sexta-feira, 3 de junho de 2016

Um menino aprendendo a escrever

Fui a uma reunião na escola que contava sobre os progressos das crianças. Contava que alguns estavam pré-silábicos, uns silábicos com valor sonoro e um que já sabia escrever.

A mãe, jornalista e que ama ler, pirou. Ver meu filho ler, escrever e aprendendo tudo isso sempre foi minha maior vontade e minha maior expectativa em tudo isso. Pois bem. Apesar disso, sei que tenho um menino super numérico - para desespero da mãe que odeia matemática e números e quase enlouquece com ele que conta tudo, sempre, o tempo todo, sem descanso (vou fazer um post só sobre isso, prometo).

Pois bem. Reunião acabada e aquilo ficou ali latejando dentro de mim. Uns dias depois, viajamos para a praia. Lá, na brinquedoteca, tem uma lousa e ele estava brincando nela quando lancei o desafio: Arthur, vamos escrever uma palavra? Ele rapidamente aceitou o desafio e pensei em uma palavra que eles tinham tentado escrever na escola: elefante.

E então, ele começou a pronunciar cada sílaba e escreveu (aí na foto) E L F A T. A mãe, louca, já saiu fotografando, postando e se emocionando. Tem alegria maior? Como uma leiga total (pré-silábico ou silábico com valor sonoro até então não tinham diferença e eu nem sabia o que era, na verdade ainda não sei apenas deduzo) sai falando que ele estava pré-silábico. E em questão de minutos a professora me chamou no Messenger e avisou que não, que ele estava silábico com valor sonoro. E elogiou o empenho, interesse e dedicação do meu menino. Se quase chorei? Óbvio!

O fato é que em abril ele estava aí nesta situação (mãe atrasada, me representa!) e me encheu de felicidade e orgulho. Dói um tanto ver eles crescerem, mas também é uma alegria tão grande que nem sei o quê compensa o quê.

Em tempo, segue definições que encontrei:
  • Pré-silábica, sem variações quantitativas ou qualitativas dentro da palavra e entre as palavras. O aluno diferencia desenhos (que não podem ser lidos) de “escritos” (que podem ser lidos), mesmo que sejam compostos por grafismos, símbolos ou letras. A leitura que realiza do escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.
  • Silábica com valor sonoro convencional. Cada letra corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve tem correspondência com o som convencional daquela sílaba, em geral representada pela vogal, mas não exclusivamente. A leitura é silabada.
Fonte: Nova Escola