quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Como bancar suas ideias?

Há algum tempo ando bem injuriada com uma porção de coisas. Na verdade, nem é com uma porção de coisas: é com uma só: como sustentar minhas ideologias?

Na criação de meu filho, tem sido cada vez mais difícil. Pelo simples fato de que ninguém concorda com elas e, por isso, não as respeita. É como se falassem o tempo todo para mim: E daí que você é a mãe dele?

Acontece principalmente em relação a alimentação porque eu controlo doces e chocolates e veto refrigerante. Mas e daí, não é mesmo, porque quando ele não está sob meus cuidados ou olhares ele simplesmente come todas estas coisas e eu, supostamente, não tenho nada com isso. Não sei se é o que acham, mas é o que de fato fazem.

E daí que eu não acho legal dar todo dia um ovo com surpresa e bala para ele, se alguém pode agradá-lo assim e ele vai supostamente brincar mais com essa pessoa ou ficar quieto por algum tempo? E daí que eu, que sou a mãe, já pedi para não dar porque agora ele vive a pedir essa tranqueira o tempo todo e arma um escândalo se não ganha? Afinal, a única que nega sou eu mesmo, então eu que me vire com o escândalo e com a criança que aprendeu a gostar de uma coisa que não fui eu quem dei, não sou eu que incentivo e, principalmente, não sou eu quem não limita o acesso? E daí se ele começar a achar que ele tem que ganhar todas as coisas ou que aos 3 anos pode pedir e ganhar o que quiser ?

Por tudo isso e outros motivos mais vamos mudar tudo. A partir do dia 5, Arthur passa para o integral na escola. Mesmo que eu saiba que vai ser muito puxado para ele, mesmo que eu saiba que ele vai se cansar muito mais e ficar muito mais irritado no final do dia e nos finais da semana, mesmo assim eu acredito que preciso retomar as rédeas de algumas coisas. E infelizmente vai ter que ser assim. No começo vai ser difícil, mas faço votos de que fique tudo bem e que todos nós nos adaptemos da melhor forma possível.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sobre a soneca da tarde

Sábado eu acordei com cólica. De intensidade mediana, mas incomodando. Estava calor para piorar. Piorar, eu digo, porque cólica para mim é sinônimo de cama, chá quente e cobertas, mas estava calor. Eu estava sem luz em casa desde o dia anterior às 17h e às 8h da manhã a previsão é que a energia retornasse às 6h - é, àquela altura eu não tinha mais previsão.

Para completar, eu tenho um filho que não quer mais dormir de tarde e eu tinha um churrasco para ir de tarde. Eu dei comida para meu filho, que quase não comeu, e ele queria brincar, mas eu queria cama.

Preparei meu chá - é, apesar do calor - e me dirigi ao meu quarto contando para o Arthur que a mamãe estava dodói e pedindo que ele se deitasse na cama comigo. Ele foi e me viu puxar as cobertas - é, apesar do calor - e quis saber o que eu estava tomando. Eu mostrei e ofereci a ele, mas ele recusou. Apesar do calor e da hora ele se deitou comigo e fez carinho em mim, mas em pouco tempo se levantou e saiu do quarto.

Com silêncio na casa eu quis saber onde ele estava e ele me falou que estava no berço. Eu fiscalizei e ele estava mesmo deitado no berço, então voltei para a cama e fiquei lá um tempo tentando achar uma posição enquanto ouvia meu filho bater as pernas no colchão. Quando finalmente me ajeitei percebi também que não havia mais barulho e fui até o quarto conferir e o menino estava dormindo. Assim, na tranquilidade daquela tarde de calor. Puxei a janela para ficar escurinho e aproveitei para dormir também para a cólica passar.

E desde então fiquei pensando que talvez o segredo da volta da soneca da tarde aos finais de semana lá em casa seja justamente colocar ele no berço. Porque ele sempre dormiu de tarde no colo, no sofá, quando caía de exaustão ou pedia para dormir. No entanto, nos últimos tempos ele não tem caído de exaustão, aliás tem ficado cada vez mais resistente e com a mãe ali, sempre ao alcance, é muito mais legal sugerir uma brincadeira que seguir para a soneca. Principalmente porque quando ele enjoa da mãe já é logo o horário que o pai chega e as novidades se renovam em casa.

Com essa luz que surge ao fim do túnel, espero conseguir re-estabelecer a ordem lá em casa. Minha paciência e minha sanidade mental agradecem.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Quase 3

Todo ano eu planejo o aniversário do Arthur com meses de antecedência. Toda vez eu planejo o tema, faço lista de convidados, elaboro lembrancinhas e convites, mas desta vez eu não pensei em nada, eu não planejei nada e estamos há dois meses da data.

Na verdade, este ano, eu decidi que ia viajar. Que ia me dar uma super viagem de férias. Convidei o marido que topou, então eu dediquei meu investimento financeiro para a viagem, que vamos fazer sem o filho e celebrar os 5 anos de casados.

Eis que, um dia desses, conversando sobre pessoas que gostam do Arthur etc e tal, o marido disse que ia convidar fulano para o aniversário do Arthur porque a tal pessoa sempre pergunta do Arthur para ele, pede fotos e etc e tal. E eu perguntei: que festa? E contei que para este ano eu não ia fazer festa, que eu tinha planejado viajar e não ia gastar dinheiro com festa para ele (afinal, todo ano eu que faço tudo, inclusive pagar cada centavo da festa do Arthur), que ia fazer no máximo um bolo para os familiares próximos. E ele se doeu pelo fato e eu, que não sou muito boazinha, já respondi que se ele quisesse, ok, ele poderia pagar e fazer a festa já que nos anos anteriores quem tinha feito tinha sido eu.

Só que eu sou uma pessoa que ama festas, né? E aí, depois disso, a pessoa ficou aqui toda injuriada querendo fazer uma festa - nem que fosse bem pequena - para comemorar os 3 anos do filho. E agora eu estou aqui, há 2 meses, pensando em o que será que eu vou fazer para comemorar a data?

Já pensei no tema, já planejei executar algumas coisas e já estou até pensando em uma possível lista de convidados bem enxuta para celebrar além de fazer uma festa na escola para não ter que convidar os amigos de lá. Eu só sei que ando pensando nisso mesmo tendo me prometido que eu não ia fazer festa - só um bolo para os familiares. E agora fico aqui brigando com minha vontade de festa e sem saber exatamente o que fazer. E, agora José?

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cadê a soneca que estava aqui?

Não sei se é a tal falta de rotina, que insiste em se manter lá em casa ou o quê, o fato é que meu menino não dorme mais de tarde. Um sono gostoso que era de 2 a 3 horas andou sumindo lá de casa aos finais de semana.

A verdade é que ele não deixou de ter sono coisa nenhuma, ele deixou sim de se acalmar para dormir mesmo. E não adianta que eu sossegue os ânimos que ele continua lá, aceso, saracoteando pela casa, pedindo para passear, para brincar, para correr cheio de energia. E até eu, que ando querendo uma soneca de tarde ou torcendo pela soneca dele para fazer outras coisas, não consigo nadinha de nada.

Ontem, pleno domingo em que eu fui acordada por ele às 6h pedindo mamadeira e não voltei a dormir, estava implorando uma soneca. Depois de almoçar até cheguei a me deitar para ver Meu Malvado Favorito 2 com ele, mas quem tirou soneca fui eu e não ele, que ficou lá aceso, me chutando, mexendo no meu cabelo, falando e rindo com o filme. Eu sonequei por uns 30 minutos, mas ele nada.

Eu até tinha decidido que não ia deixá-lo dormir, depois que eu tentei tanto e não adiantou e já eram mais de 15h e estava ficando tarde para as sonecas dele que são longas demais, mas aí fui tomar banho e esqueci de avisar que não era para deixar ele dormir por já ser 16h. E em quinze minutos eu voltei e o pai - que não tem paciência com ele, principalmente porque ele estava muito azedo por não ter dormido - acabou colocando ele de castigo como sempre, o que o injuriou e o fez dormir.

Resultado: ele dormiu até às 20h e, claro, só voltou a dormir às 23h30. E eu que queria ter assistido a um filme às 22h e acordei às 6h fiquei lá com essa para resolver e tentando entender onde foi parar o meu menino que era louco por sua soneca.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Contra fatos não há argumentos

Assim diz o ditado. Assim tenho feito em casa. Já percebi que nem sempre conversar com o Arthur é um bom negócio, principalmente quando ele está fora de controle, com sono, com fome ou bravo. Conversar o deixa ainda mais fora de si e descontrolado. 

Então, aos poucos, aprendemos a lidar um com o outro. Mas começamos a entender que nestes momentos, a melhor coisa é ignorar. É assim mesmo. Deixá-lo repetir à exaustão os seus queros e não queros, deixá-lo berrar e espernear e extravasar tudo o que está de errado ali para ele seja diante de uma negativa, de uma coisa que fizemos e o desagradou, de seu cansaço e sua não habilidade para expressar o que quer ou não quer, etc e tal.

Pois bem. Parece até maldoso dizer que o deixo e o ignoro e contraditório fazer isso sendo a pessoa que nunca tolerou que ele chorasse até à exaustão e nunca o deixou chorando por qualquer motivo que fosse. No entanto, nos seus terrible two e principalmente em dias em que tudo vai mal (se eu tenho meus bad days porque ele também não pode?) é a única coisa que funciona.

Já percebemos que quanto menos argumentamos e menos tentamos entender e intervir na situação, melhor e mais rápido ela se soluciona porque ele se acalma, pede colo e chupeta e se consola entendendo que ele não pode, ele não vai ou se rende ao seu cansaço e dorme confortado por um colo e um abraço. Aprendemos em nossa convivência - nem sempre amável e nem sempre pacífica - que somos muito parecidos e que cada um precisa de seu tempo de recuperação seja de uma frustração, de uma bronca, de uma negativa ou para entender que só estamos cansados.

Aos poucos estamos aprendendo a nos dar este tempo de intervalo e que, a cada dia, também tem diminuído. E, geralmente, depois do turbilhão, o menino se acalma e volta a ser o menino mais amável do planeta como se nada tivesse acontecido. E então eu tenho cada vez mais certeza de que estamos no caminho certo na construção de nossa parceria e convivência harmoniosa.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Rotina, cadê você?

HORÁRIO DE VERÃO + RECESSO DE FINAL DE ANO + FÉRIAS DE CRIANÇA AGITADA = NÃO ROTINA

Achei, juro que achei, que ia ser mais fácil voltar à rotina com a volta ao trabalho. Mas aí tomei um baile na segunda-feira e ontem me rendi aos apelos do meu filho de levá-lo a pracinha. Ou seja, nada do retorno da tal amada-idolatrada-salve-salve rotina. Pelo jeito, ela só vai voltar quando as aulas dele voltarem e ele tiver que acordar cedo, voltar direto para casa para jantar e etc e tal.

Enquanto isso, eu vou curtindo o final das férias dele e o horário de verão com passeios na pracinha e mais tempo com ele. Porque como diz o ditado, se não pode vencê-lo junte-se a ele!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Resoluções de ano novo

Fazia muito tempo que eu não fazia uma lista de desejos para o ano que começava, mas eis que esse ano eu quis fazer para me policiar e me forçar a cumpri-la. Afinal, se eu funciono com listas e metas por que não fazer uma para meus planos e desejos pessoais?

Decidi que ia estipular cerca de 12 metas para poder distribuí-las por mês, então ficou mais ou menos assim:


* Aprender a costurar em março (durante as minhas férias)
* Trocar de emprego depois de março (depois das férias)
* Terminar a monografia da pós até agosto (estiquei o prazo e desse não pode passar)
* Ser mais amável, tolerante e cordial sempre (esse vale para todos os meses do ano)
* Guardar dinheiro todos os meses (preciso ser menos gastona, então vou reservar uma porcentagem do salário)
* Ler mais (pelo menos um livro por mês)
* Passear e viajar mais
* Ver mais meus amigos (um amigo diferente por mês)
* Cuidar mais de mim (manicure pelo menos um vez por mês)
* Escrever mais (aqui, na monografia, no outro blog, no trabalho, etc)
* Me dedicar mais ao Para Você - Lembranças Personalizadas (meu negócio de lembranças que está esquecido e abandonado)
* Fazer mais coisas que eu gosto
* Repaginar o blog (o mais rápido possível e essa eu coloquei agora)



segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Fim de recesso e a volta à normalidade

Acabou-se 2013 e então veio um ano todo novo e em branco para colorir da cor que eu quiser e meu menino também.

O ano de 2014 começou azul da cor do céu de brigadeiro, sem nuvens e com direito a muito picolé de morango, praia, piscina e uma verdadeira bagunça.

Nos esbaldamos nas férias e demos adeus à rotina, mas vamos aos poucos voltando ao normal (assim espero). Como voltei hoje para a minha rotina de trabalho e tudo mais, espero nesta semana dar rotina ao Arthur novamente. Ele ficou sem hora para comer (e ficou literalmente sem comer porque não queria nada além de brincar, passear e tomar picolé), sem hora para dormir e ficou tudo uma verdadeira bagunça.

Voltei antes já que ele não comia e apesar de ainda estar sem horário, já voltou a se alimentar normalmente. Desde que voltou resistiu à todas as sonecas da tarde e foi dormir lá pelas 23h ou mais. Continuamos firme e forte no desfraldamento, que tem sido um sucesso.

Agora, só falta readaptar nos horários de antes. Hoje começo a luta colocando-o para dormir mais cedo (e já sei que vou tomar um baile, então, vou aproveitar que as coisas ainda estão calmas no trabalho para me munir de muita paciência.)

Deixo vocês por hoje com algumas fotos das nossas mini-férias de final de ano.