Na terça-feira fui conhecer um berçário. O primeiro que visito. A vontade de colocar Arthur em um só cresce, mas foi duro ir lá. As crianças andantes, no caso onde meu filho se enquadra, não dormem em berços. Dormem em um cholchonete no chão da sala de atividades. Isso me incomodou MUITO. Além disso, o espaço me pareceu apertado - é uma casa, mas achei as salas pequenas para 12 crianças andantes ocuparem ao mesmo tempo (isso sem contar mais as 4 berçaristas que acompanham). A área externa é boa, mas fiquei só imaginando 12 crianças andando e correndo por ali (deu desespero!). Em suma, não gostei tanto assim do lugar. Mas ainda estou com vontade de procurar pelos outros locais que têm vaga perto de casa (que aliás são poucos). Minha mãe, que fica com ele, já está chorando só de pensar deixá-lo ir. Acho que vai ser a parte mais difícil de todo o processo.
Na quarta-feira foi dia de missa: 1 ano de falecimento da minha avó. Dia de rodízio e eu saí mais cedo do trabalho para ir na missa. Não chorei, se bem que já tinha chorado minhas saudades na noite anterior, mas achei que isso fosse acontecer. O Arthur queria tocar o terror na igreja. Andou de um lado para o outro - sem parar. E um senhor desconhecido veio mostrar a foto do neto, que tem semanas, só para dizer que achou a cara do Arthur. Mal sabe ele o quanto o Arthur já mudou em um ano. Por que todas as pessoas acham que seus bebês se parecem com o meu? Será que ele tem uma carinha muito comum?
Na quinta-feira foi dia da nutricionista. Longe pra caramba. Antes mesmo de ter qualquer retorno já me arrependi de ter aceitado a sugestão médica. Para voltar peguei um mega trânsito, que deixou o Arthur super irritado, chorando, bravo e com fome. Chorava ele, chorava eu. Ele se debatendo na cadeirinha e eu tentando dirigindo, distraí-lo e amenizar a distância e o sofrimento. Em vão. Quando ele começou a chorar desesperadamente, chorei também. Desespero total. E ele chegou na casa da avó cansado, com fome, irritado e, claro, não quis comer. Passou o dia danto trabalho e só foi jantar em casa, quase às 20h. Antes disso, resistiu a tudo e a todos. Deu a maior dó e o maior arrependimento do mundo. Para piorar, já vou ter que voltar na terça-feira. Para melhorar, ele não precisa ir. Mas já coloquei na cabeça: não dá para fazer consulta regular. A próxima consulta vai ser com outra profissional, mais perto e mais acessível. Ah, e que também aceite o meu plano de saúde. Grata.
Ainda bem que hoje é sexta-feira e a previsão do tempo é de sol e calor para o final de semana. A ideia é levar o Arthur para brincar em algum lugar aberto no sábado ou até mesmo para a área externa do prédio. Vamos aproveitar o sol para fazer fotossíntese.
E domingo vou no show da Marisa Monte. Entregarei o Arthur na avó e vou lá curtir meu primeiro programa de diversão sem filho. Vou sem culpa e louca para aproveitar!