Ontem foi a primeira reunião da escola do Arthur. Saí do trabalho nervosa de tão ansiosa que estava para este momento. O que esperar? O que dizer? Como se portar? Tudo era nebuloso para mim. E eu estava numa ansiedade tremenda.
Para piorar o nervosismo, saí do trabalho em cima da hora, peguei trânsito monstro onde nunca tem trânsito, fiz desvio por onde nunca tinha ido e consegui chegar - atrasada, mas cheguei.
A Ana, que é dona da escola, já estava lá falando, falando, falando sobre sei lá o quê porque eu e uma outra mãe chegamos atrasadas e ela nem deu satisfação do assunto. Fiquei ali vários minutos perdidas até sacar qual era o assunto: passeios escolares e ela narrando loucamente quais seriam os próximos, etc e tal. Mas, sério, o Arthur tem 1 e 5 meses, não fica queito, quem é a louca que acha que vou mandar meu filho em um passeio escolar? Numa sala em que as crianças têm até 2 anos e pouco, este era realmente o melhor assunto para uma reunião de pais? Achei meio broxante e sem graça, mas fazer o quê?
Gostei do relatório que eles me entregaram falando sobre posição, respiração, audição, fala e vários aspectos sobre o Arthur. Entre as observações estão que ele gosta de fazer atividades com tinta e cola. Adivinha se não fiquei louca de vontade de brincar de pintar de tinta com ele?
Além disso, me disseram que ele ama colo. Que é super coleiro. Oi? Meu filho? Onde? Quando? Claro que reparei que depois que ele entrou na escola ele tem mesmo me pedido mais colo, mas achei que era uma reação normal, afinal ele passa a manhã com pessoas que ele não conhece ainda. Mas me disseram que não, que esta é uma forma dele conseguir a atenção exclusivamente para ele e por isso pede tanto colo. E na escola, ele é coleiro. Em casa, enfatizei, o menino é terrível. Não para um minuto sequer e ficar no colo, muitas vezes, é uma tortura. Meu filho é livre e quer mais é brincar e ficar no chão. Pelo menos, em casa.
Me falaram também que ele já aprendeu a rotina da escola e depois que escova os dentes vai buscar sua mochila, arrasta até a sala, deita no colchão e se aninha para dormir, como as outras crianças. A professora elogiou que ele aprendeu muito rápido isso. E para mim é uma ótima surpresa porque em casa e na avó durante o dia ele ainda é ninado no colo. De noite, como é sempre comigo, a rotina já se estabeleceu bem: berço e eu do lado, esperando ele dormir. No máximo uns beijinhos, mamadeira e pronto.
Outro ponto muito elogiado do Arthur é a firmeza para andar. Isso a professora já tinha comentado comigo. E eu acho engraçado ela ter comentado isso porque para mim é muito normal/natural que ele ande bem. Mas na sala dele tem uma menina do mesmo mês, que não é tão segura e firme quanto ele. Como acompanhei muito de perto o desenvolver do andar dele, ainda comentei com a professora que ele só andou quando ele tinha certeza de que iria conseguir. Tanto que não me lembro do primeiro passo. Lembro dele avançar, a cada dia, na sua segurança, nos seus passinhos e no desenvolver do seu andar.
O Arthur foi adotado como o chaveirinho da professora, que é declaradamente apaixonada por ele. Tanto que ele, segundo ela, só almoça com ela e ontem como outra criança pediu para que ela desse o almoço, ela pediu ajuda de outra pessoa. Segundo ela, ele almoçou, mas ficava o tempo todo procurando por ela com os olhos.
Achei bacana ver pais na reunião. Tinha 2. Numa turma de poucas crianças, achei um número substancial. Houve uma pequena bateção-de-papo do tipo meu filho se comporta assim, seu filho se comporta assado e etc. Foi bacana e até queria ter ficado mais na sala de aula conversando com os outros pais, mas como o Arthur tem apresentado alguns comportamentos rebeldes em relação às trocas de fralda acabei saindo da sala para conversar com a babá, que o troca diariamente.
No fim, valeu como experiência, valeu pelo relatório, mas frustrou pelo conteúdo da reunião em si. Quem sabe na próxima eu não vá com tanta expectativa e ache a reunião melhor.
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