sábado, 9 de julho de 2011

Pra começar

Engraçado como o mundo muda depois que a gente vira mãe. Na verdade, não foi o mundo que mudou, fui eu. Agora, tudo o que penso e vivo tem relação direta com o Arthur. Que Arthur eu quero preparar para o mundo e, principalmente, que mundo eu quero apresentar para o Arthur - incluindo especialmente que mundo eu NÃO quero apresentar para ele embora saiba que grande parte das coisas que incluo nesta lista mais cedo ou mais tarde vai - independentemente de mim - se apresentar a ele.

Um exemplo do que não quero NUNCA seguir é o da minha cunhada que usa EXAUSTIVAMENTE a violência para educar os filhos. Embora eu "entenda" que este é um repertório que ela tenha vivido não consigo entender - nem entre aspas - como ela consegue repetir este histórico tendo sofrido tanto com ele.

Já passei por diversas situações com ela em que ela agride praticamente gratuitamente os filhos e já me intrometi uma vez segurando a mão dela para que ela não batesse no filho, mas ontem foi a primeira vez em que isso aconteceu depois que o Arthur nasceu. Com ele no colo, a cena me pareceu ainda mais estarrecedora e mais uma vez tentei convencê-la de que esta não é a forma correta de se educar um filho, mas ela não se convence e, pior, ainda acha que vou pagar a minha língua quando o Arthur crescer. A minha esperança é exatamente esta: que ela possa ver através da forma em que eu criar o Arthur que é possível educar uma criança sem que seja necessário usar a violência. Só espero que não seja tarde demais.

2 comentários:

  1. Meus sentimentos, para você e sua família. Não sou de fazer muitos comentários, entretanto sigo o seu blog desde o início, acho que 2003.

    Espero que você receba todo o conforto necessário e saiba que pessoas queridas nós nunca esquecemos, mas que aonde quer que ela esteja estará olhando e emanando amor para você, o pequeno Arthur e seu marido.

    E tenha certeza, que mesmo de maneira inconsciente o Arthur tem esse amor gravado no coração dele.

    Paz e muita luz para todos.

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  2. Oi Fabiano, muito obrigada. A dor vai passando, dia a dia, um pouco por vez até que, um dia, ela vai passar de vez. No lugar disso vai ficar uma saudade enorme, que não vai passar nunca, mas que vai nos fazer lembrar das coisas boas e dos momentos que vivemos juntos. Obrigada!

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