terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Desmame - parte 1: a primeira tentativa

Sou uma felizarda e tive seis meses de licença maternidade. A princípio emendaria minhas férias na licença, mas com a alteração da data de um evento comecei a suspeitar de que as férias seriam podadas e ligava sempre no trabalho para saber e confirmar as férias.

Mesmo sem confirmação oficial, desconfiava e em agosto tentei desmamar o Arthur. Seria mais a introdução da mamadeira para que se eu realmente tivesse que voltar em setembro, ficaria tranquila. Mas não consegui. Ele não aceitou a mamadeira e eu me desesperei.

Com a fórmula indicada pelo médico, ele sentia ânsia. Com outros leites não sentia ânsia, mas não tomava com mamadeira. Sentia ânsia também dos bicos de mamadeira. E tentamos tudo: todos os bicos, todos os formatos e materiais, todas as mamadeiras e até aquela que todo mundo diz que a criança aceita por ser do formato do seio. NADA!

Por minha parte, um desespero total. Muito choro, muita ansiedade, muito medo e tudo isso, claro, absorvido por ele que se recusava a tomar mamadeira perto ou longe de mim, oferecido por mim ou por outra pessoa.

O pediatra na consulta do final do mês tentou me acalmar dizendo que realmente ele não aceitaria a mamadeira dada por mim e que no tempo certo tudo daria certo. Ele me acalmou, me passou um floral, e eu, por hora, desisti de tentar introduzir a mamadeira. Segundo o médico, na hora da fome, o Arthur ia aceitar.

Só que em setembro, poucos dias antes de terminar a licença, confirmaram a minha volta, adiando as férias. Me desesperei, óbvio, mas entreguei na mão de Deus - rezando (e chorando) muito.

A mamadeira ele não aceitava mesmo. Nem com fórmula nem com leite ordenhado. Ele aceitava mais o NAN, e não o APTAMIL receitado pelo médico, mas só de colher. As primeiras tentativas tinham sido em vão, frustradas e totalmente frustrantes. O jeito era esperar a volta ao trabalho e ver o que ia acontecer.

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