quinta-feira, 9 de abril de 2015

Ele já fez 4

Ando sumida, eu sei. Verdade seja dita: estou com muitas coisas na cabeça e tocando uma vida sozinha com ele. Isso complica bastante a situação. Depois, tem o fato de que meus assuntos são apenas a separação, o divórcio, as brigas e tudo que anda acontecendo, mas não acho o tom para tratar disso aqui, então vou deixando de lado. Antes, eu estava lotada de trabalho. Fiquei uma semana fora de SP, sem meu filho, bem na semana do aniversário dele. Então, pior ainda.

Talvez até tenha assuntos, mas falta tempo, falta achar o tom, falta coragem de encarar outras coisas e vou deixando.

Mas ele já fez 4. Eu estava fora de SP. Falei com ele logo cedo. Chorei horrores antes de viajar, alguns dias antes, e chorei horrores no dia do aniversário dele. Já sabia que seria assim. Mas ele levou numa boa - ao que parece. Não questionou minha falta especificamente, somente a minha demora em voltar (realmente foram mais dias que normalmente eu viajo).

Eu voltei e achei que encontrei um menino diferente. Aos 4. Mais crescido, mais falante, mais articulado, mais mais. Não sei se foi impressão minha, coisa de mãe coruja, saudades ou se é fato. Só sei que nos dias da volta achei ele diferente.

Ele continua pitizento, manhoso, difícil de lidar em algumas situações, mas ando incrivelmente paciente. E tentando levar como dá. Nos dias em que ele está bem, tudo é muito maravilhoso. Nos dias em que ele fica difícil, tudo é muito cansativo. A média está em 50/50. Nem tão maravilhoso como eu queria e nem tão difícil quanto já foi. Mas ainda tem dias que eu prefiro evitar e fugir, aí faço um caminho comprido na volta para casa, invento mil programas para ele se cansar e dormir cedo, entrego o tablet na mão dele e deixo a vida seguir num ritmo mais ameno para mim. Porque ainda tem dias que não dá. E podem julgar e culpar. O calo aperta lá em casa e eu resolvo como consigo.

Sábado festejaremos seus 4 anos. Apesar de já ter passado faz tempo. Mas eu estava fora, depois veio o feriado e eu decidi por esta data para que os amigos da escola estivessem também. Vamos comemorar. Celebrar. No ritmo dos super heróis porque como dizem as mães da turma dele, eu tenho me saído uma verdadeira mulher maravilha na arte de lidar com tudo sozinha. Não sou super heroína, mas certamente tenho feito muito mais do que imaginei conseguir.

Que venha a festa, que venham os amigos, que venha a vida para celebrar. Depois, volto aqui para falar das coisas que não andamos comemorando at all.