sábado, 30 de março de 2013

Apagamos as velinhas


Volto depois para contar como foi. Estamos aproveitando os últimos dias de férias. Na quarta volto com força total (mas talvez só consiga aparecer mesmo aqui mais pro final da semana, já imagino as milhares de coisas que me esperam no trabalho!!!)


domingo, 24 de março de 2013

2 anos


E faz 2 anos. Não sei se sentir o tempo passar, assim, te olhando é o melhor ou o pior desta vida.

Sem dúvida, é lindo te ver crescer e desenvolver suas habilidades, mas pensar que dois anos já se passaram me faz entender a mágica desse amor que apaga tudo que foi ruim e faz nos sentir impotente diante desse tempo que escoa na velocidade da luz levando embora para sempre minha criança.

Sua inocência vai embora enquanto você cresce. Há menos de um ano, por exemplo, você chamava o elevador dando o sinal de vem com a mãozinha em direção ao elevador e hoje já sabe que tem que apertar o botão e não faz mais essa gracinha tão linda e inocente.

E tantas outras gracinhas vão embora com o tempo. Que dor no coração. Será que é isso que faz todo mundo começar tudo de novo outra vez?

Eu ainda não esqueci da dificuldades que tivemos nos primeiros dias e na luta que travamos por uma amamentação exclusiva por seis meses, mas reconheço que hoje as dores não são mais tão fundas e nem mais tão doloridas. Assim como o nascimento apaga as dores do parto instantaneamente te ver crescer também está apagando as dores iniciais e todas as dificuldades que passamos juntos. Aos poucos, as dores se tornam cada vez mais escuras em minha lembrança enquanto as coisas boas ganham, com o passar do tempo, um brilho que somente a saudade e o tempo podem dar. E assim, aos poucos, o que era ruim fica invisível e as coisas boas ofuscam tudo que está em volta. Estas lembranças boas brilham mais que as luzes da cidade em noite escura.

Só faz dois anos e já sinto uma saudades imensas de quando você era um bebê.

Ao mesmo tempo que ver você perder sua inocência e ingenuidade me dói, eu tenho a satisfação imensa de te ver crescer. Ver você aprender novas palavras e se desenvolver me enche ainda mais de amor e alegria. Me encanto com seu jeito, com seus carinhos, com sua risada muito embora sua braveza e suas manhas me irritem quase na mesma constância e proporção.

Dói e pulsa. É assim meu amor por você. Não vejo a hora de te ver formar frases, conversar, ler e escrever. Não vejo a hora de te conhecer de verdade, conhecer seus gostos. Seu humor. Te conhecer e não mais te desvendar e reconhecer sinais como tem sido até hoje, mas temos tempo. Eu não vejo a hora, mas também não tenho pressa. Pode ser contraditório, mas quem disse que amar e criar um filho não seria?

Então filho tome para você esse tempo que enquanto para mim escorre pelas frestas da vida para você são suaves e necessários para crescer e ser feliz. Tome o tempo que você precisa para se desenvolver porque eu estarei aqui para te acompanhar e te dar apoio quando precisar.

Você ainda tem muito tempo. E eu espero que você saiba sempre se respeitar e levar em consideração tudo o que seu coração te diz. Você tem a vida toda pela frente e hoje só completa 2 anos.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Reunião escolar

Esta semana tive a primeira reunião escolar do Arthur do ano. Já contei sobre a minha primeira experiência que simplesmente odiei. No entanto, desta vez achei que a reunião foi muito melhor - embora tenha percebido que a dona da escola trate os pais feito retardados em algumas abordagens sobre o desenvolvimento das crianças.

Nesta reunião ela abordou questões mais práticas da escola como os horários, o uso do uniforme agora obrigatório para o maternal, solicitou copos fechados para as crianças, falou do desfralde e do uso da chupeta e do paninho na escola, que ainda são livremente permitidos. Reforçou a necessidade de não se falar de forma infantil com as crianças e de apenas reforçar de forma correta as palavras que eles falam errado sem a necessidade de correção explicita por enquanto.

Depois dos informes gerais, a professora falou individualmente sobre cada filho com cada pai. E então a professora do Arthur me diz que ele está bem desenvolvido na fala -  mas juro que a mãe neurótica acha que não -, mas reforçou a necessidade de batermos em algumas palavras como a tal suco, que até hoje não saiu. Se bem que esta semana saiu o tal tio, que não saía nem por decreto presidencial. A professora também falou sobre o que eu já sabia que era o gosto dele por música e sua evolução para a tirada da fralda já que ele anuncia e pede para ser trocado. Ela também me disse que ele adora estórias e isso me surpreende. Ele tem poucos livros mas raramente ele me deixa lê-los. Ele prefere folhear até o final só para dizer "bou" ao final. O acesso dele aos livros é irrestrito e ele costuma brincar com eles regularmente. Como sei que ele não para, quero por enquanto apenas familiarizá-lo com os livros para quando conseguir se concentrar lermos os livros juntos.

Por último ela me disse que ele ainda não se concentra tanto porque ele ainda é muito novo e que isso vai melhorar. Por isso, ela ainda não começou a trabalhar atividades dirigidas com ele.

Fiquei muito satisfeita com essa reunião. Apesar de que algumas pequenas coisas estão começando a me incomodar na escola vou esperar para ver como as coisas caminham ao longo do semestre mesmo porque o Arthur é super bem tratado na escola e tem atenção suficiente para suprir suas necessidades. Bem ou mal, a escola ainda é um lugar que tem mais coisas boas do que ruim. E vamos seguindo adiante.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Com a mão na massa

Este ano consegui minhas férias em março como eu queria. Férias em março é me permitir colocar a mão na massa para fazer todas as coisas do aniversário do Arthur. E este ano eu me adiantei. Em novembro e dezembro já tinha decidido o tema (que vai ser balão) e tinha começado a fazer artes de convite e bolar lembrancinhas. Em janeiro finalizei as lembrancinhas, em fevereiro mandei imprimir e com as coisas adiantadas, acabei com tempo de fazer mais coisas ainda.

As bandeirolas
Estamos confeccionando os balões que enfeitarão a mesa do bolo (a quatro mãos com a ajuda da Dinda), fiz até cardápios para colocar nas mesas, vou com uma amiga na 25 de março comprar uns adereços a mais, fiz bandeirolas, convites impressos, encapei caixas para a mesa do bolo, quero fazer um painel de fotos (este é o único que não sei se vou fazer), quero fazer as nuvens em 3D para enfeitar o salão e mais os centros de mesa. Etc e tal.

As lembrancinhas
Está sendo uma verdadeira delícia. Um encanto. Além de distrair minhas tardes livres com handmade, que eu adoro, ainda vou deixar a festa dele toda personalizada.



sexta-feira, 15 de março de 2013

Mais um ciclo se fecha - ou se abre?

Já contei algumas vezes sobre o trabalho voluntário que desenvolvo, há 4 anos, através da troca de cartas com crianças em vulnerabilidade social  através do Inpros.

Comentei via Facebook que mais uma vez teria que finalizar a troca de cartas. Já é a segunda criança com quem me comunicava. Da primeira vez, trocava cartas há três anos e a menina saíra do CCA - equipamento da prefeitura em que as crianças ficavam no período contrário ao da escola e era parceiro do projeto - e não tive retorno da carta de adeus (leia aqui). Desta vez, o motivo foi menos nobre. O HSBC, que mantinha a parceria com um abrigo em Curitiba, é que finalizava o patrocínio. Sem verba, sem trabalho.

Desta vez, não escrevi a carta aqui. Como a criança era de Curitiba e eu fui há pouco tempo a trabalho escrevi sobre isso - que tinha conhecido da cidade dela -, mandei uma lembrança (um bloco com caneta) e me despedi desejando que ela fosse muito feliz.

Hoje recebi seu retorno. Como, desta vez, a finalização do projeto era programada houve prazo para a carta de adeus e retorno assegurado, o que pelo menos me deixou aliviada. E então recebi a carta dela e chorei ao ler. Ela, uma menina de 9 anos, estava em um abrigo por medida protetiva (sei apenas isso, não sei o real motivo) e poderia tanto ser reintegrada ao lar como adotada. Sua carta me conta que ela foi adotada e conta feliz que vai morar longe do Brasil, na Itália. Fala de seus novos pais com alegria (ela nunca tinha mencionado em suas cartas sua família e nem teve coragem de me contar que morava em um abrigo, tudo que sei de sua situação foram informações passadas pelo próprio projeto) e me pede meu endereço para que possamos continuar nos correspondendo. A premissa do projeto é que isso jamais aconteça, mas mesmo assim irei checar com o projeto esta possibilidade.

Fiquei feliz de verdade. Ela foi uma menina muito difícil de estabelecer um vínculo, que estava se fortalecendo apenas agora um ano depois do início da troca de cartas. Ela nunca falou de sua família - exceto dos irmãos -, mas agora me conta contente de seus novos pais. Não poderia ter sido melhor. Não poderia começar meu final de semana de forma mais agradável.

Para mim, mais um ciclo se fecha. Para ela, um novo ciclo de abre. E eu só posso desejar que seja lindo!

segunda-feira, 11 de março de 2013

Finalmente adaptado?

Estou começando a acreditar que sim. Que ele está finalmente adaptado. Já disse aqui como ele tem ido mais animado para a escola no período da tarde. Pois bem.

Na minha primeira semana de férias o levei e o busquei todos os dias na escola. Adoro esta interação com professoras e babás e adoro senti-lo quando entra e sai da escola. Estava até sentindo falta já que com o novo horário eu não pego e nem busco mais ele. 

E sabe o que temos? Um menino que não chorou nenhum dia para ir à escola, um menino que não queria ir embora da escola, um menino todo animado e que ganhou até elogio da nova professora - e da antiga também!, mas ela quase não conta porque tem o Arthur como o chaveirinho dela. Um menino que dá tchau para mamãe e fica na escola e que ganhou o apelido de mosquitinho da diretora da escola.

Já devo ter falado (ou não, não me recordo ao certo) o quanto a escola deu uma "caída". Até o ano passado eles tinham turma até a quarta série e, no final do ano passado, percebi que as coisas estavam bem confusas. Este ano, muitas crianças da turma do Arthur não são mais da sala dele e a turma, que era de 10, hoje são de apenas 5 contando com ele. Além do mais, agora eles estão apenas com turma até o pré-escolar.

Gosto que ele tem mais atenção, mas sinto também que as coisas abalaram as estruturas da escola e mexe comigo tantas crianças terem saído da escola. Mas seguimos. Também me estranha não terem mais o Ensino Fundamental, mas o negócio não é meu, então não tenho o que palpitar (embora a curiosidade me corroa, confesso). Entre as mudanças que mais adorei foi a nova professora, que eu já conhecia e que antes dava aula para as crianças maiores e faz a parte administrativa da escola. Ela relata bem o dia do Arthur e então eu fica sabendo quais atividades ele desenvolveu na escola - o que é uma delícia.

A prova de fogo será no final do mês, que pretendo viajar e ele vai ficar 3 dias sem ir à escola. Será que vai dar certo? Veremos...

sexta-feira, 8 de março de 2013

Como entender esse menino?

Estou de férias, mas o menino continua com sua rotina. A única diferença é que dorme até o sono acabar e passa as manhãs comigo. Depois vai à escola normalmente e eu fico com a tarde livre para fazer o que eu quiser ou precisar.

Mas como entender esse menininho tão genioso? Hoje propus que ele me ajudasse a colocar as roupas dele que estavam no cesto para lavar comigo - assim consigo ficar de olho nele, sabe como? Ele foi todo amoroso e tranquilo, mas o mundo desabou tão logo eu coloquei o "naná" (manta) dele no cesto. Chorou, brigou, puxou a manta. Fez um escândalo danado até que eu devolvesse a manta. Em prol da minha sanidade mental e bem estar familiar devolvi e logo. E então fomos para a área de serviço e ele me ajudou a colocar as roupas na máquina - menos o "naná", obviamente.

Fechamos a máquina, coloquei o sabão e o amaciante e liguei. E então ele começou a brigar para colocar a manta. Abri de novo a máquina, mas ele se recusava a colocar a manta. Fechei de novo e liguei. E quando ele viu a máquina funcionando caiu no choro esticando a manta em direção à máquina, que já estava em funcionamento. Chorou copiosamente até que o sabão começou a se formar e ele começou a rir apontando para o "fão" (sabão) se formando.

Agora diz, como entender esse menino? Vai pensando que é fácil...

sexta-feira, 1 de março de 2013

Afazeres de férias

* Ir ao cinema sozinha
* Levar o sobrinho ao cinema
* Comemorar 4 anos de casada
* Terminar as lembrancinhas do aniversário do Arthur
* Ir no Outlet da Pucket comprar meias para o Arthur e para mim
* Distribuir os convites de aniversário do Arthur
* Passar uma tarde com as amigas (são 3 amigas, portanto, serão 3 tardes)
* Ir na 25 de março comprar forminhas para a festa do Arthur
* Terminar enfeites do aniversário do Arthur
* Comemorar 2 anos do meu pequeno
* Assistir a, pelo menos, 2 filmes da minha lista de não vistos
* Ir para praia
* Cuidar de mim (depilação, cabelo, unhas, eu mereço)
* Ir ao correio e despachar umas encomendas
* Levar os antigos brinquedos do Arthur para doação
* Arrumar o armário
* Ir na Tok Stok comprar um cabides de parede e pregá-los no quarto
* Chamar um marceneio para fazer um orçamento de armário

Acho que tá bom, né? Então, se eu ficar mais tempo offline que o de costume, me perdoem, mas estarei curtindo as férias. Volto assim que der.

ATUALIZADO TERÇA-FEIRA, DIA 06,