segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Andador? Não, obrigada!

Agora que o Arthur está sentando sozinho todo mundo vira e mexe me pergunta quando eu vou comprar um andador - até o marido já disse que estava na hora de comprar um.

Mas acontece que eu sou contra. Mas nem sempre as pessoas acham que a sua opinião vale - mesmo que você seja a mãe da criança então possível usuária do andador. Todo mundo sempre acha que sabe mais do que você - ou porque já criou filhos e usou com sucesso o tal andador ou porque gostam de opinar mesmo. E os achismos em torno de como eu deveria criar o meu filho sempre me incomodam, principalmente quando você diz que não concorda ou não quer algo e as pessoas ainda ficam insistindo e tentando te convencer.

Na questão do andador é sempre complicado explicar para as pessoas de que aquilo não ensina realmente a andar (a criança fica na ponta do pé apenas se impulsionando e não realmente caminhando) e ainda pode causar problemas por forçar a coluna do bebê mais do que deveria. Já li diversas matérias a respeito disso e concordo. Além do mais, acho andador um negócio muito perigoso. Mas as pessoas não levam a sério, principalmente quem já fez uso do objeto em questão. Então, sempre digo que não quero porque o desnível que temos na sala pode ser perigoso e pronto. Assim, as pessoas concordam e eu não tenho que me desgastar e nem me indispor com ninguém. E assim o assunto morre até que alguém resolva, mais uma vez, sugerir o uso do objeto e lá vou eu de novo falar do tal desnível.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Já falei aqui da decepção que sinto quando levo Arthur ao pediatra e vejo que ele não ganhou tanto peso quanto deveria. Nos últimos dois meses, o pouco foi tão pouco (e repetido) que o médico resolveu pedir um exame só para saber se estava tudo bem.

A princípio, minha mãe considerou um exagero e me pediu ponderação antes de levá-lo para colher sangue e fazer sofrê-lo. Então procuramos uma segunda opinião que dizia: Ele não ganha nem uma grama a mais do que precisa, mas está bem. Levando em consideração o perfil (magérrimo) da mãe, não podemos esperar mais. A curva dele, dizia o outro pediatra, é coerente, ascendente e não teve queda. Não está dentro do padrão, mas está bem paralela.

Fiquei quase satisfeita e mais tranquila até que no dia seguinte encontrei uma menina que trabalha no mesmo prédio que eu e ganhou bebê 3 meses antes. A bebê dela está com problema de ganho de peso (e nasceu bem maior que o Arthur com mais de 3kg) e ela está investigando onde algo aconteceu. Com 9 meses, a bebê dela pesa só um kilo a mais que o Arthur. Ela disse que estava indo procurar uma endocrino-pediatra. Nem preciso dizer que a luzinha vermelha acendeu de novo. E então fui lá fazer o exame e tirar logo da consciência este peso.

O resultado
Ler exame sem ser médico é a pior coisa que qualquer um pode fazer. Mãe, então, nem se fala. A gente já fica imaginando mil coisas e entra em parafuso. Comigo não foi diferente. Google vira aliado e, ao mesmo tempo, inimigo. Até chegar a consulta, mil medos e pânico pessoal. A única coisa que alardiei foi: algo está errado, alguns índices estão bem diferentes.

Na consulta, o pediatra me afirmou que o parâmetro usado era de adulto (e qual a lógica de se usar um parâmetro de adulto para um bebê de 7 meses, alguém pode me explicar?) e disse que Arthur estava bem. Sem motivos para me preocupar.

Fomos viajar, Arthur curtiu horrores o Espírito Santo com a madrinha enquanto a mãe ralava, e voltamos. No dia seguinte, o pediatra me ligou dizendo que um dos resultados estava MUITO alterado e pediu para repetir o exame. Disse que não tinha me alertado antes porque queria conversar antes com uma amiga (hematologista) sobre suspeitas e então ela aconselhou que se repetisse o exame, que poderia ter sido erro do laboratório. Como o laboratório tinha comparado com parâmetro adulto achei mesmo que também poderia ter sido erro e resolvi repetir o exame em outro laboratório.

O médico explicou que havia suspeita do Arthur estar com alguma infecção viral, mas como nunca apresentou nenhum sintoma - nem mesmo febre - era melhor refazer o exame e ver qual seria o resultado. Ele também avisou que, por precaução, pediria um exame complementar, mas no telefone não adiantou qual seria e nem para quê.

Mãe preocupada e curiosa assim que peguei a solicitação de exame fui ao consultor google para saber do que se tratava o exame complementar: alfa fetoproteína. Ou seja, busca por índice tumoral. Medo, medo, medo.

Mais um exame, mais um resultado
Cautelosa não quis alertar ninguém. Fizemos o exame e fiquei ansiosa esperando 3 dias pelo resultado, que veio totalmente diferente do anterior. Linfócitos altos ainda, mas bem menos que antes. Comparado ao exame anterior, nada era igual. Mas pelo menos o parâmetro usado era infantil. E o parâmetro do alfa fetoproteína 3 vezes mais alto do que o recomendado. Mandei o exame imediatamente ao pediatra e fiquei esperando retorno.

Ele me ligou me acalmando e explicando o exame - mal sabia ele que eu já estava em pânico, rezando loucamente desde sexta-feira - e dizendo que o hemograma estava bom e que a amiga que consultou não confiava em nenhuma análise de alfa fetoproteína que não fosse feita pelo Fleury, mas adiantou que o hemograma estava normal, dentro do que ela considerava normal, e sem motivos para alarde. Respirei aliviada. Mas ainda assim temerosa.

Ele aconselhou que repetíssemos o exame daqui a um mês pelo Hospital Samaritano ou Santa Catarina, que fazem análise pelo Fleury, só por desencargo. Mas me pediu calma e afirmou que não tenho motivos para preocupações.

Semana que vem temos consulta de rotina com o pediatra. Me certificarei com todas as perguntas possíveis de que Arthur está bem. Mas depois dessas acho que ainda não estou totalmente tranquila e convencida. Acho que só ficarei bem mesmo quando repetirmos o exame e o resultado me apontar claramente que o Arthur está bem. Enquanto isso, sigo analisando e prestando atenção em cada movimento do Arthur. Mais atenta do que nunca, mais zelosa do que nunca.