quarta-feira, 30 de abril de 2014

O óbvio ululante

Ontem levei Arthur para cama no limite do horário. E nosso combinado é de que quando ele enrola para ir para a cama não ganha estória.

No entanto, ontem mesmo indo no limite do horário eu cedi ao pedido de uma estória. Achei que ele fosse pedir a estória da Cleo (a vaquinha de pano que dorme com ele e sobre a qual tenho inventado algumas histórias que unem o dia a dia dele com a amizade com a vaquinha e as vivências pela qual ele tem passado), mas me pediu a estória da Branca de Neve.

Comecei contar a estória e percebi que ele estava dormindo e então parei a estória, mas fiquei ali na calmaria e no escurinho do quarto dele pensando na vida, nas tarefas que não tinha realizado no dia e nas outras tantas que ainda teria para hoje. Depois de alguns minutos, ele se virou e disse:

- Você não vai terminar a estória?

Me desculpei e beijei o dizendo que achei que ele estava dormindo. Então, debruçada sobre ele, perguntei:

- Onde foi que eu parei mesmo?

E ele me respondeu, apontando para o canto da cama:

- Ali!

Rindo e beijando ainda mais, expliquei:

- Não filho, onde a história parou?

E ele me respondeu de forma bastante óbvia:

- Na sua boca.

Ri muito, beijei mais ainda e terminei a história de onde tinha parado, obviamente.

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