segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Volta às aulas (e eu querendo a minha rotina de volta também!)

Não sei se ele estava mais ansioso do que eu para conhecer a professora nova, mas sei que saiu todo alegre e feliz para o primeiro dia de aula.

Eu, sábado, já tinha conhecido as novas professoras na reunião escolar, mas sabia quanta expectativa ele estava nutrindo por este dia. Há duas semanas, de tanto ele me pedir para ir à escola e perguntar se as férias dele e dos amigos já tinha acabado, o levei para passar um dia no curso de férias. A ideia era retornar também na semana passada, mas aí ele ficou com um mega resfriado e com febre a semana quase inteira (foi melhorar só na sexta-feira) e a volta às aulas ficaram condicionadas mesmo para hoje.

Ele, claro, deu seu piti habitual para sair da cama, me obedecer e se deixar vestir. Mas depois acabou cedendo, se levantando e até me ajudando. A alegria era tanta que ele vestiu a lancheira nas costas e queria ainda puxar a mala, mas a mãe exagerou na lancheira (sério, mandei: danone, duas bananas, duas bisnaguinhas com requeijão, cereais, gelatina e suco) e estava tão pesada que ele reclamou e pendurou na mochila para sair carregando as duas.

Eu fiquei feliz de vê-lo tão contente de ir para a escola seja para "estudar" seja para rever os amigos. Feliz e com um sentimento de que acertei a mão. Lembro que o um ano e meio que ele ficou na outra escola ele nunca teve este sentimento de pertencimento e de querer ir, de querer estar lá; coisa que acontece bastante com essa escola, que ele está desde o ano passado. Eu, na verdade, fico feliz porque sempre "namorei" aquela escola e vejo nas propostas deles coisas que me encantam muito para além da educação infantil, mas para propostas concretas de pensar e agir democrático. Eu quero sim tirá-lo de lá na época da alfabetização e passá-lo para uma escola grande de verdade para que ele aprenda a se virar, mas juro que tenho repensado cada vez mais esta intenção.

Agora, com a volta às aulas eu também espero conseguir retomar a minha rotina, que está perdida desde a separação em outubro. Primeiro foram algumas semanas fora de casa, que desajustaram tudo. Depois, foi a retomada de tudo definitivamente meu, o que me fez ficar bastante desnorteada e sem conseguir me acertar com a hora, principalmente com a rotina noturna, a hora de dormir e de dar conta de tudo. Mas, afinal, era novembro, as férias logo viriam e tudo ia mesmo sair da rotina, então, deixei.

As férias me mostraram que meu filho tem infinitamente mais pique do que eu: acordava cedo, brincava o dia inteiro sem o cochilo diário e ainda ia dormir tão tarde quanto eu. Ou seja, sem hora para dormir e assim foram-se dois meses de férias. Estamos indo dormir todos os dias perto das 23h, o que me deixa cansada, irritada e sem conseguir dar conta de tudo e menos ainda de mim. Ele me esgota, me cansa, me irrita. Resultado: vamos os dois dormir na minha cama e eu invariavelmente acabo dormindo antes que ele, que ainda tem pique para pedir mil desenhos e fazer mais duas mil brincadeiras. Com a volta às aulas, eu quero retomar a vida de conseguir voltar para casa logo já que nas férias, como ele ficava na casa da avó e eu só conseguia sair de lá com ele amigavelmente perto das 20h eu não conseguia colocar ele na cama no horário normal, pois ele tinha muitas vezes acabado de acordar da soneca que ia até 18h ou 19h. Quero, a partir de hoje, colocar as coisas em ordem, fazer ele ir para a cama dele no horário convencional das 20h45 e, claro, ter pelo menos meia hora do dia para mim.

Vamos, com calma e aos poucos, voltando à rotina. Ele já voltou às aulas, agora falta ajustarmos a rotina e retomarmos mais um ano com muitas atividades - tanto para mim quanto para ele.

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