segunda-feira, 8 de julho de 2013

Volta às aulas e uma questão: e agora, José?

Todo mundo falando de férias, planejando férias e eu aqui planejando volta às aulas e me preparando psicologicamente para encarar o desafio de terminar a pós.

Como assim terminar se eu nunca falei disso aqui? Bom, na verdade não sei se já falei disso aqui ou não, mas o que aconteceu foi o seguinte (e senta que lá vem história):

Em agosto de 2009, entrei na pós-graduação. Especialização única em jornalismo social embora a PUC-SP me permitisse fazer especialização em duas áreas: uma maior e uma menor. Como nenhuma outra me agradava (mentira, jornalismo online até interessava, mas era no mesmo horário do social, então abortei a ideia) resolvi fazer uma concentração só. Pois bem, cursei feliz e aplicadamente um ano e meio de pós até que chegou dezembro e a barriga estava enorme. Como o nascimento do Arthur estava previsto para abril de 2011 resolvi trancar o último semestre. Não ia adiantar tentar cursar porque as aulas recomeçariam em março e como mãe de primeira viagem não queria arriscar mais um semestre em licença sem saber se ia mesmo dar conta. Além disso, sou caxias e gosto de ir às aulas e acompanhar no modo licença-maternidade não me obrigaria acompanhar as aulas e eu considerava que ia perder muito com isso então tranquei mesmo.

E curti minha licença maternidade. E seis meses depois de trancar, antes mesmo de voltar a trabalhar ou acabar a licença, fui pesquisar em julho as matérias ofertadas e etc e tal. E para minha surpresa o curso não estava sendo ofertado, mas como sempre ninguém sabia se manifestar ou informar se o curso tinha acabado ou o quê. Aguardei mais seis meses que ainda podia manter trancado e quando chegou a hora de retornar, nada de curso e nada de informação.

Entrei com um processo contra a PUC pedindo meus valores de volta, já que não poderia finalizar o curso como tinha planejado.Perdi na primeira instância e recorri. Perdi na segunda e vou ter que voltar escolhendo qualquer coisa como concentração menor. Para minha infelicidade acabou também o tal do jornalismo online, então vou fechar em jornalismo político mesmo já que é quase o que me resta. Mas então o desafio é grande: terminar a pós e, obviamente, concluir o curso com um trabalho final, que pode ser algo prático como livro-reportagem ou uma monografia mais teórica.

Consegui liberação no trabalho para finalizar a pós, que deverá ser cursada no período da manhã em um dia da semana pelo semestre inteiro, mas ainda tem o desafio do trabalho final. Em 2010 tinha escrito um projeto sobre um livro-reportagem sobre os cães-guia. Na época, o assunto ainda não tinha ganho mídia e nada e em 3 ou 4 meses, na minha licença, o tema ganhou muita audiência e repercurssão devido ao lançamento de um livro daquela advogada Thays, a primeira a conseguir aval para andar nos meios de transporte com seu cão-guia e abriu procedência para muitos outros deficientes visuais exercerem seu direito de ir e vir.

Quando o assunto ainda não tinha sido explorado, eu achava esse assunto fascinante. Quando eu ainda não sabia em quê focaria um mestrado eu achava esse assunto bacana. Quando eu ainda tinha vontade de escrever um livro eu achava esse o assunto perfeito para mesclar literatura e jornalismo. 

Mas agora, depois de mais de 2 anos, eu não sei. Hoje, o assunto já foi explorado. Hoje eu sei que quero fazer mestrado focado em Direitos Humanos e Políticas Públicas. Agora, eu acho que se eu escrevesse uma monografia, ela poderia servir de projeto para meu mestrado em Direitos Humanos, que quero fazer na Universidade de São Paulo. Agora eu estou aqui pensando não só em quê é melhor eu fazer por mim como pela facilidade em fazer uma monografia com um filho de 2 anos e sem folga ou férias como uma boa e legítima mãe.

Eis que me encontro nesse dilema além do trabalho de me preparar psicologicamente para volta às aulas. E agora, José?

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