segunda-feira, 11 de maio de 2015

Por aqui tudo na Santa Paz, embora na correria de trabalho e da vida comum do dia a dia. Arthur melhorou muito seu comportamento. Parece outro menino. Mas tem dias que, claro, se comporta como uma criança birrenta e dá um trabalho danado.

Este final de semana foi um destes. Fez birra por tudo e para tudo. Foi melhorar no final do domingo - o que já é um avanço visto que era dia das mães e eu queria era comemorar com ele e não brigar. Como disse, no cômputo final ficamos bem.

Os dias tem passado depressa e já faz um mês que o pai dele não aparece e não manda notícias. Não liga, não pergunta, não se interessa e não aparece. Eu, que por um tempo resolvi fazer o papel da interventora e levar o menino lá, de repente, só para eles poderem ter algum contato, desisti depois que fui destratada ao levar os convites do aniversário e avisei: é a última vez que trago ele aqui. Avisei também à criança que, embora não entenda a complexidade de nossa relação e dos problemas que nos cercam, precisa saber que a mãe não fará mais o papel da motorista e da interventora da relação. Ele chorou, resmungou, mas ao que parece entendeu e leva melhor a situação do que eu, que ainda sofro com isto regularmente. Ele sequer fala do pai, não pergunta e nem reclama de saudades. Fala mais dos primos do que do pai.

Ele continua insistindo que quer a família dele de volta, mas em nenhum momento cita ou questiona sobre o filho como se a família dele fosse apenas eu. A relação que ele quer reatar é comigo e em nenhuma tentativa colocou o filho em primeiro lugar. Eu sigo tranquila e leve, certa do que fiz. Aliás, cada vez mais certa.

Semana que vem estou em férias. Dividi, desta vez, em dois períodos assim em julho poderei ficar com ele e fazer programas exclusivamente com ele. Nesta primeira quinzena, as férias são minhas. Vou curtir, descansar e pensar na vida. Me conhecer e reconhecer meus gostos, preferências e viver. Tanto que vou viajar, pela primeira vez na vida, sozinha. As pessoas não costumam acreditar muito que vou sozinha-sozinha e a pergunta mais comum é: você vai sozinha? Sozinha mesmo? Inacreditável essa coisa de não acharem que uma mulher pode ser independente assim. Quando separei, tive que responder dezenas de vezes que não tinha ninguém na parada que eu só não queria mais por N motivos. Agora, com a viagem, a pergunta se repete. Acho mesmo engraçado a situação, mas sigo meu caminho rindo da incapacidade de os outros entenderem que eu posso sim ser feliz sozinha. Que eu não preciso de alguém para ter coragem de terminar um relacionamento ou para embarcar em um avião. Quero, acima de tudo, que isto sirva de exemplo pro Arthur. Que ele possa se bastar e se completar, sempre. Que possa se conhecer e fazer o que tiver vontade na vida, sem depender de ninguém. Afinal, se eu dependesse dos outros para fazer qualquer coisa na vida, não fazia nada.

Mas isso é assunto mais de terapia do que de post. Aqui, seguimos a nossa terapia interna de reflexão e tentativa-e-erro e vamos errando e acertando os passos na nossa dança da vida.


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