Estou de volta. Ao blog e à minha casa. Como disse aqui, tinha uma viagem a trabalho agendada e programada. O dilema imposto era levar ou não o Arthur.
Fui e não o levei. As passagens estavam muito caras e seria rápido. Da última vez, tirá-lo da rotina o abalou demais e sem ter quem se dispusesse a acompanhar, ficou ainda pior. Então, deixei ele em casa com o marido com o combinado de divisão dos cuidados dele entre a avó e a madrinha, arrumei minha mala, as coisas dele e saí.
Me despedi e chorei.
Cheguei ao aeroporto e chorei.
Decolei e chorei.
Cheguei em Fortaleza e descobri que o trato inicial havia se desfeito. Ao invés de ficar na casa da madrinha durante àquela noite, Arthur estava na casa da avó. Mas tudo bem. Sem dramas. Dias longe e de mão atadas, o jeito seria curtir.
A pessoa louca achou que daria para ler freneticamente e carregou com si DOIS livros para a temporada de DOIS dias no Ceará. Mas na ida - quando pretendia ler o primeiro livro inteiro, já que era fino - dormi mesmo com o horário cedo do vôo (às 18h30). Jantamos e com o adiantado da hora fui dormir. Dormi mal mesmo sem criança resmungando durante à noite. Acordei várias vezes e ainda perdi o sono lá pelas 5h30 da manhã. Levantei antes das 7, tomei um banho frio (porque o chuveiro do local não tinha aquecimento para meu terror e agredeci mil vezes de não ter levado o Arthur com este fato que me complicaria a vida) e comecei a trabalhar. O dia se estendeu até às 20h - em 12 horas de trabalho e não sei quantas mais acordada liguei várias vezes durante o dia para saber do Arthur - coisa que nunca faço quando trabalho em SP.
Sem pique para ir para a confraternização de noite fui incitada a entrar na van e fui para a confraternização mesmo cansada. Fiquei pouco tempo e voltei junto com a amiga de trabalho, que estava com a filha de 4 anos que já pedia a chupeta. Voltei ao local da hospedagem, assisti ao final da novela e fui dormir. Não li, não aproveitei minha independência filhística e maridística, não nada. Trabalhei e pensei exaustivamente no meu filho - coisa que não costumo fazer quando estou em SP. Penso, mas não me preocupo com tanta ênfase e, então, trabalho normalmente. No entanto, longe e sem vê-lo a preocupação com ele estava acentuada e à flor da pele.
Terça-feira, por ser o último dia de estadia, foi mais tranquilo. Liguei mais tarde do que no primeiro dia e depois só de noite, à caminho do aeroporto. Consegui trabalhar mais despreocupada e fui até tomar uma cerveja na praia sem pensar em nada antes de embarcar - já começando a aproveitar minha liberdade de sem filho. Apesar do vôo ter sido tarde (21h45) não consegui dormir e nem aproveitei para ler. Fiquei mesmo assistindo ao filme que estava passando, que por sinal foi ótimo e deu até aquela saudade de quando não tinha filho e consegui ver um filme em paz. inteiro
Cheguei em casa às 2h da manhã, deitei, dormi e só acordei hoje com o despertador. Como tinha que trabalhar no horário normal resolvi não passar para ver o Arthur cedo. Ia ser um escândalo sem fim me despedir e estou vendo se consigo sair mais cedo só para matar as saudades do pequeno.
Fui, sofri, trabalhei, aproveitei e voltei. No final das contas, sobrevivemos. Estou de volta à SP e ao blog, que ficou parado uns dias devido às turbulências da vida real, que me tiraram as forças, a vontade e o tempo de blogar. (Explico: Há 25 dias uma amiga de trabalho passava por uma situação muito difícil com o marido na UTI devido a um aneurisma cerebral rompido. Dia 26, dia dos avós e que eu queria escrever um post bacana, ele piorou muito e ela pediu que fôssemos ficar com ela no hospital, já que ela estava lá sozinha. E então, dia 28, ele faleceu. E mais uma vez fiquei corrida e perdi a vontade de escrever antes da viagem. E entre melhoras e pioras, notícias boas e ruins, nestes dias todos de internação fiquei meio apática para escrever. Mas apesar dos pesares, a vida segue. E eu, estou de volta!)
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