quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Contra fatos não há argumentos

Assim diz o ditado. Assim tenho feito em casa. Já percebi que nem sempre conversar com o Arthur é um bom negócio, principalmente quando ele está fora de controle, com sono, com fome ou bravo. Conversar o deixa ainda mais fora de si e descontrolado. 

Então, aos poucos, aprendemos a lidar um com o outro. Mas começamos a entender que nestes momentos, a melhor coisa é ignorar. É assim mesmo. Deixá-lo repetir à exaustão os seus queros e não queros, deixá-lo berrar e espernear e extravasar tudo o que está de errado ali para ele seja diante de uma negativa, de uma coisa que fizemos e o desagradou, de seu cansaço e sua não habilidade para expressar o que quer ou não quer, etc e tal.

Pois bem. Parece até maldoso dizer que o deixo e o ignoro e contraditório fazer isso sendo a pessoa que nunca tolerou que ele chorasse até à exaustão e nunca o deixou chorando por qualquer motivo que fosse. No entanto, nos seus terrible two e principalmente em dias em que tudo vai mal (se eu tenho meus bad days porque ele também não pode?) é a única coisa que funciona.

Já percebemos que quanto menos argumentamos e menos tentamos entender e intervir na situação, melhor e mais rápido ela se soluciona porque ele se acalma, pede colo e chupeta e se consola entendendo que ele não pode, ele não vai ou se rende ao seu cansaço e dorme confortado por um colo e um abraço. Aprendemos em nossa convivência - nem sempre amável e nem sempre pacífica - que somos muito parecidos e que cada um precisa de seu tempo de recuperação seja de uma frustração, de uma bronca, de uma negativa ou para entender que só estamos cansados.

Aos poucos estamos aprendendo a nos dar este tempo de intervalo e que, a cada dia, também tem diminuído. E, geralmente, depois do turbilhão, o menino se acalma e volta a ser o menino mais amável do planeta como se nada tivesse acontecido. E então eu tenho cada vez mais certeza de que estamos no caminho certo na construção de nossa parceria e convivência harmoniosa.

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