quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A decepção pediátrica

Toda vez em que vamos ao pediatra eu fico com a mesma sensação de frustração. Apesar de o médico afirmar que o Arthur vai bem, está bem, etc, eu sempre fico pensando que ele podia mais e que isso depende de mim, mas que eu não dei conta do recado.

Na última consulta, por exemplo, Arthur registrou uma engorda de apenas 500 gr. Pra mim, é pouco. Pro médico, está bom. Mas eu fico com a sensação de que eu poderia estar fazendo mais por ele para que ele estivesse mais fofinho. Ele continua crescendo em um ritmo bom e no último mês foram mais 3 cm.

Avisei ao médico que o leite começou a escassar e a preocupação a aparecer. Ele, então, me receitou PLASIL para que o leite aumentasse. Apesar de o Arthur mamar bem e não ter passado fome apesar da escassez do leite materno já queria ter introduzido alimentação para ele e - até quem sabe - leite artificial. Não só pela preocupação dele engordar mais, mas também pela precaução dele já pegar mamadeira e se alimentar independentemente de mim para não sofrermos tanto na hora de voltar a trabalhar. Mas o médico acha desnecessário. Defende que o Arthur pode se beneficiar muito bem somente do leite materno mais um mês e depois começarmos a fase de engorda dele. Para o pediatra, eu estou certa em me preocupar, mas me acalma dizendo não ser necessário.

Mentirinhas foram contadas porque para o pediatra Arthur ficaria EXCLUSIVAMENTE no peito até os 6 meses, mas eu não quero. Tenho medo de a adapação ser muito difícil, então disse que volto a trabalhar assim que ele completar 6 meses, então a introdução alimentar tem que ser antes porque eu quero acompanhar. No entanto, é bem provável que eu só volte a trabalhar quando o Arthur tiver com 7 meses, mas aí já poderei aproveitar bem a transição alimentar dele e ir sossegada pro trabalho.

Essa não é a primeira vez que me sinto "culpada" por algo não ser como eu espero. Não que as coisas não vão bem, segundo o médico as coisas vão sim bem e não há motivos para preocupação, mas eu me exijo demais e queria que o Arthur estivesse engordando mais - coisa que por enquanto só depende de mim (já que só eu o alimento) e fico me sentindo culpada, apesar de não ter culpa já que ele mama bem, dorme bem e está super bem.

Vai entender essa minha preocupação e culpa, né? Um dia passa. Assim espero.

Nenhum comentário:

Postar um comentário