terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Desmame - parte 3: Se rendendo à mamadeira

Era 6 de dezembro e eu chegava na casa da minha mãe triste, chateada, P da vida por causa do trabalho. Cheguei com um: "Você não sabe..." e fui recebida por ela com um "Você não sabe...".

A notícia dela era boa. A minha não. Depois que desabafei, chorei, resmunguei, praguejei, xinguei e fiquei aliviada ela me contou que o Arthur tinha tomado uma mamadeira inteira e finalmente aceitava o novo modus operandi. A notícia dela, pelo menos, serviu como um bálsamo. E me aliviou. Principalmente porque já pensava em desmamá-lo durante o recesso. Agora, seria questão de dias e então tentaríamos a retirada do peito noturno.

Mas, claro, que nem tudo foi tão fácil assim. Nos primeiros dias ele não aceitava a mamadeira comigo, então mantinha a rotina de tirá-lo da cama cedo e levar até minha mãe antes do trabalho - e lá ele tomava o leite, mas agora na mamadeira. Aos poucos, ele foi aceitando e o "trabalho" ficava mais fácil.

Quando saí de recesso, em 21 de dezembro, tentei pela primeira vez a mamadeira noturna. Ele aceitou. No dia seguinte, fomos ao pediatra e a mamãe aqui já comemorava o feito sem nem imaginar o show que me aguardava de noite. Na noite do dia 22, surpresa: um escândalo estrondoso. Birra. Ele se jogava, empurrava a mamadeira, gritava, chorava, esperneava.

O escândalo era tanto que o marido até saiu de casa para não ver. Ele, que era tão a favor do desmame, de repente ficou bravo e saiu. Tentei, mas não insisti. Depois de uns 20 minutos de luta me rendi. Ele estava desesperado e eu, vencida. Aquilo era demais para mim. Me rendi dizendo a ele: Ok, Arthur, eu já entendi. Você ainda não quer largar o tetê. Eu me rendo. E dei o peito. Ele mamou e dormiu. A paz reinou em casa.

Depois o marido argumentou, todo bravo, que eu estava fazendo tudo errado. Que ia fazer o Arthur sofrer e que ele não concordava com aquilo. Eu, sem entender e já derrotada pelo filhote, só argumentei: mas você era a favor do desmame. E ele respondeu: mas não assim.

Ok, eu também não queria e nem quero fazer o Arthur sofrer - tanto que me rendi e resolvi esperar mais uns dias para ver se a gente conseguia, mas também já via que mamar no peito estava virando uma brincadeira para o Arthur. Ele queria brincar com o bico, fazer graça e enrolar para mamar. Eu já estava sentindo que aquele seria o momento certo. Alguns dias antes de tentar desmamar, Arthur chegou a ferir o bico do seio mordendo e brincando em vez de mamar. Isso só aumentava a minha vontade de desmamá-lo. Mas resolvi esperar.

Talvez uns dias a mais fosse o necessário e o suficiente para ele se desprender e aceitar o desmame. Resolvi esperar as festas passarem e tentar mais tarde, afinal estava de férias e teria tempo de sobra para tentar.

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