terça-feira, 15 de janeiro de 2013

De volta às aulas

Adoro que o Arthur vá a escola. Gosto que ele se socialize com outras crianças, que ele siga regras e tenha horários, gosto que ele receba estímulos diferentes com cola, tinta, lápis, massinha, lego, etc e tal. Quando o coloquei na escola com quase um ano e meio sentia necessidade que ele fizesse tudo isso e por isso mesmo que o matriculei.

Ele teve um mês de férias e neste período eu e o pai dele também ficamos de férias. Ele ficou um grude conosco e ainda se adapta ao desgrude - tanto que todas as manhãs ainda pergunta pelo pai, que quando ele acorda (e até quando eu acordo, aliás) já saiu para trabalhar. Aos finais de semana ele também pergunta pelo pai, que só chega do trabalho no final da tarde. Então seguimos com o desgrude. Quando ele pergunta pelo pai eu já vou logo dizendo: O papai está trabalhando.

Há uma semana também voltei a trabalhar e ele foi para a casa da avó, já que ele só voltou para as aulas só ontem. Mas na casa da avó pode tudo, né? Levou motoca, ficou com as tias, a avó, o bisavô, o tio e tudo mais.

Mas esta semana as aulas voltaram. Eu fui avisando diariamente e perguntava, como no final do ano passado: Quem vai para a escola? No começo ele não respondia nada e ficava me olhando, mas depois foi respondendo animado como antes: Eeeeuuuu! Além de prepará-lo para o retorno eu também fui me preparando porque sabia que ia ser um chororô, um drama e tal.

Ontem chegamos pontualmente às 8 na escola. Ele não demorou muito - pelo menos, não tanto quanto eu imaginei que ele demoraria - para ir para o colo da professora. E logo que entrou na escola já foi apontando para a sala, onde ele costuma ficar e já estavam as outras crianças. O levei até a sala e depois ele foi para o colo da professora. Em pouco tempo ele saiu do colo dela e foi para o chão brincar e interagir com as crianças. Eu achei aquilo lindo. Sem nenhuma lágrima no primeiro dia seria inacreditável. Então, o vendo bem, saí a francesa. E quando estava na porta ele vem desembestado de lá de dentro chorando e pedindo mamãe. Coração na mão eu fui embora (podem xingar de relapsa e coração de pedra, tudo bem). E liguei na escola assim que cheguei no trabalho. Ele estava bem, como sempre. Já tinha tomado o lanche e estava brincando normalmente.

Hoje, no segundo dia, ele enrolou para levantar. Meu menino não é bobo, não, fez de tudo para ver se chegava um pouquinho mais tarde na escola e conseguiu, viu? Ele enrolou tanto que ele só chegou lá às 8h20 hoje. Com mais crianças na sala e lego e massinha bem a vista, mesmo que ele tenha se agarrado em mim e feito charme acabou indo para o colo da professora. Mas hoje a professora o levou lá para o fundo e o distraiu enquanto eu saía para evitar o chororô. Não sei o quanto a técnica realmente funciona ou se quando ele percebe que realmente eu não estou mais lá ele chora, faz cena e depois fica tudo bem, mas eu pelo menos não saio de lá me sentindo uma bruxa má que largou a criança chorando para trás.

No meio termo entre ele ir para o colo da professora e eu sair fiquei sabendo que:
* ele também anda chorão na escola. É ruim. Ele realmente está numa fase totalmente chorão. E irrita. E me incomoda. E me dá vontade de fugir. Mas me consola saber que não é só comigo. Que não é pessoal.
* ele foi uma das poucas crianças que não chorou na adaptação. Assim, chorava para entrar e ficar, mas que depois durante sua estadia não chorava por falta dos pais. Chorava sim por uma disputa de brinquedo, porque se exaltou, se irritou, brigou, caiu e etc. Mas não porque queria os pais. Maduro, não? Confesso que é um orgulho da mãe. Por causa disso uma das professoras o considera bem humorado.
* Todo mundo falou do quanto meu menino cresceu no último mês. Eu, que separo roupas que não servem mais, percebo. Eu apesar de estar no dia a dia vi o quanto ele esticou nestes últimos 30 dias. E fiquei feliz de saber que não é coisa de mãe coruja, né. Que mãe não gosta de ouvir: nossa, como ele cresceu!

Tem prós. Tem contras. Mas vamos vivendo e sobrevivendo a volta às aulas.

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