terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Ocupando o espaço público

Brincando no bloco de carnaval que passou perto de casa
Gostamos muito de ir à pracinha. Costumamos, com frequência, ocupar o espaço público e fazer um bom uso dele. Eu quero, assim, mostrar a ele que a rua é também a nossa casa. Que a praça, a praia e os parques são lugares que devemos frequentar, cuidar e respeitar porque é nosso, mas é também das outras pessoas.

Ele provavelmente não entende toda essa dimensão de nossa ida à praças e parques, mas certamente já entende que deve respeitar a vez do outro, que não pode jogar lixo no chão e que não se pode destruir nada que está lá, afinal ele vai usar e outras pessoas também.

Geralmente, ele já se zanga (e ainda por cima recolhe) quando encontra lixo deixado por outras pessoas. 

Com o carnaval e a proliferação dos blocos em São Paulo, resolvi levá-lo também aos blocos de carnaval que tem acontecido nas proximidades de casa. Para mim, foi mais uma maneira de mostrá-lo que podemos e devemos ocupar os espaços públicos. Que a rua é de todos e que devemos sim sair para a rua e ocupá-la. Ele tem aproveitado, curtido e vivido tudo isto.

Na semana retrasada, quando fomos ao primeiro bloco, ele adorou. Foi centro das atenções e pôde, além de ocupar o espaço, compartilhar da gentileza das pessoas e crianças que estavam brincando no mesmo bloco. Recebeu confete e serpentina por onde passou, brincou com outras crianças e muitas adultos também fizeram questão de brincar com ele, que se divertiu sendo o Homem de Ferro que derrubava todos pelo caminho. Assim, fica até fácil mostrar a ele como a vida pode ser bacana quando todos tem um mesmo propósito ao ocupar o espaço público, mas nem sempre é assim. No último final de semana, por exemplo, tivemos muitos problemas ao repetir a experiência em um bloco destinado ao público infantil (mas esse post vem amanhã porque hoje eu quero falar apenas da boa experiência), mas assim também aprendemos a conviver com quem ainda não sabe respeitar o próximo e aprendemos com todas as situações que existem nesta vida.

Educar e fazer um mundo diferente, para mim, passa por estas pequenas coisas que, invariavelmente, vão um dia refletir na vida dele. E que assim seja. Pouco a pouco. Com pequenos gestos e coisas simples para fazer do futuro um lugar melhor, mais amável, com mais respeito por si, pelo outro e pelo mundo no qual vivemos. E que assim seja.

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