segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Um dos melhores convívios da vida infantil são os avós. São eles que mimam os netos com amor, carinho, afeto e açúcar. É na casa deles que pode brincar de tudo, dormir fora de hora, acordar mais tarde e aprontar de verdade.

São dos avós nossas lembranças mais tenras da infância. Pelo menos, pra mim.

Nesta sexta-feira o Arthur perdeu sua avó paterna. E me entristeço de saber que ele sequer lembrará dela, que não deu tempo de criar um laço e um vínculo. Só ficarão as fotos. Só ficarão as nossas lembranças.

Para ele, contamos apenas que a Vovó Cida foi para o céu e virou estrelinha. 

Ele entendeu e segue dizendo que de noite tem mais uma estrela no céu, que é a vovó Cida.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Um pedido especial

Sábado pela manhã e Arthur vem cheio de fofura reclamando da vida dele...

- Mãe, eu não tenho um irmãozinho.
- Tem sim. O Rafa é seu irmão.
- Mas ele não é pequenininho.
- É, tem razão. Ele já é grande, mas ele é seu irmão.
- Mas eu queria um irmão pequenininho.
(Soco no estômago)
- É, filho, quem sabe um dia eu possa resolva te dar um irmãozinho.

Arthur ama bebês. É sério. O diálogo acima se deu porque ele dormiu na escola de sexta para sábado no tal acampadentro (ou noitada, como chamam nesta escola). Um outro amiguinho, mais novo que ele, também dormiu e pela manhã a mãe do amiguinho foi buscá-lo com o irmão que não tem nem seis meses. Ele ficou alucinado com o bebê. Rodeou, fez carinho no pé, perguntou o nome, perguntou se ele ainda não falava, constatou com a mãe de que ele ainda 'era um bebezinho' etc e tal. 

É sempre assim. Ele não pode ver um bebê de colo que vai logo se achegando. Eu, claro, acho lindo. Babo. Amo de paixão e até me penalizando porque não pretendo dar um irmão para ele. Nestas horas eu até quase reconsidero minha opinião. Morro de pena de pensar que ele não vai ter um irmão assim, de verdade, para conviver e saber como é bom dividir a vida com os irmãos, como é legal ter com quem contar e como é bacana ter em quem pôr a culpa de vez em quando. Sofro quando penso que ele vai "ficar sozinho" depois e que não vai aprender a dividir com um irmão os brinquedos, as dúvidas, as angústias e as alegrias. Chego até a achar uma sacanagem minha, que tem tantos irmãos com quem contar. Pensando assim, a fundo, fiquei até triste. Quem sabe um dia eu não reconsidere mesmo, de verdade.