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terça-feira, 2 de junho de 2015

Eu: mãe do Arthur & jornalista

Então eles estão "estudando" sobre profissões na escola. E os pais foram convidados a falarem de suas profissões para a turma. Assim que voltei de viagem, marquei meu horário. Era meu último dia de férias. Ia fechar com chave de ouro. 

Já tinha tentado, na mesma semana, participar de uma outra atividade na escola na Semana do Brincar, mas aí choveu e a atividade que seria ao ar livre foi cancelada. Eu fiquei chateada e ele continuou esperando pela minha ida na escola (até hoje me pergunta se eu vou lá brincar com ele!)

Então, cheguei lá e a roda de 10 pequenos me esperava. Só de vê-los me esperando ansiosamente me deixou nervosa. Bateu aquele medo de será que eu ia conseguir suprir as expectativas.

Assim que cheguei, Arthur levantou e veio me cumprimentar. Era nítido que ele estava orgulhoso que eu estava lá! Veio, me beijou para marcar seu território, e voltou ao seu lugar na roda - o mesmo que estava antes, mesmo comigo posicionada ao lado oposto da roda. Aquilo me emocionou. Meu filho estava orgulhoso de minha presença! Resolvi sentar de frente para o Arthur, assim poderia ver a carinha dele. Mas aí ele pediu para eu sentar do lado dele e, então, fui!

Como sabia que outra mãe & jornalista já tinha passado por lá, achei que o melhor seria começar dizendo que a minha profissão era igual de outra mãe que tinha ido. Como algumas crianças já sabiam que eu era jornalista, a professora questionou se eles sabiam de que mãe a minha profissão era igual. Então, acertaram a mãe, mas ficaram na dúvida se eu era jornalista ou professora ou os dois, como ela.

Então, alguns disseram jornalistas, outros me disseram que eu tinha cara de professora e meu filho me olhou tão curioso para saber se eu também era professora que foi engraçado o jeito dele como quem diz: Ué, mas isso você não tinha me contado! Você também é professora?

Quando disse que era apenas jornalista, uma das meninas me disse: Você tem cara mesmo de jornalista.

A sabatina se seguiu com eles tímidos e esquecendo as perguntas, repetindo perguntas como se meu trabalho é duro ou fazendo outras como se eu gosto do que eu faço, o que eu gosto mais de fazer, há quanto tempo estou na profissão, se eu entregava jornais ou escrevia para a França e para onde eu costumava escrever.

Como achei que eles estavam tímidos e, vez por outra, dispersos tentei provocá-los. Contei a eles que o jornalista INVESTIGA, que FAZ PERGUNTAS como eles estavam fazendo e eles se acharam, ali me entrevistando, também um pouco jornalistas. Questionei se eles sabiam o que um jornalista mais usava para seu trabalho e, embora tenham dito computador que é algo mais próximo do real hoje, disse que o papel e a caneta eram os principais instrumentos dos jornalistas.

A professora chegou a dizer que aquela tinha sido a conversa mais tranquila que eles tinham tido até então. Acho que, provavelmente, a falta de "novidade" de uma profissão repetida com certeza contribuiu para o "desinteresse".

Mesmo assim, adorei. Adorei meu filho feliz por eu estar lá, adorei ser sabatinadas por pequenos de 3 e 4 anos, adorei fechar minhas férias assim: com crianças sendo crianças, curiosas, engraçadas e tímidas e, especialmente, do lado do meu filho!

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Ele já fez 4

Ando sumida, eu sei. Verdade seja dita: estou com muitas coisas na cabeça e tocando uma vida sozinha com ele. Isso complica bastante a situação. Depois, tem o fato de que meus assuntos são apenas a separação, o divórcio, as brigas e tudo que anda acontecendo, mas não acho o tom para tratar disso aqui, então vou deixando de lado. Antes, eu estava lotada de trabalho. Fiquei uma semana fora de SP, sem meu filho, bem na semana do aniversário dele. Então, pior ainda.

Talvez até tenha assuntos, mas falta tempo, falta achar o tom, falta coragem de encarar outras coisas e vou deixando.

Mas ele já fez 4. Eu estava fora de SP. Falei com ele logo cedo. Chorei horrores antes de viajar, alguns dias antes, e chorei horrores no dia do aniversário dele. Já sabia que seria assim. Mas ele levou numa boa - ao que parece. Não questionou minha falta especificamente, somente a minha demora em voltar (realmente foram mais dias que normalmente eu viajo).

Eu voltei e achei que encontrei um menino diferente. Aos 4. Mais crescido, mais falante, mais articulado, mais mais. Não sei se foi impressão minha, coisa de mãe coruja, saudades ou se é fato. Só sei que nos dias da volta achei ele diferente.

Ele continua pitizento, manhoso, difícil de lidar em algumas situações, mas ando incrivelmente paciente. E tentando levar como dá. Nos dias em que ele está bem, tudo é muito maravilhoso. Nos dias em que ele fica difícil, tudo é muito cansativo. A média está em 50/50. Nem tão maravilhoso como eu queria e nem tão difícil quanto já foi. Mas ainda tem dias que eu prefiro evitar e fugir, aí faço um caminho comprido na volta para casa, invento mil programas para ele se cansar e dormir cedo, entrego o tablet na mão dele e deixo a vida seguir num ritmo mais ameno para mim. Porque ainda tem dias que não dá. E podem julgar e culpar. O calo aperta lá em casa e eu resolvo como consigo.

Sábado festejaremos seus 4 anos. Apesar de já ter passado faz tempo. Mas eu estava fora, depois veio o feriado e eu decidi por esta data para que os amigos da escola estivessem também. Vamos comemorar. Celebrar. No ritmo dos super heróis porque como dizem as mães da turma dele, eu tenho me saído uma verdadeira mulher maravilha na arte de lidar com tudo sozinha. Não sou super heroína, mas certamente tenho feito muito mais do que imaginei conseguir.

Que venha a festa, que venham os amigos, que venha a vida para celebrar. Depois, volto aqui para falar das coisas que não andamos comemorando at all.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Das resoluções passadas e das novas

O ano passado eu escrevi aqui algumas resoluções para o ano que se iniciava. Hoje, olhando para elas, vi que mudei o percurso ao longo do trajeto e por muitos e diversos motivos.

Algumas coisas consegui cumprir, mas outras fiz questão de abandonar e outros tantos não consegui mesmo cumprir.

2014 foi não só o ano da minha separação, mas um ano difícil para caramba em todos os aspectos que uma vida de mãe pode ter. O trabalho estava ruim, o amor estava ruim, meu filho ficou doente para caramba. Teve dia de eu achar que nada definitivamente ia bem. Na verdade, 2013 já tinha acabado bem ruim, o que só contribuiu para 2014 ser um desastre total.

No entanto, 2015 começou bem. Comigo mais decidida, mais calma e com um montão de coisa mais resolvida. Só por isso, não tenho mais tantos desejos para 2015.

Quero viajar sozinha e com meu filho, quero um emprego novo (que ainda não consegui), quero estar mais próxima dos meus amigos, ler mais e fazer mais coisas que eu gosto assim como eu quis para 2014. No entanto, outras coisas não estão mais nos planos e não tenho pretensão de colocar nada no lugar. Quero um ano de paz. Já sei que vai ser um ano de MUITO trabalho, então (por enquanto) estou focada. Para este mês, quero focar na saúde e marcar diversos médicos. Por enquanto, esta é a meta. E que venha uma meta por mês.

Feliz 2015 e um ano de muitas coisas boas para todos!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Cospe pra cima que cai na testa

Ser mãe é se arrepender, eternamente, de coisas que falamos, juramos e criticamos na maternidade alheia e prometemos não fazer antes de sermos mães. Isso também pode/deve acontecer com os pais, mas tenho quase certeza absoluta que acontece mais com as mães, que idealizam a maternidade e romantizam a relação com os filhos.

Por algum tempo tenho convivido com um grande cuspe na minha testa: manter o casamento por causa dos filhos, no caso o filho. Sempre critiquei pais que mantiveram a relação/casamento, mesmo ruim, por causa dos filhos. Sempre achei um absurdo criar filhos em um ambiente instável "em nome da convivência com os filhos" ou qualquer coisa assim. No entanto, há muito tempo me vejo nesta situação. Levando adiante a relação péssima com o marido em nome da convivência da criança com o pai.

Por muitas vezes, e em muitas brigas, ele me disse que se tudo acabasse ele deixaria de conviver com o filho porque não suportaria conviver comigo sem estar comigo. Hoje, em outra realidade, entendo tudo como uma grande ameaça.

A verdade é que ele não era um pai presente e constante nem mesmo na mesma casa. Ele não é um pai presente e constante com o outro filho, mesmo nunca tendo tido uma relação estreita com a mãe da outra criança. Eu nunca achei que ele fosse ser diferente porque era meu filho. Eu nunca tive alguma ilusão de que ele seria um pai melhor porque era o nosso filho, mas mesmo assim eu quis ter um filho com ele. Mesmo assim eu posso dizer que paguei pra ver. Por muitos motivos e muitas vezes exigi dele e de sua obrigação paterna. Muitas vezes eu consegui mudar algumas coisas, em outras eu continuei falando (e fazendo e sofrendo) sozinha.

E, então, eu ficava lá convivendo com aquele cuspe em nome de sei lá o quê. Em nome de uma convivência dele com o pai, mas ao mesmo tempo submetendo ele a um clima péssimo, uma convivência ridícula, a situações ruins até que não deu mais. Vivenciei por algumas vezes o descaso que ele fazia do próprio filho caso a nossa relação não estivessem realmente bem. Afinal, se meu filho é meu tudo a melhor forma de me atingir seria através dele. E foi assim que ele deixou o menino na escola ou parou de ir buscá-lo - numa tentativa fracassada de me obrigar a chegar cedo em casa e me ter na rédea curta.

Já faz muito tempo que a relação não ia bem. Desgastada de tantos anos juntos (passado dos 10!). Já fazia muito tempo que as conversas resolviam cada vez menos. E os motivos precisavam ser cada vez menores para que houvesse um descontentamento muito grande. Fui deixando a situação se arrastar e meu filho presenciar discussões cada vez mais desnecessárias.

Até que chegou a um ponto que eu nunca imaginei chegar e, enfim, acabar. Acabou e eu, que pedi o ponto final da história, pude limpar o cuspe da minha testa e seguir. Seguir de uma forma não fácil, mas digna.

Eu e o Arthur ainda estamos nos ajeitando e tentando nos encaixar na nova realidade. Há 18 dias estamos nos acertando. Esta é a primeira semana que estamos de volta à nossa casa em uma relação exclusivamente nossa. Esta é a primeira semana em que o pai não foi vê-lo e a primeira em que ele pergunta diariamente pelo pai (afinal também é a nossa primeira semana em casa, então a ausência do pai evidenciou-se apenas agora). Esta também é a primeira vez que trato do assunto nas redes sociais, mas aos poucos vou me adaptando e abrindo o baú de tantas angústias e tristezas. Aos poucos, tudo volta ao normal e fica bem. Afinal, agora não preciso mais equilibrar o cuspe na testa.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Mais uma viagem

Amanhã parto para mais uma viagem de trabalho. Nem sei quantas, sem meu filho, já fiz. Só sei que esta me fez lembrar da primeira. Não sei se pela proximidade da data e pela coincidência de ser para o mesmo lugar, mas o fato é que me lembrou muito.

Há pouco mais de dois anos, (exatamente em agosto de 2012) eu viajei pela primeira vez sem meu filho. (aqui a prova, ops, post) Chorei ao sair de casa, chorei quando cheguei no aeroporto, chorei quando entrei no avião, chorei quando o avião pousou. Chorei horrores, mas a viagem a trabalho em si foi ótima e, no final, eu até consegui ir até a praia tomar uma cerveja, comer camarões enquanto não dava a hora de ir para o aeroporto.

Agora, sigo para o mesmo destino: Fortaleza. Quase que exatamente dois anos depois. Mas seguirei tranquila e em paz. Não só porque sei que ele está em boas mãos (na casa da vovó), mas porque sei que a independência dele é grande e ele dá conta de ficar sem problemas. Também sei, hoje, que dou conta de ser alguém sem ser mãe presente as 24 horas de um dia. Viajo, vou e continuo sendo a mãe dele porque nada no mundo vai tirar isso de mim, mas principalmente porque volto querendo mais do que nunca ser a melhor mãe do mundo para ele em um final de semana cheio de amor e presença!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A viagem a trabalho e a apunhalada no coração

Eu já me acostumei a viajar a trabalho e deixá-lo. Eu já (quase) nem ligo mais e (quase) não choro. Mas geralmente viajo durante a semana, quando nosso tempo junto já é mesmo menor que aos finais de semana.

Ele já (quase) nem liga quando vou viajar e (quase) comemora porque vai dormir na casa da vovó (na verdade, ele comemora que vai dormir e depois lamenta que eu vou viajar, mas vai feliz). Mas ele está de férias da escola ficando todos os dias com a vovó. Para acabar de completar, a semana que antecedeu a viagem foi CHEIA de trabalho e fui pegá-lo tarde (quase) todo dia. Além disso, prometeram levá-lo para a praia nas férias e não cumpriram e ele está até doente de vontade de ir viajar.

Por último (mas não menos importante) vem a facada: Quando contei que ia viajar (o que sempre faço com uma certa antecedência) ele (que está com vontade de viajar) me pediu para ir junto. Desta vez, minha viagem foi marcada para domingo e o último voo era simplesmente às 15h30 e eu, com um monte de bagagem, tendo que chegar no aeroporto com muito tempo de antecedência. Some tudo e você vai entender o que passei neste domingo.

Quando logo de manhã ele acordou e me disse que a gente tinha esquecido de ir na pracinha no dia anterior (ele dormiu na volta do cabeleireiro no final da tarde e foi até o dia seguinte direto) eu comecei meu dia da pior maneira que aquele domingo podia começar.

Eu não pensei, óbvio, nem meia vez. Larguei tudo como estava e saímos para brincar na pracinha. Como era de manhã e tem o horário do almoço dele e eu tinha horário para embarcar, combinei que podíamos ficar um hora na pracinha e ele achou ok. Brincamos muito. O observei (cheia de orgulho) dividir brinquedos com os amigos da pracinha e ser uma criança super feliz, obediente, descontraída e despojada. Olhei, amei mais que nunca e me entristeci por não poder passar o resto daquele domingo com ele. 

Pouco antes de dar a uma hora combinada, ele pediu um suco e nos dirigimos à padaria do outro lado da rua. Quando paramos na banca para eu comprar uma revista para o avião, ele pediu uma bugiganga, mas eu disse não. Ele insistiu, reclamou, mas conversamos e saímos de lá rindo direto para casa como ele me pediu, deixando até mesmo o suco na padaria de lado. Fomos para casa, ele almoçou e ficou brincando enquanto eu terminava de arrumar as coisas. Saímos e ele me acompanhou até o aeroporto, onde chegou dormindo e nem nos despedimos.

Se isso não é uma apunhalada no coração de uma mãe, eu não sei o que mais pode ser.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Eu, a mãe louca

Ontem eram nove da noite passada quando fui à farmácia, com meu filho, comprar uma chupeta nova para ele, que anda com a mania de morder o bico até rasgar. As chupetas dele não duram uma semana. Então, compro uma que é barata, mas ortodôntica.

Quando passei pelo corretor dos produtos infantis na farmácia só vi aquelas chupetas master-caras. Era a primeira vez que ia naquela farmácia, que é relativamente nova no bairro. Passei reto e fui, primeiro, buscar meu soro fisiológico para depois voltar para procurar a chupeta.

Quando voltei para a parte das chupetas, continuava olhando, mas só via chupetas de 30 reais. Desculpa, eu não pago 30 reais em uma chupeta que não vai durar uma semana. A vendedora tentou me convencer de que era a melhor e sei lá mais o quê, mas já eram nove da noite de uma terça que já tinha sido cansativa (bem como a segunda, ou seja, minha paciência estava no pé). Expliquei, ainda educadamente, que não queria porque ele estava mordendo as chupetas e elas não duravam nem uma semana. Que eu queria uma mais barata. Ela me mostrou as de 20 reais e mesmo assim recusei dizendo que, desculpe, não dava pro meu bolso. Foi então que ela me apontou onde estavam as chupetas que eu costumo comprar para ele, que são mais baratas. 

Exclamei que eram aquelas mesmas que estava procurando, mas que não tinha enxergado ali (colocada estrategicamente mais escondida para mães desesperadas comprarem as outras, que são mais caras). As poucas chupetas expostas em duplas na prateleira eram rosa, roxa ou branca com um desenho rosa. Na mesma hora ela, na frente do meu filho que já apontava escolhendo uma delas, começou dizendo que aquelas eram de menina, mas que no fundo devia ter de outra cor.

Eu, a mãe louca, em sua nenhuma tolerância, compaixão ou paciência, simplesmente TIREI A MÃO da mulher das chupetas que ia retirar para olhar mais para trás e disse: Não, lá em casa não existe cor de menina ou de menino. Rosa e roxo também são cores de menino. 

Em seguida me dirigi ao meu filho, que já ansiava pela roxa, e perguntei: qual você quer, filho? Ele escolheu duas: a roxa, que era a segunda na fileira e uma branca com um passarinho rosa, que estava na fileira ao lado e era a primeira exposta.

A mulher, sem graça, se afastou e não falou nada. Apenas observou esse restante da cena e, em seguida, se dirigiu ao caixa para receber o pagamento de um outro rapaz que havia entrado na farmácia e, em seguida, o meu.

Eu, depois que entrei no carro, percebi que fui meio louca. Juro, dei uma de muito louca TIRANDO A MÃO da mulher. Mas achei que o ato foi justo e que tenha valido de lição para sempre.

Prazer, eu - a mãe louca. E cuidado porque se você cruzar meu caminho se referindo a cor de menino e de menina é capaz de levar uma invertida que nunca mais vai esquecer.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Mamãe com pós graduação

Não, não que eu já saiba tudo de maternidade. As vezes, na verdade, não entendo nem o que meu filho quer - principalmente se ele estiver de chupeta.

Mas o fato é que finalmente terminei a pós-graduação. Aliás, eu não sei se eu já reclamei aqui, mas o processo todo foi pior que meu parto e mais longo que minha gestação.

Comecei em 2009, pouco depois de casar e o objetivo era me formar em 2 anos, mas aí eu engravidei um ano depois e um semestre antes de acabar tranquei. O plano era permanecer com a pós trancada por um ano- que era o prazo máximo, mas seis meses depois fecharam o curso e não falaram nada.

A princípio - e sem notícias - esperei mais seis meses sem notícia e nada. A angústia começou a apertar e nada de informação se o curso ia voltar e se eu ia conseguir concluir. E eu fiquei perdida mais um bom tempo até que decidi processar a PUC/Cogeae por ter finalizado o curso sem comunicação e pedia para conseguir me formar. Perdi e recorri. Perdi de novo e tive que voltar em outra área da especialização para concluir. 

Mais seis meses de aulas de jornalismo político e monografia (que ficou de lado porque aí não dava) e pedi prorrogação do prazo por mais 3 meses e desde março oscilo entre muito empenhada e muito relapsa em relação a monografia, que finalizei aos trancos e barrancos. Foram muitas noites estudando até meia noite e tantos outros planos adiados, inclusive reduzi a pesquisa porque não me sentia capaz principalmente por causa do prazo e de como eu lidava com ele. Afinal, sou mãe e não abri mão de nenhum final de semana com meu filho e nenhum feriado sem ele para estudar.

Certo ou errado eu não sei. O fato é que mil vezes me arrependi de não ter me empenhado mais e ter me dedicado mais. Cheguei a pedir renúncia do cargo de mãe em dois feriados, mas como ninguém aceitou meu filho objetivamente eu desisti e fiquei com ele fazendo a monografia quando dava e, especialmente, se dava! E assim foi. Afinal, eu já tinha mudado de monografia antes mesmo de retornar ao curso; reduzir foi só mais uma estratégia para realmente conseguir me formar.

Na segunda-feira tive a banca. Se um dos integrantes da banca me questionou e deu tempo e oportunidade para tratarmos do tempo, a outra me esculachou e se pegou no formato da monografia e ficou incomodada por não ter o formato de tese (sendo especialização e não mestrado a minha formação). Enfim, apesar de tudo deu certo e eu me formei com nota nove! O que me surpreendeu de certa forma!

Enfim, formada depois desta longa jornada, que por enquanto acaba aqui. Tenho sim vontade de fazer um mestrado, mas pretendo fazê-lo daqui dois anos para que eu consiga fazer com que o Arthur entenda mais o processo, o que por enquanto não funciona na prática. Ele até entende se eu digo que preciso disso ou daquilo, mas respeitar que eu preciso é ainda muito difícil para ele. Por isso, acho que o próximo passo para os estudos pode esperar mais um tempinho.

Por enquanto vou trabalhando o resultado da pós com algumas divulgações pontuais e uma última correção que fiquei de fazer para atender normas de Abnt e outras tantas colocações que fizeram na banca.

E até o mestrado avisa tenho um tempo livre e outro pra curtir meu menino sem ter que pensar em monografia ou projetos!


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Do sumiço e da quarta jornada

Eu ando sumida, mas também como já escrevi ando atolada. Eu tive que voltar pra pós no ano passado e, para concluir o curso, tinha que fazer duas matérias e escrever a monografia. 

Achei que ia dar conta de fazer tudo em um semestre só. Mamãe bobinha. Fiz as duas matérias, mas fiquei no dilema da monografia já que antes de trancar queria escrever um livro reportagem sobre os cães guias e os deficientes visuais. Achei, no entanto, que com filho os planos de viajar e fazer trocentas entrevistas pro livro iam ser demais e fiquei sem tema e sem projeto. Queria algo novo, mas não sabia o que.

Demorei quase um semestre para decidir o tema e então tive que pedir estendimento do prazo para dar conta. E me planejei para fazer tudo nas minhas férias. Eu fiz bastante coisa na férias, mas muito aquém do tudo e ainda voltei antes do prazo por causa do trabalho.

Eu estendia algumas noites estudando e pesquisando, mas eu sou volúvel. E tenho um problema sério em concluir projetos. E então tinha semanas que estendia todos os dias, mas por vezes ficava dias sem querer continuar. Meu prazo final é segunda-feira e com minhas enrolações tive que reduzir a pesquisa: a princípio pesquisaria dois jornais de grande circulação sobre a lei Maria da Penha e a difusão da lei nas matérias de violência doméstica. Mas enrolei, não abri mão de ficar com meu filho nos finais de semana e feriados e tive que dormir em outras noites em vez de estender a noite estudando. Então reduzi a um jornal só. 

Ontem conclui e reli tudo. E fiquei feliz a beça com o que fiz. Orgulhosa com poréns porque eu poderia sim ter feito mais - bem mais e ter conseguido fazer até o comparativo entre os dois jornais. Mas foi o possível entre todas as outras coisas que faço e não posso abrir mão como meu trabalho e meu filho.

Enfim, com o fim da minha quarta jornada espero voltar aqui mais vezes. Afinal, com tudo isso eu também virei uma pessoa que não assiste mais novelas e agora tem um tempo livre para ler, escrever e fazer nada depois que coloca o filho na cama. Depois de apresentação da monografia, minha quarta jornada será muito mais gostosa.

Pelo menos por uns dois anos até eu ter coragem suficiente de encarar o mestrado.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Tumultuada

Assim anda minha vida. É, pra não dizer um verdadeiro caos. Trabalhando muito mais do que eu gostaria (e ganhando menos do que eu merecia por todo o trabalho desenvolvido); tarefas em casa que não diminuem nunca (apesar da criança estar maior, ajudando mais e me permitindo limpar, arrumar e organizar mais); pós-graduação com o prazo estourando na cabeça (e eu sem conseguir me concentrar para escrever o finalizar); filho cada vez mais fofo e mais delícia que só dá vontade de não fazer nada (nem estudar, nem trabalhar e nem cuidar da casa) só para ficar com ele.

Mas aí com tudo isso tá difícil escrever aqui, conseguir me satisfazer porque nunca nada está completo, tem mil coisas para fazer e, perdida e atarefada, concluo o que dá e o que não dá vai ficando pela metade. O trabalho da pós tem prazo e, na verdade, falta pouco. Tirando ele da frente consigo me livrar de uma destas pendências e me sinto, pelo menos, mais aliviada. Quem sabe assim sobra tempo para cá?

A coisa anda tão feia que nem aqui ou no Face daqui tenho aparecido. Tenho usado o Face do trabalho mais que o meu próprio e até sinto o maior orgulho do alcance que tem, do impacto que gera, mas fico triste de ver que para mim não consigo aplicar o mesmo "know how" porque falta tempo e o tempo que sobra falta coragem de repetir a mesma tarefa tudo outra vez.

Enfim, a coisa vai assim... atropelada e atropelando até que tudo se normalize. (E rezando para que se normalize logo).

terça-feira, 8 de abril de 2014

Por bem ou por mal: a fórmula mágica

Há muito tempo que lá em casa as coisas estavam muito ruins. Os tais terrible two que não tem fim e insistem em me deixar de presente um menino teimosão, que não quer se vestir, que não quer recolher brinquedo, que não quer entrar no banho ou não quer sair de lá, não quer sair de casa, não quer, não quer, não quer. Aliás quer, quer tudo, quer muito, mas só do jeito dele.

Então, um dia sem querer, descobri que se eu levasse ele por mal (ou seja, aos trancos e barrancos e chorando) ele logo se dispunha a ir por bem (sem drama, sem choro e com risadas). Então, peço ajuda dele para fazer as coisas ou dou uma ordem (trocar de roupa, vestir casaco, ir tomar banho, sair) e se sou ignorada, na mesma hora eu pergunto para ele: vai XXXX (seja lá o que for) por bem ou por mal? No começo, ele se dispunha logo, mas com o tempo ele aprendeu que se me ignorasse eu continuava lá igual uma idiota repetindo a pergunta como se não tivesse fim.

Então, a idiota achou que era demais e estabeleceu que ia perguntar três vezes. Quando ele me ignora, as três perguntas são sequenciais: vaiporbemouvaipormal-vaiporbemouvaipormal-vaiporbemouvaipormal? Quando ele argumenta, eu respiro fundo, conto até três em silêncio e pergunto de novo pelo mesmo número de vezes: - um - vai por bem ou vai por mal; dois - vai por bem ou vai por mal; pela última vez - vai por bem ou vai por mal.

Agora, se até a terceira for questionada ou ignorada, aviso logo que ele vai por mal e ele esperneia, chora, pede o chão e avisa que vai por bem. E VAI! Enxugando as lágrimas e rindo. Como se não tivesse disputado sua teimosia comigo. Eu fico P por ter que usar esta tática para conseguir as coisas, mas ao mesmo tempo me sinto vitoriosa de não ter que entrar mais em pé de guerra com ele e ficamos apenas neste quem manda mais.

Como eu sei quando as coisas funcionam com ele, às vezes, quando ele ainda não está totalmente irritado também já posso ir pedindo as coisas afirmando que ele vai me ajudar por bem. E tudo flui numa maravilha. Não podia ser sempre assim?

E aí, qual é a sua tática de paz?

terça-feira, 25 de março de 2014

Perguntas sem respostas no mundo materno

Eles são capazes de fazer coisas que até Deus duvida. Mas eles fazem, sem que isso tenha alguma razão para o coração materno ou até para a neurociencia, a antropologia e toda e qualquer ciência até então conhecida.

Quer ver? Segue:

• Por que nossos filhos acordam mais cedo aos finais de semana?
• Por que eles querem ir ao banheiro toda vez que nos sentamos à mesa para comer?
• Por que eles falam coisas vexatórias quando tem muita gente em volta?
• Por que eles conseguem nos dobrar com tanta facilidade?
• Por que eles sempre encontram as coisas que escondemos deles?
• Por que eles falam as coisas mais fofas do mundo quando estamos bravos com eles?
• Por que, por que, por que?

Juro que não sei, não consigo explicar e nem saber quem me responda. Se alguém aí souber, aceito as respostas! 

segunda-feira, 17 de março de 2014

Má mãe

Tem dia que a gente acorda uma má mãe. Será que, uma semana longe do meu filho, me fez esquecer como deve se cuidar de uma criança e, em especial, dele?

Passei uma semana em Fernando de Noronha com o marido e sem o filho. Precisava destas férias da vida cotidiana e de São Paulo. Precisava de um tempo sem filho para avaliar o quanto os conflitos de casal ainda existem. Demos uma semana para nós e deixamos o filho sob os cuidados da avó.

Uma semana depois voltei e deixei meu filho sem hora para dormir e deixei ele acordar para levar para a escola e aproveitar o tempo que ele ainda dormia para começar colocar a casa em ordem, preparar a mochila, passar uniforme, arrumar a lancheira.

Saindo de casa, além de levar o filho na escola logo depois de voltar uma viagem de uma semana longe dele, ainda prendi os dedinhos da mão dele na porta do carro. Ele chorou de perder o ar. Meu coração doeu. E eu to me achando uma má mãe. Mereço castigo?

quinta-feira, 6 de março de 2014

Em férias com a vida que segue quase normal

Estou em férias. Não poderia haver, neste momento, felicidade maior. Estou precisando descansar do trabalho, então nada melhor que férias. Aliás, férias é tão bom para a vida e para a mente que eu acho que deviam ser duas por ano. Como não são, aproveito as minhas que geralmente acontecem em março mesmo.

Mas estou cheia de planos. Além de toda aquela ajeitada na casa e nas coisas que dou nas minhas férias (doando roupas, me livrando as tranqueiras acumuladas no ano, planejando o aniversário do filho, descansando, viajando, passeando) vai ser melhor ainda para a mente e é o que eu preciso agora.

Este ano, Arthur está no período integral da escola e isso não vai mudar nas minhas férias. Pode ser que achem maldade minha ou qualquer coisa assim, mas sou uma defensora da rotina e quero preservar a dele neste momento, principalmente porque no final do ano ele bagunçou muito os horários e demorou um bocado para voltar ao normal. Depois, ele também está se adaptando à escola nova agora e tirá-lo alguns dias da escola pode atrapalhar o processo (e contribuir com a falta de rotina). Além disso, eu também PRECISO me dedicar à minha monografia e ficar com ele não vai me permitir isso.

Oficialmente minhas férias começam hoje, mas este ano eu fui espertinha e emendei minhas férias logo depois do feriado de carnaval. Então, eu fui para a praia no feriado porque meu filho pedia praia e eu já me sentia de férias desde que saí do trabalho na sexta-feira de noite. Então, uni o útil e o agradável.

Hoje já estudei, já agilizei umas coisas do aniversário dele, estou lavando pilhas de roupas para deixar tudo em ordem antes da viagem da semana que vem (que eu falo em outro post), lavei meu carro e ainda devo dar uma ordem em uns armários bagunçados aqui de casa.

O fato é que mãe de férias com filho na escola não é bem férias. Além de eu ser uma pessoa que acorda às sete (ou antes) até mesmo aos finais de semana, não tem sido diferente nas férias. Ainda mais com hora para deixar a criança na escola. Na verdade, eu até mudei o horário do despertador para às 7h15 (em dia normal eu levando ás 6h10), mas ainda assim tem que acordar cedo, arrumar a lancheira e a mochila do pequeno, e partir para a batalha de acordá-lo, vesti-lo e levá-lo. 

Então, a rotina segue quase normal. Arthur indo à aula (aliás, vale um parêntese ressaltar que ele está realmente adaptado à escola nova. Hoje, depois de um feriado prolongado que lhe rendeu 5 dias seguidos em casa, ele entrou na escola cheio de vontade, com uma flor na mão pegada na calçada para a professora, me deu tchau e foi entregar a flor, um abraço e um beijo para a professora) e eu resolvendo a vida que corre do lado de fora dos portões que o cercam.

Enfim, em férias com a cabeça livre de preocupação de trabalho, mas cheia de trabalho para fazer da pós, de casa e da vida. Felicidade, como eu já disse, não existe maior. E seguimos com dias com flores para professora e uma rotina diferente e deliciosa.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Presente de Natal

Como faz com a mãe que quer, por tudo neste mundo, comprar uma bicicleta para o filho de nem 3 anos?

Como faz com a vontade dessa mãe que está maior que ela só porque o menino é louco com bicicleta e porque ele saiu pedalando em uma já na primeira vez que subiu na tal?

Como faz se o único presente que ela pensa em comprar para ele é uma bicicleta aro 12?

Como faz se essa mãe-maluca pesquisa e ainda encontra em um preço que cabe no bolso uma bicicleta que ainda por cima vem com os acessórios de proteção?

Alguém indica um psiquiatra para essa mãe?

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Quando é a hora de mudar?

Já faz algum tempo que ando pensando nisso: quando é a hora de mudar o filho de escola? E quando a escola não atende mais às suas expectativas pode não estar atendendo às do seu filho?

Já tem quase um ano que sinto meu coração balançar. No final do ano passado, a escola passou por sérios problemas administrativos - tanto que isto afetou inclusive a saúde da dona da escola, que teve um piripaque e foi parar no hospital. Nós, pais, não fomos comunicados de nada e eu só soube do ocorrido em janeiro, quando fui pagar a mensalidade pessoalmente. No entanto, e apesar de não ter sido formalmente comunicada, percebíamos que algo estava acontecendo porque todo dia perguntavam se algo não tinha ido na mochila do Arthur ou algo que não era dele aparecia como casacos e roupas números infinitamente maiores que o meu filho usava ou usaria. Enfim, a baderna interna estava balançando até a rotina da escola.

Além disso, em questão de meses uma professora foi contratada para cuidar da turma do meu filho e foi demitida (ou pediu para sair, não sei). Aquilo me incomodava e me incomodava mais ainda a falta de diálogo entre escola e pais.

O ano acabou, meu filho entrou de férias e em janeiro soube da doença da dona da escola (mas somente disso, as outras questões ficaram por baixo dos panos). Ao longo dos meses, notei que a escola tinha reduzido as turmas e fechado as salas de ensino fundamental e estranhei, mas não questionei. Com a dona com a saúde altamente debilitada, imaginei que esta teria sido a causa.

Este ano, no meio do ano, precisei falar com a escola e por telefone nunca conseguia. Algumas vezes questionei (por semanas diversas com bastante tempo entre elas) e a resposta era sempre a mesma: o telefone está quebrado. Comecei a me injuriar e, principalmente, desconfiar de que as finanças da escola não vão bem a ponto de não pagarem a conta do telefone.

Um dia fui buscar o Arthur na escola e a dona me chamou a atenção devido ao atraso do pai em buscar o Arthur naquela semana (fato que em um ano e meio tinha acontecido 3 vezes), ultrapassando alguns minutos das 19h - horário de fechamento da escola. Me desculpei (principalmente porque os atrasos foram porque o pai dormiu e perdeu a hora - sério!) e prometi que o ocorrido não ia mais acontecer. Mas fiquei extremamente injuriada com o fato porque naquela mesma semana tinha tentado telefonar na escola e não tinha conseguido falar porque o telefone estava quebrado (há semanas, aliás). E mandei um email para a escola, já que por telefone eu não tinha mais uma vez conseguido falar e desabafei falando, principalmente, da falta de diálogo entre a escola e os pais. Ela nunca me respondeu ao email. E meu descontentamento cresce.

Há algumas semanas atrás recebi a circular da rematrícula cobrando mais da metade da mensalidade de taxa e, pior, prometendo reajuste de 12%! Chamei as mães no Facebook questionando sobre a continuidade dos filhos na escola para tentar reduzir este reajuste bem maior que a inflação, mas uma das mães se mostrou tão descontente quanto eu e pretende tirar os filhos da escola. Eu, que também ando descontente, resolvi procurar outras escolas porque acho sinceramente que chegou a hora de mudar.

Arthur é enturmado e não tem problemas para se adaptar depois de 10 ou 15 minutos de interação, então acho que vale a pena pesquisar e buscar alternativas que mais me satisfaçam que aborreçam.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Acampar na escola: sim ou não?

Então chegou a circular do mês que vem da escola e lá vinha as informações sobre a comemoração do dia das crianças e o famigerado acampamento das crianças na escola.

A primeira coisa que eu pensei foi: ele vai e eu vou ter uma noite para curtir o meu marido! Egoísta mesmo, podem julgar. Em um primeiro momento, sequer pensei se ele ia gostar ou ficar bem. Mas este, claro, foi o pensamento seguinte. E confesso que me assolou. O assunto ficou martelando na minha cabeça e eu até perguntei se ele queria dormir na escola e ele respondeu que sim.

O prazo para responder para a escola era dia 24 e eu só fui verificar sobre o prazo dia 25 cedo. Então liguei na escola para sondar e, depois de falar com a dona da escola, ainda perguntei para as outras mães se as outras crianças também iam ficar para realmente ter o objetivo do acampamento: ele ficar com os colegas dele e se divertir até tarde e logo de manhã, quando eu irei buscá-lo.

Acredito que ele não vai ter problema para dormir na escola, já que ele fica na casa da avó quando eu vou viajar. Mas escrevo isso com o maior receio de pagar a minha língua, afinal ser mãe é receber muitos cuspes na testa.

Questionando o marido sobre isso, ele foi muito ponderado dizendo que acha que fazer isso é antecipar as coisas. E, como quase nunca, concordei com ele. Por que meu menino de 2 anos já tem que saber dormir sem os pais? Só aumentou meu dilema de mãe: deixar ou não deixar.

Quando conversei com as outras mães, algumas me sinalizaram que iam deixar porque ia ser divertido para as crianças. E então, sem ter certeza, autorizei através da circular da escola. Na mesma semana, teve reunião dos pais - mais para mostrar os trabalhos que as crianças estão desenvolvendo - e claro que esse assunto acabou rolando. Depois, a dona da escola veio dar um informe geral sobre a pousada e rolou um bate-papo sobre o assunto, que quase fez o marido mudar de ideia.

Eu só sei que autorizei, mas ainda não decidi sobre o fato. E acho mesmo que só vou decidir no dia, que está se aproximando. Na verdade, acho que vou deixá-lo porque um lado de mim acha lindo crianças independentes e que dormem fora de casa (lembro de quando fui para um acampamento aos 12 anos e tinham muitas crianças de 4, 5 anos e um menino que frequentava o acampamento desde os 3 anos) e vou torcer para que fique tudo bem e meu lado medroso e que concorda com o marido que é antecipar as coisas para ele, que só tem 2 anos e meio, perca feio mostrando que meu menino já sabe ficar sem a mamãe ou algum parente próximo.

Rezem por mim que depois eu mando notícias.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Calma interior

É uma semana de TPM. Devemos considerar. Tem um monte de coisa errada. Importante salientar. Fiz várias outras tarefas chatas. Vale dizer. 

O humor estava péssimo. Eu não queria nem que o dia tivesse começado, que dirá terminar ainda pior. 

E, então, fui buscar meu filho na escola, que saiu da sala gritando pelo papai, afinal é ele quem pega todo dia. Mas não era o papai e sim a mamãe.

E ele ficou ainda mais feliz. E veio pulando, gritando e saltitando. E nós chegamos em casa e jogamos bola na varanda. Eu tive toda a paciência do mundo. Dei banho. Troquei. Li 4 histórias para dormir (quando o rotineiro são 3). E me sentia, estranhamente, calma.

Obrigada filho! Você salvou o meu dia com seu sorriso, com sua alegria, com sua presença, com a sua inocência e com seu jeito. E eu fui dormir serena e feliz.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Um domingo difícil

Há muito tempo que Arthur não me dava trabalho. É bem verdade que fazia muito tempo que não impunha a ele o meu horário. Lá em casa, os horários são todos calculados com as necessidades dele, então os horários das refeições e da soneca são sagrados. O de dormir ainda varia, mas não pode ir muito além do habitual.

Então eu tinha um almoço. Queria ir. Acordei com ele eram quase 9h. Ele acordou serelepe depois de uma boa noite de sono, levantou e só depois que já estava na sala pediu mamadeira - antes pediu até para trocar a fralda que tinha 'xixizão'.

De bom humor trocou a fralda sem milindres, voltou para a sala e já pegou a mamadeira para me entregar e depois correu para o sofá. Vou dar conta, pensei. Fui para a cozinha e fiz o almoço dele, já que sem comer eu não arriscaria. Lá pelas 10 e tanta começou a pedir tetê e bolacha, neguei. Ele viu que o almoço estava quase pronto e perguntou se era o papá do Arthur. Às 11h ofereci o almoço e ele aceitou prontamente. Vai ser fácil, imaginei. E começamos a batalha pelo almoço: 45 minutos depois eu já tinha desistido e ele queria tudo, menos comer. Comeu menos da metade e começou a relutar a tomar banho, a me obedecer, a juntar os brinquedos, a colaborar. E passou a brigar comigo, me bater, espernear e gritar. Dei bronca, refreei seus impulsos e ele chorava. Pediu a chupeta, encontrou sozinho, pôs na boca e pediu 'cóio'. Se acalmou e dormiu em questão de minutos.

Eu, cansada, desisti. Coloquei ele na cama, mandei uma mensagem que não ia mais, deitei ao lado dele e dormi rendida à minha frustração de mãe e de mulher. Ele não demorou muito para acordar e levantou perguntando se o pai já havia chegado. Minha resposta foi que não e ele reiterou minha resposta e pediu a mamadeira. Tomou e levantou e ficamos indo e vindo até que sugeri um banho para passearmos - já que o compromisso não tinha dado certo, iria pelo menos passear na rua. Ele disse banho não uma mil vezes enquanto eu afirmava categoricamente que sem banho não tinha passeio. Fomos para o banho e saímos com tranquilidade. Troquei ele sem ter que lutar por isso como habitualmente e me iludi achando que então, finalmente, daria certo. Mas tive que brigar com ele por 45 minutos para que ele se calçasse. E eu já estava quase desistindo quando ele se rendeu e me deixou colocar o tênis. Até que no carro ele começou a dar piti e eu desisti completamente de sair e perder o que talvez eu ainda tinha de sanidade mental naquele momento. Peguei ele na marra, tirei do carro e disse: Hoje você está demais, não vai mais ter passeio. Ele chorou, chorou, chorou até que se conformou e foi brincar em casa mesmo apesar do sol e do calor que fazia lá fora.

Marido chegou, tomou banho e ele tentou convencer o pai de levá-lo para passear. Mas sei lá porque começou a bater no pai, não pediu desculpas e mais uma vez perdeu a chance de sair. Fiquei com ele na sala e o marido no quarto e ele tinha parecido se acalmar.

No final do dia resolvi ir ao mercado comprar uma carne para o jantar dele e o convidei. Ele trocou o 'xixizão' na boa, mas deu escândalo mais uma vez para se calçar, eu avisei que ele iria ficar em casa e saí, deixando o com o marido. 10 minutos depois, quando voltei, ele ainda chorava em casa. Quando cheguei ele se acalmou e ficou brincando enquanto eu terminava o jantar. A irmã chegou e então fui desabafar e chorei. Ainda tomei uma bronca do marido, mas tinha sido tudo tão difícil até ali que sequer briguei. A irmã foi embora e eu fiquei ali mesmo na cozinha lavando a louça e terminando o jantar aos prantos. Arthur ficava me perguntando 'o que foi?' E quando parei de chorar perguntou 'passou?' Depois, pediu bolacha, levou um não, chorou mais uns minutos, mas se alegrou quando coloquei a comida no prato. Jantou tudo. Brincou até o seu horário habitual, pediu a mamadeira, me deixou colocar o pijama e foi para a cama sob os protestos rotineiros, no entanto, calmo. Chegou ao berço, pediu historinhas que foram negadas depois deste dia tão difícil. Ele chorou um pouco, se acalmou sozinho consolado, deitou e dormiu.

Saí do quarto, me troquei, deitei e chorei até não sei que horas, quando finalmente consegui dormir. 

sábado, 17 de agosto de 2013

Não basta ser mãe, tem que ser criativa!

A escola do Arthur tem uma proposta pedagógica interessante e a cada semana é abordado um novo tema. Além disso, semanalmente também tem com cada tema uma abordagem diferente.

Ou seja, às terças-feiras acontece a adaptação social, que será a introdução ao tema com contação de história ou conversa e explicação sobre o assunto a ser abordado naquela semana. Na quarta-feira é dia de Vida prática, onde o tema vai ser abordado com a vivência da criança ou então algo que deve ser refletido no comportamento da criança e, às vezes, sem diálogo direto com o tema na semana. Na quinta-feira é dia da novidade onde o tema dialoga com a vida próxima da criança então geralmente mandamos foto, recortes de revista ou coisa do tipo como livro ou brinquedo. Na sexta-feira é dia do divertimento e como não podia deixar de ser a criança vai fantasiada para a escola ou então tem alguma brincadeira legal ou uma proposta diferenciada.

Esta semana, o tema foram os animais domésticos, então além de ter levado uma foto de seu animal de estimação na quinta-feira, Arthur tinha que ir fantasiado na sexta-feira para o baile da bicharada.

E, inspirada pelo pinterest, e com vontade de produzir alguma coisa para o Arthur resolvi fazer uma máscara de leão para ele ir para a escola. (Só escrevendo isso aqui e agora que pensei que leão não é animal doméstico, né, mas finge que ninguém percebeu.) Porque não basta ser mãe, né, tem que colocar em prática toda a criatividade e manualidade que existe em mim.

E passei a semana toda produzindo a tal máscara. Primeiro, fui atrás de feltro, mas não encontrei nas cores laranja e marrom, então acabei comprando amarelinho mesmo. Cortei as tiras, colei com cola quente e colei num círculo de papel cartão com furo no meio para o rosto dele. E não é que ele adorou a tal da máscara? Confesso que eu amei mais ainda, mas ele se divertiu a valer com a tal e, claro, foi para a escola participar do baile da bicharada (quase) a caráter.


Ficou ou não ficou lindo? Se quiser, assista ao vídeo dele no Instagram para se certificar de que ele ADOROU a tal máscara que a mamãe preparou com todo amor do mundo.