Não era para ter chegado, hoje, no consultório do pediatra assim tão frustrada. Mas uma soma de coisas tem me deixado bem cansada da epopeia sobre eu-não-sei-o-quê. Já falei sobre isso aqui e aqui. E devo ter falado em outros posts também.
Mas o fato é que ele ia pedir mais um exame de sangue. E eu fiz um há um mês exato e sofri quase outros 30 dias esperando o retorno da médica. E então contei que estou muito frustrada. Que são 3 médicos, consultas regulares que me tomam, pelo menos, meio dia, exames e mais exames e não encontram NADA.
Arthur simplesmente não engorda tanto quanto os outros bebês - assim como NUNCA engordou em nenhum destes 15 meses de vida. Mas nenhum médico aceita que pode ser constitucional e então ficam caçando agulha no palheiro. Não estão descartando hipóteses, estão tentando encontrar algo que nem eles sabem o que é.
Falei que cansei de fazer exames urgentes e, depois, esperar vários dias por um retorno sobre o resultado dos tais exames que, antes, eram tão urgentes. Falei que é desgaste demais procurar e não encontrar e ficar achando, a cada exame, que vão descobrir algo raro, incurável e de difícil tratamento. Cansei de ver exames alterados que são sempre "normais" segundo eles e dei o exemplo do último exame que para ele, pediatra, a anormalidade estava no hormônio do crescimento e para ela, endocrino, nas tais proteínas, que ele tinha dito que apesar de alteradas estavam no padrão.
ABRE PARÊNTESES (A nutricionista levantou uma suspeita esta semana: intolerância à lactose. Suspeita essa que eu mesma já tinha levantada quando amamentava o Arthur e via o quanto ele regorgitava quando eu bebia leite. Na época, comecei a tomar leite sem lactose e tudo fluiu bem. E voltei a tomar leite normal quando ele tinha uns 6 meses e não houve mais nenhuma reação.) FECHA PARENTÊSES.
Enfim, falei um monte. Falei que cansei disso tudo e reforcei o quanto o Arthur é saudável e se desenvolve plenamente: 3 dentes saindo ao mesmo tempo, andou com 1 ano e 3 semanas, quer escalar todas as coisas, corre e brinca, grita, ri e se diverte. Disse que ele NUNCA ficou doente ou teve uma febre. Falei, briguei, xinguei, chorei. E me recusei a fazer outro exame nele. E o pediatra recuou, me pediu para esquecer a endocrino e a nutricionista, me pediu para fazermos uma avaliação mais amena e sem exame, inserindo o leite sem lactose e aguardar mais 3 meses.
Nas últimas consultas (tanto nesta com o pediatra quanto na de maio com a endocrino), os dois médicos ponderaram que o ganho de peso tinha sido mais considerável. E que na altura, apesar de baixo, ele segue na linha de crescimento e desenvolvimento.
Depois do meu piti e do recuo dele, saí de lá mais aliviada, mas não mais contente. Afinal ter um filho gordinho e fofinho também era meu sonho, mas Arthur teima em contrariá-lo e permanece sendo meu fofinho-magrinho pra lá de sapeca.
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