quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Da cama compartilhada

Meus pais sempre utilizaram-se do método da cama compartilhada. Eu sempre amei. Usava e abusava quando era criança. Mas hoje em dia resisto.

Não que eu não ache que seja bom. Mas porque eu não consigo dormir.

Quando o Arthur nasceu e veio para casa ele dormiu no carrinho dele ao lado da minha cama por uns 10 dias. Depois acabei me mudando com ele para a sala porque não queria atrapalhar o marido e seu sono, já que ele levanta diariamente às 4h.

Mas depois de um tempo, o Arthur começou a se mexer demais no sofá e comecei a dormir mal. Então me mudei para o quarto e fomos todos para a mesma cama. Mas mesmo assim tinha que ficar vigiando para que o marido não rolasse para cima do Arthur e eu além de amamentar passava a noite inteira meio que vigiando o Arthur e o marido. Até que cansei. Eu suporto fome, calor, sede, mas não me pede para não dormir. Então, aos 60 dias o Arthur foi para o berço depois da última mamada.

Esta foi minha primeira noite de sono depois que ele nasceu. Incrivelmente em seu próprio berço ele dormiu a noite inteira. Alguns dias depois, ele tomou aquela vacina chata (mas necessária) dos 2 meses, que dá reação. E ele ficou febril no começo da noite. A febre cedeu com um banho, mas mesmo assim coloquei ele na cama conosco para que eu pudesse monitorar a febre. No dia seguinte, voltou para o berço.

E passou a dormir lá. Eu ainda acordava durante a madrugada com qualquer gemido dele ou com ele chupando a própria mão, mas graças a babá eletrônica com vídeo podia verificar se estava tudo bem e se podia voltar a dormir ou ir até o quarto. Quando ele chorava, amamentava. Ele quase nunca chorou. E então mamava até dormir e seguia para o berço.

Em noites que ele acorda muito, costumo trazê-lo para a cama conosco. Mas há noites que isso é um caos. Arthur AMA seu próprio berço. Então, já teve noites em que colocava ele na minha cama de madrugada para não ter o trabalho de levantar e ir até seu quarto caso ele resmungasse, mas assim que ele era colocado lá gritava, esperneava e apontava para a porta do nosso quarto. Era só voltar com ele para o berço que tudo ficava bem.

Eu, honestamente, acho isso delicioso. Acho ótimo que ele ame o próprio berço principalmente porque ele se mexe demais. Rola de um lado para o outro, me empurra e me chuta quando divide a cama comigo e eu preciso dormir. Eu preciso de espaço. Eu não consigo dormir com ele.

Com o recente nascimento dos dentes molares, ele tem ficado super manhoso. Chegando, inclusive, a pedir colo no meio da madrugada. Como meu sono me vence sempre o levo para a cama comigo. E ele dorme placidamente e eu bem  mais ou menos. Mas seguimos. Sem ser contra a cama compartilhada, mas praticando sempre que necessário porque amar mesmo praticá-la é outra história. E não a minha.

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