segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O choro dos outros

Desde que começou a entender as expressões e os sentimentos, Arthur não gosta de desenhos/personagens/pessoas tristes ou chorando. Além de dar aqueles pulinhos no coração da mãe por ver um menino assim tão solidário a dor dos outros, temos passado por situações bem engraçadas por causa disso. (Quem disse que não há fofura aos 2 anos?)

1º episódio: Eu e o Arthur estávamos brincando na sala quando na tevê um bebê chorou. Ele, na mesma hora, parou para ver de onde vinha. Colocou o dedinho perto da orelha e disse? Escuta... o nenê tá chorando. Disse que era na tevê e ele me perguntou: Vamos cantar para o nenê não chorar? Eu, curiosa, perguntei: Como é que canta para o nenê não chorar? E ele começou: choia, choia, choia, paia de choia. E em ritmo acelerado emendou dançando como ordenava a música: põe a mão na cabeça, põe a mão na tintuia. Na mesma hora comecei a rir.

2º episódio: No dia seguinte de manhã, enquanto esperávamos a vovó na garagem uma criança chorava desolada na garagem. Chamei a atenção dele para o som que vinha de fora do carro e na mesma hora ele se pôs a cantar: chora, chora, chora, paia de chorar. põe a mão na cabeça, põe a mão na tintura. (ele que começou a pronunciar os 'erres' recentemente às vezes fala as palavras com ele, às vezes não)

3º episódio: Ontem, em casa, acabei quebrando a unha de bobeira e me lamentei pelo fato segurando o dedo com a unha quebrada. Triste com o fato e com aquela sensação horrível latente de unha quebrada me lamuriava quando Arthur entendeu que algo estava errado e começou a chamar pelo pai, que ainda não estava em casa. Pai, a mamãe tá chorando. Pai, vem aqui. Pai, a mamãe tá chorando. Posso?

Nenhum comentário:

Postar um comentário