terça-feira, 23 de junho de 2015

Palavras, palavrinhas e palavrões

Aos poucos, as palavras difíceis começam a ser pronunciadas. Alguns erres aparecem em certas pronúncias e ele fica claramente incomodado com palavras que não sabe dizer ou sons que não sabe pronunciar. Procuro repetir a palavra de forma correta sem destacar o erro ou apontá-lo, pois isso o deixa bastante irritado.

Ele mostra que não consegue pronunciar, mas que sabe o que é correto. Ainda não me preocupo, mas ficarei atenta quando chegarmos aos cinco anos caso as palavras não estejam sendo pronunciadas certas. 

Não vejo problemas nos fonemas, mas estou atenta. Os intrometidos de plantão que costumam repetir o "zeito" que ele fala errado me incomodam mais que ele. Entre os erros está a troca do g ou j pelo z (zeito, zelatina, zanela, etc), mas o r ele não costuma trocar. Aliás, tanto as pessoas tem reforçado a falta do r que ele passou a substituí-lo pelo i, que me incomoda mais que sua ausência.

De vez em quando, fico testando e treinando ele pedindo que ele repita algumas palavras difíceis. Ele acha que é só um brincadeira e fica me pedindo mais e mais palavras. Com isso, vou especulando seus avanços. Recentemente o "catro" passou a ser qUAtro com direito a ênfase dele mesmo!

E assim seguimos. Aliás, seguimos não só com palavras difíceis, mas também com palavras em inglês. Ele tem adorado as aulas da escola, que acontecem uma vez por semana e duram 50 minutos e são quase inteiras em inglês. Aos poucos, ele vai introduzindo novas palavras em seu vocabulary e nós vamos nos divertindo. Os números até dez, o tempo lá fora, o humor e as cores já fazem parte de sua rotina e vira e mexe coisas novas aparecem. Ele, interessado é curioso, costuma perguntar como é isso ou aquilo é vamos ampliando seu repertório com nossa rotina e cotidiano.

Eu, inclusive, estimulada pelo seu gosto pela língua tenho pensado em matriculá-lo em uma escola de inglês e, assim, aproveitar o tempo que ele estuda para voltar a estudar também!

Mas não foram só as palavras em inglês que começaram a fazer parte do repertório do meu filho este ano. Com a idade avançando e os contatos e noção de realidade da vida em volta crescendo, ele passou a ouvir e entender os palavrões! Em casa, há algum tempo não falo mais. Mas a vovó e as tias sempre soltam alguns na presença do pequeno. Ele, aos poucos, vai aprendendo e vez ou outra repete alguns. No trânsito, muitas vezes, também deixo escapar mas acabo repreendida pelo pequeno ser instalado ema uma cadeira no banco de trás. 

Ainda fico na dúvida se putz, por exemplo, é palavrão ou força de expressão, mas já disse a ele que é palavrão e ele tenta não mais dizer assim como repreende quem fala quando ouve.

Hoje, durante no papo na cama antes de dormir, ele me perguntou se yes era palavrão, pois a amiga da escola tinha dito yes quando foi escolhida para ser a pegadora. Então, expliquei que yes era sim em inglês e que a amiga estava comemorando por ser a pegadora.  Aliviado por não ser palavrão, meu baixinho começou a repetir exaustivamente a palavra. E, depois, fazer combinações escalafobéticas com palavras em português, inglês, yes e o números. E assim seguimos com palavras, palavrinhas e palavrões - em português e em inglês!


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