sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Como termina 2011?

E 2011 termina. Um ano tão contraditório que é difícil saber se foi bom ou ruim.

Definitivamente um ano de fortes emoções. Acho que é assim que posso definí-lo, se é que cabem definições neste ano.

2011 começou angustiado, me lembro, com a avó internada na UTI. 2011 termina angustiado, cheio de dúvidas, incertezas e indefinições que não imaginei que estariam rondando minha vida. Termina como começou.

Em 2011 não posso esquecer daquela alegria imensa que senti quando o Arthur nasceu. Não me esqueço daquela madrugada em que a bolsa rompeu e da manhã em que ele nasceu. A memória daquele dia ainda está muito viva na minha cabeça e no meu coração. Não quero esquecer.

Também não me esqueço da manhã em que o telefone tocou, no meio do ano, com a temida - e inevitável - notícia da morte da minha avó. Me lembro de ter desligado o celular ao dormir e de ter religado durante a madrugada. Até que às 7 da manhã ele tocou, com a lastimável notícia. Ainda me lembro do desespero que me acometeu. Preferia esquecer.

Me lembro da manhã em que peguei o carro e saí dirigindo, brava e irritada, mas cheia de coragem. Me lembro das manhãs seguintes que venci o medo de dirigir e continuei tentanto. Lembro de cada dia que tentei, vencendo o medo até o dia que arrisquei ir até o trabalho e me senti pra lá de vitoriosa, mas me perdi na volta.

Me lembro do final da tarde em que o Arthur engatinhou antes mesmo do Natal, data em que eu dizia que ele iria me presentear com uma engatinhada.

E assim se vai 2011. Com Arthur e sem avó. Dirigindo cada dia mais e vencendo a insegurança de dirigir, mas cheia das incertezas do amanhã. Começo 2012 cautelosa e esperando por má notícias - ruim começar um ano assim, mas não dá para fingir que está tudo bem. Sei que, no final, tudo pode e vai dar certo, mas prefiro não estar tão segura assim e esperar por dias melhores. Melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo como cantaria Jota Quest.

Então, que 2012 seja um ano melhor. Para tudo. Para todos.

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