terça-feira, 6 de novembro de 2012

Das coisas mais difíceis

Amo doce. Sou viciada em chocolate. Mas evito para o Arthur. Tento dar a ele uma alimentação super saudável: sem refrigerantes, doces, açúcar, embutidos e frutas ou legumes que geralmente contém muito agrotóxico só passei a dar depois de 1 ano de vida já que não dá para evitar totalmente e para sempre.

Mas este é um dos fardos mais difíceis que carrego. Todo mundo é contra. Todo mundo me critica. Todo mundo quer oferecer doces - e, pior, agora que ele está maior dão.

Não vai pôr açúcar na mamadeira? Posso dar esse chocolate? Hoje ele comeu um danoninho ou não vai dar danoninho para ele? Olha aqui uma bala, Arthur. E assim vai...

Sou vista por todos como a xiita da alimentação. Pelo menos, é assim que me sinto. As pessoas me olham com cara de exagerada, de louca, de tudo, menos de normal.

O pediatra do Arthur me apoia, mas o resto do mundo parece estar contra. Enquanto o Arthur não comeu danoninho, o pai não sossegou. Depois que a avó soube que ele consome o infeliz, quer dar todos os dias - sendo que eu restrinjo a um por semana, de preferência no final de semana e depois de uma boa pratada no almoço. Outro dia a madrinha deu bala. Em toda festa, querem oferecer o tal brigadeiro - coisa que ele acabou comendo no mês passado depois de ser oferecido em 3 festas seguidas. Isso sem contar as bolachas recheadas, os bolos, isso e aquilo.

Por que é tão difícil respeitar a decisão de uma mãe? Por que é tão difícil as pessoas entenderem que açúcar faz mal e que uma alimentação balanceada e livre de açúcar (o máximo possível e principalmente na infância) é o melhor para o meu filho? Por que as pessoas não respeitam?

Só porque eu AMO doces e os como regulamente preciso dar ao meu filho? Eu não como na frente dele justamente para que ele não fique com vontade. Eu não incentivo este comportamento embora o cultive. Que pai/mãe que fuma incentiva o filho a fumar deliberadamente? Então, por que eu tenho que incentivar meu filho a comer doces?

Aproveitando o tema, este mês será lançado o filme Muito além do peso, que trata da obesidade infantil. Será que com o filme, vai ser mais fácil conscientizar as pessoas da minha posição? Vou gravar no celular e carregar comigo, quem sabe o argumento em vídeo fique mais contundente. Para quem quiser se convencer (ou já é conscientizado do problema), segue o trailer do documentário.

2 comentários:

  1. Didi,
    Mãe entende bem disso, né? No batizado do Erik (ele tinha 7 meses) uma amiga deu bolo pra ele (com recheio, cobertura, tudo). Fiquei brava, ainda mais por ela ser mãe tb e ter feito cara de "como assim não pode?". Hoje em dia eu faço o seguinte, se estiver na rua ou na casa de alguém e a pessoa me perguntar antes eu digo que não. Se ele ver e ficar com vontade eu deixo experimentar e só. Em casa é não, não tem e pronto.
    beijos

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    1. Nivs, acho que depende da mãe, né? Risos. Tem gente que realmente não liga, que acha exagero, mesmo (ou seria apesar?) sendo mãe.
      QUANDO perguntam, eu não deixo dar. QUANDO ele fica olhando e com vontade também ofereço porque não sou nenhuma bruxa. Mas em casa regulo ao máximo. O problema são os QUANDOS.
      Ofereceram, por exemplo, brigadeiro para o Arthur aos seis meses (uma amiga, mãe e que sabe do meu lado xiita). Quase enfartei e quase matei ela. Hoje quem convive comigo já sabe deste meu lado e então na maioria das vezes me questiona se pode ou não oferecer para ele. Meu problema maior, hoje, são as tias e a avó que se consideram no direito de oferecer tudo e qualquer coisa e sempre que quiser (e, pior, ainda colocam a culpa nele: ele que pegou a bala! Tá e quem deixou ele colocar na boca? E quem não tirou a bala do alcance? GRRRR)
      Enfim, tento me controlar mas é difícil. O jeito vai ser sair com o vídeo no celular exibindo por aí. hahahaha
      beijos

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