sexta-feira, 31 de maio de 2013

Desfralde

Eu ando falando bastante nesse assunto, mas é pra ver se eu tomo logo coragem.

Nesta semana, a escola me mandou o programa 'Tira a Fralda' da escola, que deve ser feito em parceria casa-escola.

E tá lá: oferecer o penico a cada 30 minutos, chegar e sair da escola sem fralda, não deixar o menino ficar muito tempo sentado no penico (se não fez, oferecer de depois de um tempo novamente), não cair na tentação de colocar a fralda para ir até ali para não confundir a criança, não brigar ou repreender quando xixi ou cocô escaparem, elogiar quando fizer no penico, dar abraço, beijo e fazer quadro de recompensa (com diversas bugigangas).

Mais ou menos isso. Quinta e sexta, apesar de ser feriado e de estar em casa adiamos. Na quinta estivemos com faxineira então saímos de casa para ela limpar e nós sobrevivermos porque ninguém sobrevive àquela mulher que fala MUITO e, pior, em voz muito alta. É insuportável, gente, sério.

Hoje cedo saímos para comprar as cuecas (mais porque os dois pacotes que já tinha comprado estão na avó, então tínhamos que ter um estoque em casa também) e para comprar mais calças, que vão ser necessárias nessa hora.

Meu desejo é começar amanhã e continuar. O processo, dizem, dura em média duas semanas. A escola pediu para estarmos à disposição da criança por esse tempo.

Arthur faz xixi no penico várias vezes por dia. Tira calça, fralda, senta e faz. Sozinho, sem ninguém perguntar, pedir, avisar. Às vezes faz bastante xixi, às vezes faz pouquinho, mas fica um tempão zanzando pela casa pelado. Depois que tira a roupa não quer vestir de jeito nenhum. E está frio, então tem rolado alguns estresses com ele por causa disso. 

Eu tentei comprar aquela famosa fralda do desfralde pull&up, mas ele não gostou. Ela é meio esquisita mesmo, então está aqui, mas ainda não conseguimos nos adaptar e acho também que pode confundí-lo se está ou não de fralda colocando o processo em risco. Enfim, está aqui, mas não sabemos se iremos usá-la.

De resto, tudo bem. Cuecas compradas, menino apto, calças extras compradas. Só falta a coragem da mãe. Alguém aí pode me doar alguma? Emprestar? Vender? Leiloar? E dicas, alguém?

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Findi-foto

Foi um final de semana para matar as saudades. Grudei no menino e carreguei ele para dois eventos no sábado: um chá-de-bebê e o aniversário do amigo da escola dele. Um na sequência do outro. E como estava com saudades domingo também fiquei tirando um monte de foto dele.

Foi literalmente um findi-foto. Vejam:

Ele amou o pirulito e eu quase enfartei

Desejo saciado pelo mês inteiro.

Agora é assim: só quer fazer as coisas sozinho

Acha que acabou? Também se esbaldou nas balas.

E comeu brigadeiro

E brincou na piscina de bolinha

Domingo começou melhor, comendo banana

Até o último pedacinho

Tocando violão (que é um abridor de garrafa ímã)

Toca muito!

Momento leitura

Tchaaau

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Postal do amor - PALMAS



Palmas, 23 de maio de 2013

Filho, enquanto você está aí no frio de São Paulo, mamãe veio trabalhar no calor de Palmas. Eu aprendi na escola, em algum momento, que o cerrado brasileiro era marrom e descobri que ele é, na verdade, verde. Muito verde. É bem verdade que a cidade tem uma terra vermelha que se espalha para todos os lados: ruas, calçadas, carros e a gente não sabe de onde vem e nem como se espalha, mas ela está presente.
Palmas é uma cidade planejada e foi fundada quando eu já tinha 8 anos, ou seja, 6 anos mais velha do que você tem hoje. E é uma cidade muito bonita, planejada, com ruas largas e verde para todos os lados. Com muitas praças e rotatórias e um calor que não passa, nem de noite. Úmido, abafado, diferente do calor que sentimos em São Paulo.
Aqui tem um lago formado pela represa da hidrelétrica de Lageado e é enorme. Na beira deste lago formam-se praias, que eles chamam de praias de água doce. Embora esteja no centro do País, Palmas tem cinco praias e a maioria das pessoas que moram aqui não são daqui, afinal a cidade só tem 24 anos.
Serão 3 noites longe de você e muitas saudades, mas saiba que pensarei em você todos os dias ao deitar e ao levantar - e também em outras diferentes horas.
Em breve estarei com você.
Com amor,
Mamãe

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Um bilhete e um tiro no coração

Quando o Arthur fez dois anos e eu planejei a festa fiquei naquela dúvida cruel entre convidar os amigos da escola ou não. Claro que a festa é para ele e dele, mas ele ainda não emite opiniões, então não tinha como consultar o aniversariante.

Questionei à escola quem eram seus colegas de classe e recebi como informação 4 nomes de crianças que não conhecia e que eram novas na escola, o que só aumentou minhas dúvidas principalmente porque além de não conhecer as crianças conhecia menos ainda os pais (como lidar, gente?).

Aí pensei em uma festa na escola, mas para quatro crianças? Desisti. E não convidei nenhuma criança e nem fiz festa na escola. O Arthur tem muitos primos por parte do pai e também tem os filhos dos amigos do pai, então não seria uma festa de criança sem criança. Arthur também tem um amiguinho no prédio e ficou assim estabelecido meio sem consenso interno para mim.

Mas na semana do aniversário dele teve a reunião de pais e eu conheci uma mãe de uma criança que também é nova na escola, mas que é super comunicativa e gostei dela e fiquei com aquela vontade de convidar. Mas não ia fazer a feia de convidar na mesma semana. Tem também algumas outras mães que conheço porque as crianças estavam na sala do Arthur no semestre passado, mas acontece que eles foram para o Maternal 2 e não são mais da sala dele e eu fiquei lá com aquela coisinha remoendo embora decidido não convidar.

Não bastando meu remorsinho convivendo aqui dentro comigo mesma, eu recebi no começo do mês o convite da festinha de uma criança da escola. Ele é da sala do Arthur e é novo na escola. E para flechar meu coração de uma vez por todas e verter toda dor que tem lá dentro o convite veio com o seguinte bilhete:

Pais do Arthur,
Não nos conhecemos, mas gostaríamos muito que vocês fossem à festinha de 02 anos do nosso filho XXXX. Acreditamos que o laço de amizade entre as crianças deve começar cedo e ficaríamos muito contentes se nossos filhos compartilhassem esse momento juntos. Esperamos por vocês no dia 25 de maio às 18h. Segue o endereço no convite anexo.
Atenciosamente
Fulana e Ciclano

Diz se não é para morrer com tamanha gentileza? E carinho? E fofura? Para completar, o bilhetinho tem uma foto do filho - coisa que achei super conveniente e me matou de vez. Me arrependi! #prontofalei E vou amargar essa até a próxima festinha.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Rumo ao centro-oeste do Brasil

O ritmo de trabalho anda aceleradíssimo. Milhões de eventos na agenda e eu não passarei ilesa. Lá todo mundo tem filho pequeno e se reveza para dar conta, então estamos todos no mesmo barco.

Depois de ter ido à Brasília no começo do mês embarco hoje para Palmas (TO) para fazer um encontro regional e apesar de ter que deixar o Arthur, eu adoro as viagens. Primeiro porque me apaixonei pelo projeto de regionalização da entidade, segundo porque eu amo o que eu faço, terceiro porque é bom pensar que eu sou uma pessoa no singular e quarto porque eu aprendo muito.

Ainda nem fui e já sei de outra agenda para o final do mês que vem, que deve acontecer em Florianópolis. Pode ser que antes tenha outra agenda em Brasília, mas ainda não é certo. O ritmo está frenético. Até o final do ano muita coisa ainda vai rolar, então pensei numa coisa muito legal.

É fato que vou viajar e muitas vezes eu não tenho escolha sobre ir ou não ir. Sou a única jornalista e assessoro como os outros, então resolvi que escreverei um cartão postal e enviarei pelo correio em cada cidade que for, em cada viagem que fizer. Hoje não faz diferença, mas quem sabe daqui a alguns anos? Não quero que minha ausência seja apenas uma lacuna, quero preenchê-la com cores, frases e palavras de amor porque eu o amo tão grande que tenho certeza que meu amor vai chegar nele onde quer que eu esteja.

Estou dando START no projeto Postais do Amor. Logo mais mando mais notícias!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Vamos encarar o desfralde!

Ao que tudo indica, Arthur está mesmo pronto para tirar a fralda. Providenciamos o penico aqui para casa, já que o outro está na casa da vovó (lembra?).

No começo ele não ligou e o penico ficou lá, no banheiro. No entanto, semana passada a faxineira veio e o penico ficou para fora do banheiro - quase na porta, quase no corredor (se é que posso chamar alguma coisa de corredor nesta casinha) e escondido atrás do sofá (ainda bem!). E despertou o interesse dele. Na sexta-feira, depois que voltou da escola quis sentar. Abaixou as calças, tirou a fralda e sentou. Zanzou pelado até que sentou de novo e FEZ XIXI!

Fizemos a maior festa. Palmas, parabéns, cumprimentos, dancinha, beijos e abraços. Se era incentivo que ele precisava, ganhou. Em dose dupla: mamãe e papai. E foi um xixizão.

Sábado e domingo ele pediu e sentou no penico várias vezes, mas nada de xixi. Só muita enrolação e drama para ficar de fralda, mas xixi mesmo, nada.

Na segunda-feira, a cena se repetiu. Cheguei e ele fez xixi várias vezes: sentava lá fazia um pouco, me mostrava e derrubava no vaso sanitário como o pai tinha feito. Como tinha chegado tarde em casa, soube que ele já tinha feito outro xixi.

Hoje, quando cheguei em casa, ele estava de calça, mas sem fralda. Já tinha feito xixi no penico e fez mais um pouquinho. Todo serelepe.

Amanhã viajo de novo a trabalho; rumo ao Tocantins. Só volto na sexta-feira de noite e teremos também um final de semana agitado, o que está me obrigando a adiar a retirada de fralda, mas o feriado me aguarda e vamos começar oficialmente o desfralde sem fraldas. 

Ele já mostrou que está pronto, só eu que não tenho certeza de estar, mas não vou mais adiar. Vou encarar porque parece (e só parece) que não vai ser tão difícil. Não acho que vai ser fácil, mas vamos adiante. Semana que vem vou conversar na escola e combinar com a avó. O jeito vai ser montar a força-tarefa e incentivar o menino, que está todo prosa para usar o 'ito' (penico).

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Quem você pensa que engana?

Eu pensava que eu enganava meu filho, mas hoje ele me provou o contrário. Todo dia de manhã, ao deixá-lo na vovó, eu venho com a mesma ladainha: 

- Filho, vai dar papá pro peixe. E 'nuqui' ele se distrai, eu vou embora.

E hoje, atrasada, não demorei muito para sugerir que ele fosse dar papá pro peixe. Ele foi, mas sabe o que ele me disse?

- Tchau, mamãe. Com direito a aceno e beijinho.

Agora eu pergunto: Tá bom pra você? Besta sou eu que ainda acho que engano um menino de dois anos e quase dois meses.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Visita ao pediatra e um pedido de desculpas

Eu já dediquei vários posts sobre o baixo peso do Arthur e sobre as reveses com o pediatra.

Minha saga vem desde que ele nasceu. E os post aqui seguem em agosto de 2011novembro de 2011, maio de 2012, junho de 2012 por duas vezesjulho de 2012, e fevereiro de 2013.

Foram vários exames de sangue, incontáveis preocupações, lágrimas, medos e visitas médicas. Até que eu cansei e dei um piti. E depois que eu dei esse piti e chorei e falei um montão de coisa abandonei nutricionista, endocrino (que eu adorava até) e ficamos com muita parcimônia no pediatra.

E hoje fomos lá pesar, medir, avaliar, contestar e um monte de coisas. Pela primeira vez fui cheia de dúvidas: os tetês noturnos, o pipi que ele insisti em puxar, mexer e etc, o desfralde, a fala e o leite. Falei como ele estava: comendo bem, falando mais a cada dia, aprontando todas, com quase todos os dentes nascidos e os que faltam crescer já apontaram. E ele mediu e constatou que o menino cresceu mais um bocado, mas engordar, adivinhem? Pois é, quase nada. Na altura ele acompanha a curva, mas no peso tá lá na curva dele - bem abaixo da normal.

E depois de conversarmos, pesar e medir ele ficou avaliando o Arthur lá no consultório falar, brincar, aprontar e me mostrou as curvas e o desenvolvimento do Arthur. Então ele me olhou e disse com muita sinceridade: "Desculpa. Ele está ótimo. O baixo peso é dele. Desculpa por todo o transtorno que te causei por isso." 

Eu ponderei, como sempre,  que o Arthur quase não fica doente. Nunca teve problema de garganta, de ouvido ou qualquer coisa mais séria. Apenas tosse e que desde que mudou para o período da tarde na escola também cessou. Que ele sempre se desenvolveu bem. Mas que ele é magro, igual a mãe, que engordou 3 kilos em dezembro e agora pesa 48 kg. Ele tem a quem puxar.

Antes de irmos embora ele ainda elogiou a coordenação motora do Arthur.

Quer saber? Eu achei muito honesto da parte dele. Achei humano ele reconhecer que exagerou na medida e que o Arthur está bem como sempre esteve. E achei, acima de tudo, sincero. Seguiremos, agora, felizes e sem paranoia.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Fotos, fotos e um montão de fotos

Atire a primeira pedra comentário a mãe que não encarnou a fotógrafa depois que o filho nasceu? Milhões de fotos por segundo. Para registrar os primeiro dias, o primeiro mês, o segundo, o terceiro e todos os outros, o banho, a mamada, a mamadeira, a papinha, sentado, engatinhando, fazendo careta, chorando, no mar, na piscina, no carrinho, de olho aberto, dormindo, com as visitas, enfim...

Eu sou como você, como esta que descrevi e como todas as outras: registra tudo o tempo todo. Ainda mais em tempos de tecnologia digital onde um clique não é necessariamente uma foto e uma foto pode não ser nada mais que alguns bites a mais no computador além de vários pixels e muitos back-ups. Eu salvo tudo, guardo tudo, arquivo tudo.

Só que além disso, eu imprimo muito. Na licença maternidade costumava fotografar mais e imprimir mais também. Por mês ia lá imprimir umas 20 fotos selecionadas com muito custo, carinho e critério. Porque eu até fotografo tudo, mas costumo fazer uma seleção apurada para imprimir, né? Depois, comecei a juntar e imprimo a cada 50 fotos em média a cada três meses.

Eu não sei dizer quantas fotos eu já tirei nestes dois anos, um mês e 22 dias. Mas sei que em períodos em que eu não estava satisfeita com tudo (e principalmente com a minha maternagem e o que era ligado à ela) o número de fotos caía sensivelmente. Um exemplo foi na minha volta ao trabalho, que foi antecipada, então eu não tenho foto dos seis meses do Arthur. Como a princípio ia emendar minhas férias e tudo mudou de uma semana para outra eu me desesperei, surtei, fiquei mal e enfrentamos diversas dificuldades; então não temos fotos. As poucas fotos que tenho foi minha irmã quem tirou na festa de casamento de uma amiga e deve ser, no máximo, 3 fotos.

Eu também sou do tipo que presenteia com fotos. Afinal se eu detenho o direito do uso da imagem da criança (risos) e o direito autoral das fotos (até parece!), nada mais justo do que cedê-los de vez em quando. Então não é raro que familiares próximos recebam fotos do Arthur de presente. Às vezes, o mimo vai acompanhado do porta-retrato. Foi assim logo depois que ele nasceu, com as fotos do batizado (que eu não tirei, mas contratei a Sharon e ela fez tão belamente que distribui como regalo depois do batizado) e com outras que de vez em quando seleciono e distribuo ao meu bel prazer.

No aniversário de dois anos dele, resolvi me inspirar na ideia do Pinterest e fazer um painel de fotos formando o número 2. Selecionei as fotos e imprimi mais um catatau. Depois fui colocar a mão na massa. Mas eram tantas fotos, mas tantas fotos que eu tinha selecionado que acabei tendo que fazer 2 painéis de foto e excluindo cerca de 8 fotos que não cabiam no painel e não dava para fazer outro. Ficou simplesmente lindo! E o painel ainda ficou pendurado na minha sala por quase um mês até que fui desmontando e deixei lá aquele monte de fotos aguardando organização.

Esta semana deixei de enrolar, comprei mais dois álbuns de foto (porque o outro que tinha já estava cheio e ainda tinha mais de 100 para organizar) e coloquei a mão na massa. Deu um trabalho de 2 horas, mas agora está tudo em ordem e lindo e eu cheia de orgulho da organização e das fotos impressas. E você acha que só eu gosto? Que nada! Tem um menininho lá em casa que não pode ver um álbum que tira da estante e fica lá folheando e dizendo quem é quem. Pelo menos, no futuro as fotos já tem dono garantido. Afinal, me diz: tem coisa melhor do que ver foto?

terça-feira, 14 de maio de 2013

O dia das mães na escola

Antes tarde do que mais tarde?

Pois bem semana passada terminou atribulada e ontem começou cheia de problemas. Sem tempo, sem cabeça, sem nada para escrever do dia das mães na escola começo agora, pode ser?

Eu me programei e saí do trabalho às 17h porque estava marcado para às 18h em ponto. Peguei todo o trânsito do mundo e chorei desesperada no caminho achando que não ia chegar a tempo. E quase não cheguei mesmo. Cheguei às 18h10 e não deu nem 2 minutos que havia chegado e a apresentação começou. UFA!

Mãe e madrinha já estavam apostas na sala apinhada de pais. Me enfurnei no único espaço que tinha entre um monte de gente, algumas pequenas cadeiras e um banco comprido. Agachei no chão mesmo. Larguei bolsa e tirei a máquina da sacola.

Quando abriu a porta (explicando: a escola é pequena e tem uma sala que é dividida com outra por uma porta, então as crianças ficaram em uma sala e os pais na outra com a porta fechada, que se abriu para a apresentação) fiquei caçando meu filho, que estava bem no canto onde não conseguia ver.

Ainda bem que todas as mães se mexeram para ver direito e eu consegui dar uma chegada mais para a direita para conseguir ver meu filho que estava todo comportado sentado no chão com um monte de outras crianças.

Ele lá no cantinho com tooodas as outras crianças

Tinha um montão de criança chorando. Eu achei que o Arthur ia chorar. Mas ele não chorou. Ele ficou me procurando com os olhinhos quando viu aquele monte de gente. Ele levantou e veio até mim quando me encontrou. Mas ele voltou para o meio do caminho quando pedi para ele ir dançar com o tio.

Procurando a mamãe e dançando corujinha

Ele cantou cinco músicas (uma de uma corujinha que ele ficava dançando igual às outras crianças, uma da cobra no pezinho de limão, uma de um carangueijo que quase não ouvi, uma das mães que era fofa mas quase não deu para ouvir e outra da Maninha que minha mãe cantava muito para ele quando ele era bebê), dançou um pouco, mas quando entrou o violão ficou mesmo imitando o "tio" tocando. Não queria saber de mais nada.

Dançando no meio do caminho
A apresentação foi rápida. E claro que eu chorei - menos do que eu imaginava, mas chorei. E o melhor foi a figura se metendo no meio da apresentação das crianças maiores. Eram umas 4 ou 5 crianças apenas e ele foi lá no meio, dançar com ela. Pensa numa criança que se achou no palco. Desenvoltura total. Será que meu menino vai ser artista?

No final da apresentação ele voltou a sentar junto com os amigos. É ou não é lindo?

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Tratado

Eu queria mais tempo para escrever, mais calma, menos loucura, menos estresse, menos cansaço. 

Eu queria me dedicar mais. Escrever enquanto as coisas estão no frescor, no calor, na emoção, na ativa, mas aí vem o cansaço, falta tempo, tem loucura e estresse e eu deixo passar. E, depois, quando vejo já passou e eu acho que aquele assunto é velho, não dá mais, já foi, passou e eu fiquei com a página em branco. 

Vou começar me programar mais, tentar, me dedicar. Não é um promessa, nem nada. É um tratado de mim comigo mesmo para ver se acerto meus ponteiros, coloco a casa em dia e os textos online. Vou tentar porque me faz bem porque eu gosto e porque eu quero. Vou tentar para registrar, para anotar, para deixar marcado. Vou tentar e espero conseguir e, por isso, voltar amanhã.

Até amanhã (quem sabe).

terça-feira, 7 de maio de 2013

Das experiências antropológicas da vida

No meu recesso de final de ano resolvi ir em um parque perto de casa para o Arthur brincar. Tarde amena, sem programas, convenci o marido e fomos. Isso já faz uns meses, é verdade, mas foi inesquecível.

Primeiro porque esses programas em parques e praças só costumamos fazer eu e o Arthur. O marido nunca topa ou não está nos horários que encaramos estes passeios, então é raro. O mais comum é que eu e o Arthur vamos, mas quase nunca com o pai. Segundo porque, neste dia, achei uma verdadeira experiência antropológica.

Gosto muito de observar as pessoas e neste dia algumas coisas foram bastante bizarras. Primeiro uma mãe, meio malucona, alta e magra, com um filho de uns 2 anos também grande aparecem no tanque de areia para brincar. Ela falando pelos cotovelos, ele que estava de roupa em menos de 2 minutos ficou só de fralda naquela areia não lá muito limpa e confiável e ela falava, muito, o tempo todo. Dizia que o filho ia para a praia com o pai passar a festa de reveillon, falava que ela ia fazer sei lá o quê no reveillon. Repetia insistentemente. Quase perguntei se tinha algum solteirão ali no parque porque ela estava claramente exibindo o fato de ser mãe solteira/divorciada. Ela me pareceu meio hippie (nada contra, isso é apenas uma descrição) e o filho me pareceu tal qual lá todo jogado na areia brincando*.

Depois ainda apareceu uma mãe que transbordava medo e insegurança. A forma como ela falava com o filho que já devia ter uns 5 anos era infantilizada (e eu não gosto. Trate criança como criança, mas não como retardado, ok?) e a forma como ela me aparentava (insegura, infeliz, com medo) era exatemente como a criança se portava. Em um escorregador de cimento, a criança temia descer e a cada orientação da mãe (que dava mais medo e insegurança em vez do contrário como deveria ser) mais a criança tinha medo. A mãe em vez de incentivar recomendava mil cuidados quase fazendo a criança chorar para descer. Foi uma cena bastante incômoda. Para mim estava claro que a forma como a mãe era fazia com que a criança fosse da mesma maneira. No fundo, achei triste. Achei tristíssimo que uma criança se sentisse com medo e insegura simplesmente porque assim sente/transmite sua mãe. Achei triste uma criança ter medo de brincar livre solta em um escorregador simplesmente porque sua mãe não o incentiva a viver sua infância plenamente pelos medos que ela, adulta, sente.

Semana passada também levei Arthur para brincar em uma praça. Era feriado e final de tarde. Ele, que gosta pouco de uma rua, estava clamando por um passeio, que eu prometi que daria caso ele dormisse um pouco de tarde e me desse uma hora de descanso. Como ele dormiu, ganhou o passeio. E fomos na praça brincar. E mais uma vez vivi uma experiência antropofágica e antropológica. A menina de seus 12 anos queria brincar e girava o gira-gira com toda força e ficava brava toda vez que uma criança pequena entrava no brinquedo e ela tinha que ir devagar. Deu show de mal-educação. E a mãe também. Fiquei passada. Depois ela resolveu que ia subir pelo escorregador enquanto as crianças estavam lá em cima, fazendo fila para descer. Depois decidiu que ia subir pela escada, mas que ia reclamar porque os pequenos demoravam. E mãe olhando placidamente e, vez ou outra, chamando a atenção dela. Um verdadeiro show de horror. Fiquei consternada com a filha e, claro, com a mãe. Mãe esta que ficou me olhando estarrecida porque levei o Arthur embora chorando porque ele não queria me obedecer. 

Estava friozinho e, por isso, coloquei uma blusa nele. Ele, claro, tirou a blusa duas vezes até que eu avisei que se ele não ficasse com a blusa iríamos embora porque ele estava com tosse e estava esfriando. Ele, óbvio, tirou a blusa e eu, óbvio, cumpri o trato. Ele saiu chorando, espeneando enquanto eu avisava que ele tinha me desobedecido, então que não ia mais brincar. Ele não chorou nem por dois minutos porque no carro já na volta para casa fomos bem. Ela, óbvio, deve ter ficado estarrecida com minha educação linha dura. Será que também achou a cena uma verdadeira experiência antropológica?

*PS - Nada contra crianças que brincam na areia. Arhur também brinca. Mas em uma areia duvidosa de parque só de fralda, para mim, não rola.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Semana atribulada

Não vai ser uma semana fácil. Não vai ser uma semana como as outras. Tem viagem e evento em Brasília que estão me deixando ansiosa. Tem apresentação na escola do dia das mães que está me deixando ansiosa. E tem também todas as outras coisas, mas estas é melhor deixar para lá.

Enfim passei aqui para dizer que só devo voltar na quinta ou na sexta para contar como foi liiindo a apresentação do Arthur. Como eu sei e por quê eu já estou escrevendo isso? Ah, porque eu sou mãe, né, e já sei que vou me acabar de chorar e vou achar lindo mesmo que ele saia correndo do palco e nem toque ou cante nada.