segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Um pedido especial

Sábado pela manhã e Arthur vem cheio de fofura reclamando da vida dele...

- Mãe, eu não tenho um irmãozinho.
- Tem sim. O Rafa é seu irmão.
- Mas ele não é pequenininho.
- É, tem razão. Ele já é grande, mas ele é seu irmão.
- Mas eu queria um irmão pequenininho.
(Soco no estômago)
- É, filho, quem sabe um dia eu possa resolva te dar um irmãozinho.

Arthur ama bebês. É sério. O diálogo acima se deu porque ele dormiu na escola de sexta para sábado no tal acampadentro (ou noitada, como chamam nesta escola). Um outro amiguinho, mais novo que ele, também dormiu e pela manhã a mãe do amiguinho foi buscá-lo com o irmão que não tem nem seis meses. Ele ficou alucinado com o bebê. Rodeou, fez carinho no pé, perguntou o nome, perguntou se ele ainda não falava, constatou com a mãe de que ele ainda 'era um bebezinho' etc e tal. 

É sempre assim. Ele não pode ver um bebê de colo que vai logo se achegando. Eu, claro, acho lindo. Babo. Amo de paixão e até me penalizando porque não pretendo dar um irmão para ele. Nestas horas eu até quase reconsidero minha opinião. Morro de pena de pensar que ele não vai ter um irmão assim, de verdade, para conviver e saber como é bom dividir a vida com os irmãos, como é legal ter com quem contar e como é bacana ter em quem pôr a culpa de vez em quando. Sofro quando penso que ele vai "ficar sozinho" depois e que não vai aprender a dividir com um irmão os brinquedos, as dúvidas, as angústias e as alegrias. Chego até a achar uma sacanagem minha, que tem tantos irmãos com quem contar. Pensando assim, a fundo, fiquei até triste. Quem sabe um dia eu não reconsidere mesmo, de verdade.

Um comentário:

  1. Olha, nada mais chato do que alguém dando palpite no número de filhos que você quer ou não ter. Então, só posso desejar que você decida com o coração e seja feliz com um ou dois, ou mais. Um beijo

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