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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Desabafo na rede

Nem uma dor é maior do que a outra. Nem uma tragédia é menor do que a outra. Não é porque você considera mais trágico milhares de jovens morrerem violentamente em favelas e regiões periféricas em todo Pais (ou qualquer outra causa) que irá menosprezar que centenas de jovens morreram tragicamente ontem. 

Se você acha pior que jovens sejam assassinados enquanto vão ao trabalho ou voltam da escola que tal fazer algo contra isso ou combater a violência em qualquer sentido? 

A mãe que perdeu um filho ontem sofre tanto quanto a mãe de um outro jovem assassinado covardemente ou daquela mãe que passa noites em claro por seu filho doente. Todas as dores são irreparáveis, por isso ao invés de ficar satirizando pare e pense na dor que sentem independente do motivo. Se você ignora os fatos postos e as dores alheias prefira também se calar porque assim todos ganham, ao menos, com seu silêncio.

OBS: Ontem, enquanto TVs tripudiavam em cima dos fatos, sites ganhavam cliques, imagens em profusão eram difundidas em sites de notícias algumas pessoas também se achavam no direito de satirizar com o ocorrido. E então escrevi, num impulso, esse desabafo na mesma  rede social em que algumas pessoas achavam que o legal era divulgar imagens grotescas ou tecer comentários desnecessários. Na minha timeline resolveu. Espero que o recado tenha sido dado. E replico aqui porque a dor destas famílias deve ser insuportável, é irreparável e eu não quero nem imaginar como é sentir essa dor.

sábado, 9 de julho de 2011

Pra começar

Engraçado como o mundo muda depois que a gente vira mãe. Na verdade, não foi o mundo que mudou, fui eu. Agora, tudo o que penso e vivo tem relação direta com o Arthur. Que Arthur eu quero preparar para o mundo e, principalmente, que mundo eu quero apresentar para o Arthur - incluindo especialmente que mundo eu NÃO quero apresentar para ele embora saiba que grande parte das coisas que incluo nesta lista mais cedo ou mais tarde vai - independentemente de mim - se apresentar a ele.

Um exemplo do que não quero NUNCA seguir é o da minha cunhada que usa EXAUSTIVAMENTE a violência para educar os filhos. Embora eu "entenda" que este é um repertório que ela tenha vivido não consigo entender - nem entre aspas - como ela consegue repetir este histórico tendo sofrido tanto com ele.

Já passei por diversas situações com ela em que ela agride praticamente gratuitamente os filhos e já me intrometi uma vez segurando a mão dela para que ela não batesse no filho, mas ontem foi a primeira vez em que isso aconteceu depois que o Arthur nasceu. Com ele no colo, a cena me pareceu ainda mais estarrecedora e mais uma vez tentei convencê-la de que esta não é a forma correta de se educar um filho, mas ela não se convence e, pior, ainda acha que vou pagar a minha língua quando o Arthur crescer. A minha esperança é exatamente esta: que ela possa ver através da forma em que eu criar o Arthur que é possível educar uma criança sem que seja necessário usar a violência. Só espero que não seja tarde demais.