua primeira palavra. Lembro-me vagamente de que acreditávamos que o que ele dizia era papai. Mas, honestamente, a fala não foi tão marcante assim para mim. Ela foi, aos poucos, se desenvolvendo e o repertório se ampliando sem que eu realmente fizesse conta desta conquista.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lembro, por exemplo, de quando ele engatinhou pela primeira vez. Ou de quando ele ficou em pé no meio de uma sala com meus amigos ao redor e eu tinha ido ao banheiro e não vi e ele nunca mais repetiu o feito. Lembro dos primeiros cinco passos sozinhos, aqueles quase cambaleantes que ele deu antes de começar a andar para valer. Lembro da primeira queda, que foi do sofá, e do primeiro machucado grande, que foi de uma poltroninha que ele ganhou da avó e fez a boca sangrar e eu morrer do coração - tirando o objeto da sala por meses seguidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Resumindo, lembranças não faltam em 4 anos, mas realmente a fala não está entre as mais marcantes e registradas com afetividade. Talvez, confesso, se ele tivesse falado mamãe primeiro eu lembraria (ou não, nem me lembro quando ouvi mamãe pela primeira vez).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas há um tempo espero ansiosamente pelas primeiras palavras escritas. Sim, esse é um grande feito para mim e eu tenho aguardado com carinho e muita ansiedade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No ano passado, uma amiga da turma enviou o convite do aniversário com o nome dela e do Arthur escrito por ela. Mamãe jornalista aqui ficou se roendo que o filho mal fazia conta das letras, mas também entendia que o tempo dele precisava e devia ser respeitado guardando mais um pouco toda a vontade de vê-lo escrevendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A escola, no ano passado, começou a "incentivar" a leitura. Na verdade, era mais um reconhecimento do desenho do próprio nome através das tarjetas dos nomes, que eram apresentadas diariamente aos pequenos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este ano, a apresentação às letras e nomes continua, potencializando o contato com as letras e estimulando muito ludicamente a escrita através do "desenho" das letras. Aos poucos, eles vão afinando a coordenação motora e aprendendo as letras. Como a própria escola frisa, o objetivo não é de maneira alguma que eles saiam de lá escrevendo ou lendo, afinal todos estão com cerca de 4 anos (alguns completando este semestre, outros já completando cinco no semestre que vem), mas aos poucos sinto que o estímulo tem resultado. Hoje, por exemplo, Arthur reconhece muitas letras, sabe todo o alfabeto e começa a dizer com que letra começa cada palavra. Claro que ele ainda confunde sílaba com letra e muitas vezes, para ele, o carro começa com ca, mas aos poucos vamos conversando e ele assimilando.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste feriado, pela primeira vez, Arthur me pediu para desenharmos o nome dele e o meu. Então, sentamos com papel em branco nas mãos e iniciamos a escrita pelo nome dele. Ah, sim, o nome dele ele já sabe todas as letras que compõe assim como costuma, frequentemente, dizer que algumas letras são dos nomes dos amigos de sala como o F que é de Francisco, o M de Manu ou de Miguel, o I de Isadora, o P de Pedro e assim vai, reconhecendo qual é a letra inicial dos 10 amigos de sala e mais das amigas que não são mais da mesma turma no período da tarde.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltando... começamos escrevendo o nome dele. Propus que eu escrevesse o nome (letra por letra) em cima e ele escrevesse embaixo e assim foi. Para desenhar o R ele ainda sente bastante dificuldade, mas aos poucos fui ilustrando a letra e o ensinando a desenhá-lo. O nome dele saiu bem, ele sabia quais as letras que vinham a seguir embora tivesse dificuldade com o R e o U. Já o meu nome, que desenhamos depois, eu não precisei nem escrever em cima. Segundo ele, não precisava e apenas ditei as letras, ajudando no R e no N. E assim, saiu meu nome.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsvQvq7gK3AUx0vANwCM-t0GKFDRk3f2Edl7-hcyv5_0UHZ_OpBNR5APIde5GzFe-a_HSvVXEZp-GhfXpCv2KMAvcjw_5pGt5iUBJaBfO-2ocEGHDvn2SONjCQzU7n5Gk72hBpPJagaLBg/s1600/escrita+arthur.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsvQvq7gK3AUx0vANwCM-t0GKFDRk3f2Edl7-hcyv5_0UHZ_OpBNR5APIde5GzFe-a_HSvVXEZp-GhfXpCv2KMAvcjw_5pGt5iUBJaBfO-2ocEGHDvn2SONjCQzU7n5Gk72hBpPJagaLBg/s320/escrita+arthur.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAJWArZqt8prChMAE4yLJexSsqfIEVAZfD5RcDzFaQLs_g6z-imWrdlucv-whmkqeiRYXaG6jfJDIMYz8ucWDKInjVEBNhx9LnJu8yi6JThYCpKRYCT8poW6mam7UwZjPsKLdIIduKcgrz/s1600/escrita+adriana.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAJWArZqt8prChMAE4yLJexSsqfIEVAZfD5RcDzFaQLs_g6z-imWrdlucv-whmkqeiRYXaG6jfJDIMYz8ucWDKInjVEBNhx9LnJu8yi6JThYCpKRYCT8poW6mam7UwZjPsKLdIIduKcgrz/s320/escrita+adriana.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bati tanta palma, dei tanto parabéns, comemorei tanto que parecia até que ele tinha ganho um campeonato inteiro com um gol de placa dedicado a mim aos 45 minutos do segundo tempo. Achei realmente incrível e fiquei extremamente feliz. Desejo que este dia fique pra sempre na memória como o dia em que ele escreveu suas primeiras palavras. As primeiras de tantas outras e que poderão abrir um mundo inteiro de possibilidades para ele.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-2848983871228194592015-06-02T22:54:00.001-03:002015-06-02T22:54:54.884-03:00Eu: mãe do Arthur & jornalista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://fbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xat1/v/t1.0-9/11329783_10152837996036254_7464754632878440870_n.jpg?oh=d08d1aec19e80c4b8f4d2718407441c6&oe=5608DE3C&__gda__=1441583614_ff1c8dcf91ce88adccbd8c364bea4cbb" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://fbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xat1/v/t1.0-9/11329783_10152837996036254_7464754632878440870_n.jpg?oh=d08d1aec19e80c4b8f4d2718407441c6&oe=5608DE3C&__gda__=1441583614_ff1c8dcf91ce88adccbd8c364bea4cbb" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Então eles estão "estudando" sobre profissões na escola. E os pais foram convidados a falarem de suas profissões para a turma. Assim que voltei de viagem, marquei meu horário. Era meu último dia de férias. Ia fechar com chave de ouro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já tinha tentado, na mesma semana, participar de uma outra atividade na escola na Semana do Brincar, mas aí choveu e a atividade que seria ao ar livre foi cancelada. Eu fiquei chateada e ele continuou esperando pela minha ida na escola (até hoje me pergunta se eu vou lá brincar com ele!)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, cheguei lá e a roda de 10 pequenos me esperava. Só de vê-los me esperando ansiosamente me deixou nervosa. Bateu aquele medo de será que eu ia conseguir suprir as expectativas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim que cheguei, Arthur levantou e veio me cumprimentar. Era nítido que ele estava orgulhoso que eu estava lá! Veio, me beijou para marcar seu território, e voltou ao seu lugar na roda - o mesmo que estava antes, mesmo comigo posicionada ao lado oposto da roda. Aquilo me emocionou. Meu filho estava orgulhoso de minha presença! Resolvi sentar de frente para o Arthur, assim poderia ver a carinha dele. Mas aí ele pediu para eu sentar do lado dele e, então, fui!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como sabia que outra mãe & jornalista já tinha passado por lá, achei que o melhor seria começar dizendo que a minha profissão era igual de outra mãe que tinha ido. Como algumas crianças já sabiam que eu era jornalista, a professora questionou se eles sabiam de que mãe a minha profissão era igual. Então, acertaram a mãe, mas ficaram na dúvida se eu era jornalista ou professora ou os dois, como ela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, alguns disseram jornalistas, outros me disseram que eu tinha cara de professora e meu filho me olhou tão curioso para saber se eu também era professora que foi engraçado o jeito dele como quem diz: Ué, mas isso você não tinha me contado! Você também é professora?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando disse que era apenas jornalista, uma das meninas me disse: Você tem cara mesmo de jornalista.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A sabatina se seguiu com eles tímidos e esquecendo as perguntas, repetindo perguntas como se meu trabalho é duro ou fazendo outras como se eu gosto do que eu faço, o que eu gosto mais de fazer, há quanto tempo estou na profissão, se eu entregava jornais ou escrevia para a França e para onde eu costumava escrever.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como achei que eles estavam tímidos e, vez por outra, dispersos tentei provocá-los. Contei a eles que o jornalista INVESTIGA, que FAZ PERGUNTAS como eles estavam fazendo e eles se acharam, ali me entrevistando, também um pouco jornalistas. Questionei se eles sabiam o que um jornalista mais usava para seu trabalho e, embora tenham dito computador que é algo mais próximo do real hoje, disse que o papel e a caneta eram os principais instrumentos dos jornalistas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A professora chegou a dizer que aquela tinha sido a conversa mais tranquila que eles tinham tido até então. Acho que, provavelmente, a falta de "novidade" de uma profissão repetida com certeza contribuiu para o "desinteresse".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo assim, adorei. Adorei meu filho feliz por eu estar lá, adorei ser sabatinadas por pequenos de 3 e 4 anos, adorei fechar minhas férias assim: com crianças sendo crianças, curiosas, engraçadas e tímidas e, especialmente, do lado do meu filho!</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-78571950118940770792015-05-21T00:37:00.001-03:002015-05-21T00:37:43.977-03:00Carta ao longe<div>Arthur,</div><div><br></div><div>Hoje estou longe de você e assim estarei por uma semana. Desde que me separei de seu pai tenho passado por muitas transformações na vida. Há algum tempo, decidi que viajaria sozinha pela primeira vez. Não sei ao certo se foi falta de companhia, mas a verdade é que pouco busquei por alguém que topasse fazer esta viagem comigo. Essa é, certamente, a maior transformação de todas.</div><div>Quando me casei pensei que teria uma companhia para todos os momentos e, por um tempo, realmente tive. No entanto, as coisas mudaram e, entre outras coisas, fui perdendo a companhia dele e passei a frequentar os lugares somente com você - o que nem sempre era fácil ou agradável, já que você é bastante espoleta e pouco para quieto - requerendo tanta atenção que impede todo e qualquer divertimento do seu responsável.</div><div>O fim era certo e foi inevitável. É assim foi. Passado algum tempo eu já me acostumei a estar sozinha e a frequentar os lugares apenas com sua cia. Você, já faz um tempo, é meu grande companheiro em todo e qualquer evento. Apenas em grandes eventos ou para trabalhar você não está comigo.</div><div>No ano passado, eu e seu pai tiramos uma semana de férias sem você. Foi bom. Este descanso de você é sempre vigorante e importante. Este ano, resolvi manter minha semana de férias de você - o que implicou em uma semana sozinha. Esta é a sua segunda semana no ano sem minha presença, já que viajei a trabalho por uma semana em março. No entanto, aquela minha semana sem você foi uma semana cheia de tristeza e trabalho. Resolvi, então, manter minha semana de férias de você - que com minha dedicação única e exclusiva à você se tornou ainda mais importante e necessário para mim.</div><div>Minha coragem em partir sozinha pela primeira vez, para uma grande cidade, em outro país surgiu nem sei de onde. Mas o importante é que ela existiu e está presente na minha vida há alguns meses. Gostaria que você tomasse isso como exemplo em sua vida. Aqui, de longe, Desejo que tenha coragem de realizar suas vontades e seguir seu coração, como fiz ao embarcar na noite de ontem. Desejo que você seja capaz de embarcar em aviões, nas suas vontades e nos seus desejos se eles foram bons e necessários para você e seu crescimento pessoal. Desejo também que você possa ser independente, autossuficiente e feliz em suas escolhas. Que você não dependa de ninguém para viajar, para acreditar e para ser feliz.</div><div>Desejo, aqui do fundo do meu coração, que você possa sempre seguir os melhores passos que dou p<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">orque com ou sem você ao meu lado, não importa, eles são dados cheios de amor e esperança de que você possa aprender com os erros e acertos deste caminho!</span></div><div><span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;"><br></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-75291160520388992752015-05-11T10:03:00.001-03:002015-05-11T10:03:52.559-03:00<div style="text-align: justify;">
Por aqui tudo na Santa Paz, embora na correria de trabalho e da vida comum do dia a dia. Arthur melhorou muito seu comportamento. Parece outro menino. Mas tem dias que, claro, se comporta como uma criança birrenta e dá um trabalho danado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este final de semana foi um destes. Fez birra por tudo e para tudo. Foi melhorar no final do domingo - o que já é um avanço visto que era dia das mães e eu queria era comemorar com ele e não brigar. Como disse, no cômputo final ficamos bem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os dias tem passado depressa e já faz um mês que o pai dele não aparece e não manda notícias. Não liga, não pergunta, não se interessa e não aparece. Eu, que por um tempo resolvi fazer o papel da interventora e levar o menino lá, de repente, só para eles poderem ter algum contato, desisti depois que fui destratada ao levar os convites do aniversário e avisei: é a última vez que trago ele aqui. Avisei também à criança que, embora não entenda a complexidade de nossa relação e dos problemas que nos cercam, precisa saber que a mãe não fará mais o papel da motorista e da interventora da relação. Ele chorou, resmungou, mas ao que parece entendeu e leva melhor a situação do que eu, que ainda sofro com isto regularmente. Ele sequer fala do pai, não pergunta e nem reclama de saudades. Fala mais dos primos do que do pai.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele continua insistindo que quer a família dele de volta, mas em nenhum momento cita ou questiona sobre o filho como se a família dele fosse apenas eu. A relação que ele quer reatar é comigo e em nenhuma tentativa colocou o filho em primeiro lugar. Eu sigo tranquila e leve, certa do que fiz. Aliás, cada vez mais certa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Semana que vem estou em férias. Dividi, desta vez, em dois períodos assim em julho poderei ficar com ele e fazer programas exclusivamente com ele. Nesta primeira quinzena, as férias são minhas. Vou curtir, descansar e pensar na vida. Me conhecer e reconhecer meus gostos, preferências e viver. Tanto que vou viajar, pela primeira vez na vida, sozinha. As pessoas não costumam acreditar muito que vou sozinha-sozinha e a pergunta mais comum é: você vai sozinha? Sozinha mesmo? Inacreditável essa coisa de não acharem que uma mulher pode ser independente assim. Quando separei, tive que responder dezenas de vezes que não tinha ninguém na parada que eu só não queria mais por N motivos. Agora, com a viagem, a pergunta se repete. Acho mesmo engraçado a situação, mas sigo meu caminho rindo da incapacidade de os outros entenderem que eu posso sim ser feliz sozinha. Que eu não preciso de alguém para ter coragem de terminar um relacionamento ou para embarcar em um avião. Quero, acima de tudo, que isto sirva de exemplo pro Arthur. Que ele possa se bastar e se completar, sempre. Que possa se conhecer e fazer o que tiver vontade na vida, sem depender de ninguém. Afinal, se eu dependesse dos outros para fazer qualquer coisa na vida, não fazia nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas isso é assunto mais de terapia do que de post. Aqui, seguimos a nossa terapia interna de reflexão e tentativa-e-erro e vamos errando e acertando os passos na nossa dança da vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-2295189547307415232015-04-09T12:37:00.001-03:002015-04-09T12:37:22.475-03:00Ele já fez 4<div style="text-align: justify;">
Ando sumida, eu sei. Verdade seja dita: estou com muitas coisas na cabeça e tocando uma vida sozinha com ele. Isso complica bastante a situação. Depois, tem o fato de que meus assuntos são apenas a separação, o divórcio, as brigas e tudo que anda acontecendo, mas não acho o tom para tratar disso aqui, então vou deixando de lado. Antes, eu estava lotada de trabalho. Fiquei uma semana fora de SP, sem meu filho, bem na semana do aniversário dele. Então, pior ainda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez até tenha assuntos, mas falta tempo, falta achar o tom, falta coragem de encarar outras coisas e vou deixando.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas ele já fez 4. Eu estava fora de SP. Falei com ele logo cedo. Chorei horrores antes de viajar, alguns dias antes, e chorei horrores no dia do aniversário dele. Já sabia que seria assim. Mas ele levou numa boa - ao que parece. Não questionou minha falta especificamente, somente a minha demora em voltar (realmente foram mais dias que normalmente eu viajo).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu voltei e achei que encontrei um menino diferente. Aos 4. Mais crescido, mais falante, mais articulado, mais mais. Não sei se foi impressão minha, coisa de mãe coruja, saudades ou se é fato. Só sei que nos dias da volta achei ele diferente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele continua pitizento, manhoso, difícil de lidar em algumas situações, mas ando incrivelmente paciente. E tentando levar como dá. Nos dias em que ele está bem, tudo é muito maravilhoso. Nos dias em que ele fica difícil, tudo é muito cansativo. A média está em 50/50. Nem tão maravilhoso como eu queria e nem tão difícil quanto já foi. Mas ainda tem dias que eu prefiro evitar e fugir, aí faço um caminho comprido na volta para casa, invento mil programas para ele se cansar e dormir cedo, entrego o tablet na mão dele e deixo a vida seguir num ritmo mais ameno para mim. Porque ainda tem dias que não dá. E podem julgar e culpar. O calo aperta lá em casa e eu resolvo como consigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sábado festejaremos seus 4 anos. Apesar de já ter passado faz tempo. Mas eu estava fora, depois veio o feriado e eu decidi por esta data para que os amigos da escola estivessem também. Vamos comemorar. Celebrar. No ritmo dos super heróis porque como dizem as mães da turma dele, eu tenho me saído uma verdadeira mulher maravilha na arte de lidar com tudo sozinha. Não sou super heroína, mas certamente tenho feito muito mais do que imaginei conseguir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que venha a festa, que venham os amigos, que venha a vida para celebrar. Depois, volto aqui para falar das coisas que não andamos comemorando at all.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7164479062999118689.post-88093652725946777982015-02-20T10:47:00.000-02:002015-02-20T10:47:29.944-02:00Dia da tristeza<div style="text-align: justify;">
Tem dias que bate uma tristeza danada. Pode ser um dia lindo de sol como o de hoje, mas o vazio do peito é maior e torna tudo cinza, feio e frio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou em um dia cinza. O dia da tristeza. O dia (raro) que me culpo por tudo e por todos. O dia que eu canso de tudo e não quero nada além de navegar no Pinterest e ficar vendo coisas bonitas para ver se consigo colorir um pouco a alma. O dia em que aquela música me faz chorar e olhar tudo de outro jeito, sob outras perspectivas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje é o dia que eu devia escrever aquela carta sincera e escrever tudo que realmente penso e sinto. É hoje o dia que eu tenho vontade de ir para casa e não ter responsabilidade nenhuma no trabalho, obrigação nenhuma, tarefa nenhuma, chefe nenhum, colega nenhum.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje é o dia cinza que eu não queria ver meu filho chorar, sofrer e pensar que ele deve estar sentindo uma falta tremenda do pai, que não liga, não vê, não aparece e não quer nem saber. Hoje é o dia cinza que tento, ligo, insisto e mostro (em vão) que ele tem obrigação, responsabilidade e dever de pai, mesmo já tendo tentado e quebrado a cara tantas vezes e tendo prometido que não ia mais tentar porque é sim em vão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje é meu dia cinza para sofrer pela viagem que virá e vai me afastar por 8 dias seguidos do meu filho, na semana e no dia do seu aniversário. É o dia em que eu já estou desesperada com o prazo que expira e a quantidade de trabalho que se acumula e eu me desespero achando que não vai dar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje é o dia cinza que vou somar todas as dores de 32 anos e vou querer chorar e morrer um pouco ou que eu desejo ser outro alguém com outras dores e outros amores, que não esses que hoje me tornam assim tão triste e apagada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje vou viver meu dia triste para quem sabe amanhã, ao amanhecer, ele se torne mais colorido.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14728377241397501609noreply@blogger.com2