terça-feira, 21 de agosto de 2012

Adaptação - O 1º dia

Ser mãe é pagar a língua. E eu já paguei a minha assim, em tão poucos dias. Na sexta-feira disse aqui que achava que o Arthur não ia chorar no primeiro dia de adaptação. Não só chorou como não desgrudou.

Levantei no horário habitual, tomei banho e sequei o cabelo, tomei café, preparei a mamadeira e quando ia começar a preparar a bolsa do Arthur ele despertou. Tomou toda a mamadeira, arrumei a bolsa e o troquei, como sempre.

E então saímos, a pé, para a escola que fica a duas quadras. Chegamos lá, ele foi com a professora, entrou na sala com os "nenéns" e ficou. Eu saí da sala e esperei. Do lado de fora, feito uma barata tonta, procurava um canto onde encostar para ler - juro! eu levei um livro! -, mas como não tinha nenhum banco resolvi registrar o momento. Não deu tempo nem de publicar a foto porque Arthur começou a se esgoelar na sala. Olhei pela janela só para me certificar - como se não soubesse - de que era ele mesmo quem chorava. Foi só me ver que estendeu os bracinhos em minha direção. Contornei a sala e entrei enquanto ele ainda chorava se debulhava em lágrimas. Entrei na sala, me agachei ao seu lado e ele se jogou em meus braços. Abracei, enxuguei as lágrimas e ele até sorriu e voltou a se juntar às crianças, que iam para a outra sala. Mas não quis, andou até outra sala e a professora me aconselhou deixá-lo olhar tudo que queria e ir onde quisesse.

Então, ele resolveu que queria mesmo ficar andando na parte da frente da escola até que uma das professoras o levou para o tanque de areia colorida, que fica nos fundos. Ele ficou lá brincando e eu fui aconselhada a ficar com ele, enquanto ela iria para a turma dela. Em pouco tempo, a turma dele viria para a parte de trás para o lanche. Ele até se juntou à turma, mas não comeu. Vários pontos: o lanche oferecido era suco e bolo e como não está habituado a comer bolo, ficou só com o suco mesmo. Ainda mais, às 8h30 não é o horário em que ele está acostumado comer. Além de não comer, causou horrores: não parou, rasgou o guardanapo do amiguinho - o que causou reação em cadeia - e ainda começou a distribuir tapa em uma amiguinha que estava ao lado dele. Não, não vai ser fácil e eu já estou com dó da professora.

Depois, todos foram para o parque - onde há escorrega e aqueles brinquedos plásticos todos. Ele acompanhou a turma com alegria, afinal adora um parque, mas eu tentei ficar de longe. Mas ele foi e logo estava por perto me chamando. Como ficou parado no portão, resolvi entrar na área de gramado sintético. Ajudei-o a brincar, interagir e quando ele veio ao meu encontro ele foi abraçado e beijado. Interagiu e eu também, com as outras crianças.

O combinado para este primeiro dia era ficarmos lá até às 9h30 e sair, mesmo ele querendo ficar mais. E foi o que fizemos. Ele veio para meu colo, deu tchau e mandou beijos para os amiguinhos - deu até um beijo de tchau na professora, coisa muito rara de fazer - e saímos. Para amanhã, combinamos que eu ficarei mais distante para que ele seja observado. Ficarei por perto, mas não ao lado. Amanhã conto como foi!

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