terça-feira, 8 de abril de 2014

Por bem ou por mal: a fórmula mágica

Há muito tempo que lá em casa as coisas estavam muito ruins. Os tais terrible two que não tem fim e insistem em me deixar de presente um menino teimosão, que não quer se vestir, que não quer recolher brinquedo, que não quer entrar no banho ou não quer sair de lá, não quer sair de casa, não quer, não quer, não quer. Aliás quer, quer tudo, quer muito, mas só do jeito dele.

Então, um dia sem querer, descobri que se eu levasse ele por mal (ou seja, aos trancos e barrancos e chorando) ele logo se dispunha a ir por bem (sem drama, sem choro e com risadas). Então, peço ajuda dele para fazer as coisas ou dou uma ordem (trocar de roupa, vestir casaco, ir tomar banho, sair) e se sou ignorada, na mesma hora eu pergunto para ele: vai XXXX (seja lá o que for) por bem ou por mal? No começo, ele se dispunha logo, mas com o tempo ele aprendeu que se me ignorasse eu continuava lá igual uma idiota repetindo a pergunta como se não tivesse fim.

Então, a idiota achou que era demais e estabeleceu que ia perguntar três vezes. Quando ele me ignora, as três perguntas são sequenciais: vaiporbemouvaipormal-vaiporbemouvaipormal-vaiporbemouvaipormal? Quando ele argumenta, eu respiro fundo, conto até três em silêncio e pergunto de novo pelo mesmo número de vezes: - um - vai por bem ou vai por mal; dois - vai por bem ou vai por mal; pela última vez - vai por bem ou vai por mal.

Agora, se até a terceira for questionada ou ignorada, aviso logo que ele vai por mal e ele esperneia, chora, pede o chão e avisa que vai por bem. E VAI! Enxugando as lágrimas e rindo. Como se não tivesse disputado sua teimosia comigo. Eu fico P por ter que usar esta tática para conseguir as coisas, mas ao mesmo tempo me sinto vitoriosa de não ter que entrar mais em pé de guerra com ele e ficamos apenas neste quem manda mais.

Como eu sei quando as coisas funcionam com ele, às vezes, quando ele ainda não está totalmente irritado também já posso ir pedindo as coisas afirmando que ele vai me ajudar por bem. E tudo flui numa maravilha. Não podia ser sempre assim?

E aí, qual é a sua tática de paz?

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