quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Que isso, mãe?

Eis que, de repente, o mundo se descortina para o meu filho. E ele começa a prestar atenção no que está ao seu redor e, inclusive, o que está passando na tevê. 

Ontem, o menino sapeca repetiu a pergunta quê isso, mãe? duas vezes. A primeira vez foi dirigido às duas berinjelas que estavam na pia. Que isso, mãe? perguntou o menino curioso. E eu respondi: berinjela. Ele não tentou repetir a palavra nem nada apenas acenou com positivo com a cabeça.

A outra vez perguntou o quê isso, mãe? quando na tevê passava a manifestação no Rio e em São Paulo sobre o aumento salarial dos professores e as confusões oriundas dos protestos. Eu me restringi a responder o que ele perguntou sem tentar formular pensamentos mil para explicar o que ele ainda não entende, então apenas disse: greve, manifestações. Desta vez, ele formulou qualquer coisa parecida no intuito de repetir a palavra manifestação e ficou prestando atenção ao que passava na tevê.

Aliás, já tem alguns dias que tenho reparado o quanto ele tem prestado atenção na televisão, que geralmente fica ligada na sala durante à noite. O marido adora assistir filmes, mas há alguns meses que tenho pedido que ele não se atente em filmes violentos enquanto o Arthur está na sala. Ultimamente, o interesse dele pelo que passa na telinha tem aumentado e eu ando pensando seriamente em retirar os programas jornalísticos da nossa programação. Eu, em primeiro lugar, já não faço questão mesmo e, em segundo, acho tudo o que passa totalmente condenável, enviesado e prejudicial a uma criança de dois anos, então tenho pensado seriamente em adotar os canais infantis como alternativa - aliás, alternativa nem sempre boa porque a quantidade de propaganda é avassaladora e totalmente prejudicial à criança, mas enquanto o Arthur não associa propaganda com consumo acho que dá para levar.

Tirando isso, tenho achado muito interessante a curiosidade dele pelo que está e acontece ao seu redor. Vou, inclusive, procurar estimular sua busca por coisas novas e vou inverter os papéis e passar a perguntar a ele o que são as coisas. Quem sabe assim não temos uma troca mais interessante sobre o mundo que nos cerca?

Um comentário:

  1. Didi, só vi depois que eu já tinha postado sobre o assunto! =) Aqui eu achei uma graça no início mas como passo o dia todinho com ele confesso que não aguento mais responder à pergunta, que ele faz mesmo a todo instante (até para o barulho do vento da janela ou na porta).
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