quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Quase 3

Todo ano eu planejo o aniversário do Arthur com meses de antecedência. Toda vez eu planejo o tema, faço lista de convidados, elaboro lembrancinhas e convites, mas desta vez eu não pensei em nada, eu não planejei nada e estamos há dois meses da data.

Na verdade, este ano, eu decidi que ia viajar. Que ia me dar uma super viagem de férias. Convidei o marido que topou, então eu dediquei meu investimento financeiro para a viagem, que vamos fazer sem o filho e celebrar os 5 anos de casados.

Eis que, um dia desses, conversando sobre pessoas que gostam do Arthur etc e tal, o marido disse que ia convidar fulano para o aniversário do Arthur porque a tal pessoa sempre pergunta do Arthur para ele, pede fotos e etc e tal. E eu perguntei: que festa? E contei que para este ano eu não ia fazer festa, que eu tinha planejado viajar e não ia gastar dinheiro com festa para ele (afinal, todo ano eu que faço tudo, inclusive pagar cada centavo da festa do Arthur), que ia fazer no máximo um bolo para os familiares próximos. E ele se doeu pelo fato e eu, que não sou muito boazinha, já respondi que se ele quisesse, ok, ele poderia pagar e fazer a festa já que nos anos anteriores quem tinha feito tinha sido eu.

Só que eu sou uma pessoa que ama festas, né? E aí, depois disso, a pessoa ficou aqui toda injuriada querendo fazer uma festa - nem que fosse bem pequena - para comemorar os 3 anos do filho. E agora eu estou aqui, há 2 meses, pensando em o que será que eu vou fazer para comemorar a data?

Já pensei no tema, já planejei executar algumas coisas e já estou até pensando em uma possível lista de convidados bem enxuta para celebrar além de fazer uma festa na escola para não ter que convidar os amigos de lá. Eu só sei que ando pensando nisso mesmo tendo me prometido que eu não ia fazer festa - só um bolo para os familiares. E agora fico aqui brigando com minha vontade de festa e sem saber exatamente o que fazer. E, agora José?

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cadê a soneca que estava aqui?

Não sei se é a tal falta de rotina, que insiste em se manter lá em casa ou o quê, o fato é que meu menino não dorme mais de tarde. Um sono gostoso que era de 2 a 3 horas andou sumindo lá de casa aos finais de semana.

A verdade é que ele não deixou de ter sono coisa nenhuma, ele deixou sim de se acalmar para dormir mesmo. E não adianta que eu sossegue os ânimos que ele continua lá, aceso, saracoteando pela casa, pedindo para passear, para brincar, para correr cheio de energia. E até eu, que ando querendo uma soneca de tarde ou torcendo pela soneca dele para fazer outras coisas, não consigo nadinha de nada.

Ontem, pleno domingo em que eu fui acordada por ele às 6h pedindo mamadeira e não voltei a dormir, estava implorando uma soneca. Depois de almoçar até cheguei a me deitar para ver Meu Malvado Favorito 2 com ele, mas quem tirou soneca fui eu e não ele, que ficou lá aceso, me chutando, mexendo no meu cabelo, falando e rindo com o filme. Eu sonequei por uns 30 minutos, mas ele nada.

Eu até tinha decidido que não ia deixá-lo dormir, depois que eu tentei tanto e não adiantou e já eram mais de 15h e estava ficando tarde para as sonecas dele que são longas demais, mas aí fui tomar banho e esqueci de avisar que não era para deixar ele dormir por já ser 16h. E em quinze minutos eu voltei e o pai - que não tem paciência com ele, principalmente porque ele estava muito azedo por não ter dormido - acabou colocando ele de castigo como sempre, o que o injuriou e o fez dormir.

Resultado: ele dormiu até às 20h e, claro, só voltou a dormir às 23h30. E eu que queria ter assistido a um filme às 22h e acordei às 6h fiquei lá com essa para resolver e tentando entender onde foi parar o meu menino que era louco por sua soneca.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Contra fatos não há argumentos

Assim diz o ditado. Assim tenho feito em casa. Já percebi que nem sempre conversar com o Arthur é um bom negócio, principalmente quando ele está fora de controle, com sono, com fome ou bravo. Conversar o deixa ainda mais fora de si e descontrolado. 

Então, aos poucos, aprendemos a lidar um com o outro. Mas começamos a entender que nestes momentos, a melhor coisa é ignorar. É assim mesmo. Deixá-lo repetir à exaustão os seus queros e não queros, deixá-lo berrar e espernear e extravasar tudo o que está de errado ali para ele seja diante de uma negativa, de uma coisa que fizemos e o desagradou, de seu cansaço e sua não habilidade para expressar o que quer ou não quer, etc e tal.

Pois bem. Parece até maldoso dizer que o deixo e o ignoro e contraditório fazer isso sendo a pessoa que nunca tolerou que ele chorasse até à exaustão e nunca o deixou chorando por qualquer motivo que fosse. No entanto, nos seus terrible two e principalmente em dias em que tudo vai mal (se eu tenho meus bad days porque ele também não pode?) é a única coisa que funciona.

Já percebemos que quanto menos argumentamos e menos tentamos entender e intervir na situação, melhor e mais rápido ela se soluciona porque ele se acalma, pede colo e chupeta e se consola entendendo que ele não pode, ele não vai ou se rende ao seu cansaço e dorme confortado por um colo e um abraço. Aprendemos em nossa convivência - nem sempre amável e nem sempre pacífica - que somos muito parecidos e que cada um precisa de seu tempo de recuperação seja de uma frustração, de uma bronca, de uma negativa ou para entender que só estamos cansados.

Aos poucos estamos aprendendo a nos dar este tempo de intervalo e que, a cada dia, também tem diminuído. E, geralmente, depois do turbilhão, o menino se acalma e volta a ser o menino mais amável do planeta como se nada tivesse acontecido. E então eu tenho cada vez mais certeza de que estamos no caminho certo na construção de nossa parceria e convivência harmoniosa.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Rotina, cadê você?

HORÁRIO DE VERÃO + RECESSO DE FINAL DE ANO + FÉRIAS DE CRIANÇA AGITADA = NÃO ROTINA

Achei, juro que achei, que ia ser mais fácil voltar à rotina com a volta ao trabalho. Mas aí tomei um baile na segunda-feira e ontem me rendi aos apelos do meu filho de levá-lo a pracinha. Ou seja, nada do retorno da tal amada-idolatrada-salve-salve rotina. Pelo jeito, ela só vai voltar quando as aulas dele voltarem e ele tiver que acordar cedo, voltar direto para casa para jantar e etc e tal.

Enquanto isso, eu vou curtindo o final das férias dele e o horário de verão com passeios na pracinha e mais tempo com ele. Porque como diz o ditado, se não pode vencê-lo junte-se a ele!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Resoluções de ano novo

Fazia muito tempo que eu não fazia uma lista de desejos para o ano que começava, mas eis que esse ano eu quis fazer para me policiar e me forçar a cumpri-la. Afinal, se eu funciono com listas e metas por que não fazer uma para meus planos e desejos pessoais?

Decidi que ia estipular cerca de 12 metas para poder distribuí-las por mês, então ficou mais ou menos assim:


* Aprender a costurar em março (durante as minhas férias)
* Trocar de emprego depois de março (depois das férias)
* Terminar a monografia da pós até agosto (estiquei o prazo e desse não pode passar)
* Ser mais amável, tolerante e cordial sempre (esse vale para todos os meses do ano)
* Guardar dinheiro todos os meses (preciso ser menos gastona, então vou reservar uma porcentagem do salário)
* Ler mais (pelo menos um livro por mês)
* Passear e viajar mais
* Ver mais meus amigos (um amigo diferente por mês)
* Cuidar mais de mim (manicure pelo menos um vez por mês)
* Escrever mais (aqui, na monografia, no outro blog, no trabalho, etc)
* Me dedicar mais ao Para Você - Lembranças Personalizadas (meu negócio de lembranças que está esquecido e abandonado)
* Fazer mais coisas que eu gosto
* Repaginar o blog (o mais rápido possível e essa eu coloquei agora)



segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Fim de recesso e a volta à normalidade

Acabou-se 2013 e então veio um ano todo novo e em branco para colorir da cor que eu quiser e meu menino também.

O ano de 2014 começou azul da cor do céu de brigadeiro, sem nuvens e com direito a muito picolé de morango, praia, piscina e uma verdadeira bagunça.

Nos esbaldamos nas férias e demos adeus à rotina, mas vamos aos poucos voltando ao normal (assim espero). Como voltei hoje para a minha rotina de trabalho e tudo mais, espero nesta semana dar rotina ao Arthur novamente. Ele ficou sem hora para comer (e ficou literalmente sem comer porque não queria nada além de brincar, passear e tomar picolé), sem hora para dormir e ficou tudo uma verdadeira bagunça.

Voltei antes já que ele não comia e apesar de ainda estar sem horário, já voltou a se alimentar normalmente. Desde que voltou resistiu à todas as sonecas da tarde e foi dormir lá pelas 23h ou mais. Continuamos firme e forte no desfraldamento, que tem sido um sucesso.

Agora, só falta readaptar nos horários de antes. Hoje começo a luta colocando-o para dormir mais cedo (e já sei que vou tomar um baile, então, vou aproveitar que as coisas ainda estão calmas no trabalho para me munir de muita paciência.)

Deixo vocês por hoje com algumas fotos das nossas mini-férias de final de ano.








 

sábado, 28 de dezembro de 2013

O desfralde: dias 2, 3 e 4

No dia 2, o cocô acabou sendo na fralda matutina. Ele ainda não tinha tirado a fralda quando fez o cocô - um problema a menos, pensei. Então, o dia seguiu bem. Escapou uns dois xixis, mas tudo com muita tranquilidade. Fez pela primeira vez xixi em pé na graminha quando saiu com a dinda. Ela queria incentivar o xixi em pé, mas já disse que não, que eu não to muito afim de encarar parede mijada lá em casa, já que ele faz xixi no penico ainda.

No dia 3 ele acordou da soneca da tarde e foi correndo pro penico. Mesmo estando de fralda, ele tirou a fralda e fez um xixizão. Ele não tinha feito nenhum xixi na fralda, que eu coloquei nele depois que ele tinha pego no sono. Ele começou alterar entre não querer colocar a fralda para dormir e pedir a fralda no meio do dia. Será que é normal? Ele também teve meio que uma dor de barriga. Bom, foi assim que ele chamou, mas acho mesmo que é ele percebendo sua vontade de ir ao banheiro. Fiz uma massagenzinha e depois de um punzão perguntei se ele não queria fazer cocô. Ele disse que sim e fomos correndo para o banheiro. Cocô feito, problema resolvido.

Hoje, estamos no dia 4 e eu não preciso mais perguntar a cada 30 minutos se ele quer ou não fazer xixi. Quando ele tem vontade, ele vai ao penico e me avisa que vai fazer xixi. Mas não precisa de ajuda nenhuma (além do incentivo de recolocar a cueca). Quando ele quer fazer cocô, ele me pede e vamos ao vaso sanitário.

Ele ainda está usando fraldas para dormir e como ainda dorme no berço (muito embora o berço dele vire cama) acho que essa etapa do desfralde ainda vai ser mais lenta e gradual - vai ficar para 2014! Como eu já disse, às vezes, ele altera entre querer usar a fralda no meio do dia ou então se recusar a colocá-la antes de dormir. Não sei se é normal, mas é fato e recorrente aqui em casa. Além disso, vez ou outra, ele me pergunta se está de fralda ou de cueca - parece que meio para se certificar de deve ou não tomar cuidado. Geralmente, quando ele me pergunta isto está quase na hora dele dormir e ele já está mais para lá do que pra cá, mas como é férias estamos em hora e nem rotina e tudo está lindo assim. Em janeiro eu vejo como ajeito as coisas, não é mesmo?

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Do desfralde definiitivo: Dia 1

Em maio este foi um assunto recorrente, mas acabei desistindo no início do processo principalmente porque ele queria ficar pelado em pleno mês de junho, ou seja, no frio. Fazia no penico e tudo, mas se vestir novamente era uma árdua tarefa. Então, queria estar com ele em todo o período necessário do desfralde e não queria deixar esse processo na mão de ninguém: nem da escola e nem da minha mãe que fica com ele de manhã. Então, desisti.

Achei que seria melhor esperar e ter o tempo para fazer isso. Algumas coisas eu não abro mão de fazer com ele e para ele e o desfralde é uma delas.

Então, esperei meu recesso para re-começar. Estou com ele desde sábado e começamos hoje o processo. No dia de seu mêsversário de 2 anos e 9 meses.

Logo de manhã e há alguns dias já avisava que isso iria acontecer. Então, ele já estava sabendo o que ia acontecer e as coisas fluíram naturalmente.

Logo de manhã ele aceitou a cueca e, depois, a sunga para irmos à piscina sem nenhuma fralda. Fez xixi no penico e descemos para brincar.

Depois de um tempo brincando ele me pediu para fazer xixi. Na verdade, ele acabou fazendo cocô na privada porque como estávamos lá em baixo levei o ao banheiro comum. Fiquei surpresa com a desenvoltura dele de logo de cara fazer cocô na privada. E fiquei super feliz. Depois, brincando perto da piscina ele deixou escapar um xixi - sorte que foi perto da piscina e nem tive que limpar, só levei ele no chuveiro para enxaguar ele e a sunga como se aquilo somado à explicação de que tinha que pedir para fazer xixi tivesse um efeito potencializador.

De tarde, quando dormiu, eu vesti a fralda nele. Quando ele acordou ele tirou a fralda assim que despertou e depois de um convencimento nada engrandecedor de minha parte (a mosca ia pegar o pipi dele) o convenci de vestir a cueca (ele gosta mesmo é de ficar pelado, se bem que agora está calor e dá quase para deixá-lo pelado mesmo).

Então, ele ensaiou e pediu umas três vezes para fazer cocô na privada, mas sentava, se sentia incomodado e saia sem fazer nada até que, claro, fez cocô na cueca. Avisou que tinha feito e me pediu para tirar. Fomos para o chuveiro, lavamos tudo e vestimos uma cueca limpinha. 

Todos os outros xixi (por enquanto) ele fez no penico e parece que entendeu tudo muito bem - segura bastante, faz xixi quando tem vontade e por conta própria levanta, tira a cueca, senta no penico, faz xixi e pede para lavarmos o penico. Tudo com bastante tranquilidade. Mais algum tempo e ele vai dormir porque este ano nossa comemoração de natal só vai acontecer amanhã na hora do almoço e hoje não teve ceia e nem nada de especial.

Então, considero o primeiro dia um sucesso. Fico feliz que tenha adiado e esperado um pouco mais para dar início ao processo porque ele ter crescido neste período e ter amadurecido fez com que o resultado fosse melhor e menos traumático tanto para mim quanto para ele.

Como percebi que ele ainda não fica à vontade nesta privada, para o cocô amanhã, vou tentar estimulá-lo no penico. Ainda bem que ele tem horário mais ou menos fixo para fazer o cocô, então dá para ficar ligado. Enfim, vamos ao dia 2!

Que esta noite seja muito iluminada para todos e que o bom velinho seja bondoso e traga para próximo de vocês os desejos que querem realizar em 2014 e muito amor, paz, saúde e alegrias a vocês e a quem vocês amam.




sábado, 21 de dezembro de 2013

Recesso

Final de ano chegou e com ele o meu sonhado recesso. Serão quase 15 dias, que passarei na praia com meu filhote.

Ele, aliás, já está lá desde quinta-feira. Eu vou ainda hoje. Nos encontraremos a noite e ficamos até dia 4, sábado, quando eu volto para a vida real e a vida dura de dona de casa com roupa para lavar o domingo todo e voltar a trabalhar dia 6.

Vou aproveitar para descansar e curtir. Quem sabe pego um bronze e desfralde meu menino. Esses são os planos.

E que venha 2014 - um ano que promete ser de muito trabalho, apesar de ter muita gente achando que em ano de copa do mundo ninguém vai trabalhar. Eu sei que além de ano de copa e de eleições, para mim, também é ano de congresso - onde se elege uma nova direção onde trabalho. Ou seja, tem muito trabalho, apesar de no meio de tudo isso ainda tem minhas sonhadas férias de março.

Antes de pensar em 2014, eu quero me despedir de 2013 com tudo que ele teve de bom e de ruim.

Que 2014 seja um ano iluminado para todos. Se der volto antes do ano terminar, mas não quero prometer mais nada para este ano que termina. Quero apenas que ele se vá para que este ciclo se feche.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sem explicação

Alguém me explica por que meu filho sussurra quando está pronto para dormir, mas quer conversar comigo?

É fofo e engraçadinho, mas pensa numa mãe tentando entender o que o filho fala de chupeta e sussurrando? Eu tenho que pedir para ele repetir umas 5 vezes até que peço para ele falar alto comigo e tudo se esclarece (ou não e eu desisto mesmo).

 Alguém explica como um menino pode gostar tanto de banho que, quando quer, vai para o banheiro, tira a roupa e pede para tomar banho?

Toda vez que isso acontece eu fico pensando que ele se acha dono de si e auto-suficiente para tomar as decisões da vida dele, né, porque é o supra-sumo da independência ele decidir até quando toma banho. E não é só uma vez não, por dia, isso pode acontecer várias vezes.

Agora, alguém explica de onde vem essa criança?


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Presente de Natal

Como faz com a mãe que quer, por tudo neste mundo, comprar uma bicicleta para o filho de nem 3 anos?

Como faz com a vontade dessa mãe que está maior que ela só porque o menino é louco com bicicleta e porque ele saiu pedalando em uma já na primeira vez que subiu na tal?

Como faz se o único presente que ela pensa em comprar para ele é uma bicicleta aro 12?

Como faz se essa mãe-maluca pesquisa e ainda encontra em um preço que cabe no bolso uma bicicleta que ainda por cima vem com os acessórios de proteção?

Alguém indica um psiquiatra para essa mãe?

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Das mudanças que acontecem

Há algum tempo andava insatisfeita com a escola do Arthur. Os motivos eram vários - desde a refeição servida (que era na maioria das vezes industrializados) até o cuidado com ele mesmo, que estava chegando toda semana com marcas de mordidas. Eu entendo a praticidade dos industrializados, mas não respeito seu uso diário e ostensivo, ainda mais para crianças tão pequenas e em formação de alimentação, nutrição, gostos e etc. Entendo também que crianças brigam e disputam, mas toda semana é um pouco demais em uma sala de no máximo 8 crianças, que deveriam ter 2 pessoas em sala de aula. Para piorar, quem mordia ele era sempre o mesmo, ou seja, casos demais de reincidência.

Somado a isso, Arthur mudou de sala (evoluiu e tal) e eu só fiquei sabendo porque a professora nova postou no Facebook. A comunicação entre escola e pais era sempre precária e isso me incomodava. A tal ponto de a escola ter problemas com o telefone e nenhuma pessoa ser comunicada e você tentava telefonar para lá e não conseguia nunca por semanas seguidas.

No meio disso tudo veio a rematrícula e então pela primeira vez pensei em de fato mudá-lo de escola. Ele está em uma fase em que fala muito dos amigos da escola, embora só conviva com eles na própria escola, mas achei que podia ser uma coisa se considerar. Além da rematrícula, veio o aviso de aumento de 12% da mensalidade de 2014 - valor que achei ser alto demais em comparação com a inflação acumulada no ano e, principalmente, para o que estavam me oferecendo de serviços.

Por último, e como cereja desse bolo mal ajambrado, Arthur me relatou meio que na brincadeira que a babá tinha o chamado de feio. Como sempre, em uma simulação do real em sua brincadeira, Arthur disse que o fantoche o tinha mordido, jogou o boneco longe e o chamou de feio. E me chamou muito a atenção dele chamar o boneco de feio, já que não chamamos a atenção dele desta maneira. Para mim, morder é feio, mas o Arthur não é feio. Não é menosprezando meu filho que vou ensiná-lo algo, então prontamente perguntei quem tinha chamado ele de feio. E ele, sem a maldade que ainda não lhe cabe aos 2 anos e meio, me disse o nome da babá.

Insatisfeita, procurei as mães dos colegas de sala dele e questionei quem iria manter os filhos na escola e, para minha non-grata surpresa, muita gente estava pensando em tirar os filhos de lá. Depois dessa, se eu tinha uma pulga atrás da orelha virou um pulgueiro inteiro e resolvi partir para a busca de outra escola.

Depois de pesquisar escolas que se enquadravam no que eu queria para ele neste momento, fui visitar duas escolas (e se tivesse tido tempo teria ido visitar mais uma, mas anda muito puxado) e acabei optando por uma delas.

Hoje, fui efetivar a matrícula, e levei ele junto para conhecer a escola.Eu já tinha contado que ele ia mudar de escola, mas eu não sei o que ele entende por isso. Só sei que chegou a me perguntar se era a escola rosa (o que eu acho que é uma alusão a escola que abriu recentemente na frente da casa da minha mãe, mas que tem uma mensalidade muito alta para meu bolso) e eu contei que não, que era uma escola amarela. Ele chegou a dizer que não queria, por isso, fiz questão de levá-lo hoje comigo.

E então ele já chegou na escola nova perguntando se "é aqui?". Depois, entrou e logo viu os peixes e se encantou. Depois, começou a rodar por perto e explorar a escola nova. Em pouco tempo, descobriu que nos fundos estava um parquinho e um tanque de areia colorida. Em questão de minutos entrou em uma sala com as crianças menores porque eles estavam explorando luzinhas. Eu deixei ele lá e fui fazer a matrícula na secretaria. Quando voltei a turma tinha ido para a quadra e quando cheguei lá meu filho corria e brincava com as crianças como se já fizesse parte. Difícil mesmo foi convencê-lo a sair de lá, mas depois de explorar mais, ele acabou aceitando meu convite para irmos embora. Me deu a mão e saímos.

Alguém duvida que ele gostou?
Mas quando subi na quadra e dei com meu filho lá, brincando, senti que fiz e escolha certa para ele e me emocionei. Fiquei realmente feliz pela escolha e certa de que meu filho vai ser muito bem amado e querido naquela escola (como era na outra, não posso negar que apesar do tal feio aí, ele sempre foi super adorado pelas professoras). Tiver certeza que ele vai gostar dali e se sentir seguro para aprender e viver algum tempo de sua infância.

Depois, quando chegou na casa da avó, e ela perguntou se ele tinha gostado da escola nova, para completar, ele disse que sim de uma forma tão espontânea que deixou meu coração tranquilo e sem dúvida nenhuma de que fiz uma boa escolha.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Dos feriados e dos falatórios

Ele tinha acabado de acordar e eu fui trocar sua fralda. Reparei que suas partes estavam meio "caídas" e seguiu-se este diálogo:

M: Arthur, você está com o saquinho mucho. Será que você vai ficar doente? Tá doendo alguma coisa: cabeça, barriga, garganta?
A: Não.
M: Será que você vai ficar doente?
A: Se ficar doente, leva no dotô.
M:  Gargalhadas


- X -

Ele brincou a tarde inteira. Depois da soneca me diz:
Mãe, vamos passear?
Eu, sem saber mais o que fazer, pergunto: Mas, onde você quer ir?
Ele me responde: Passear, lá longe.
Eu achando que ele ia pedir para ir no sítio ou no praia, reitero: Mas lá longe, aonde?
Ele afirma: Lá longe, no bosque para ver o lobo mau.
 
- X -
 Ontem de manhã
 Mãe, quero ir no shopen.
Fazer o quê lá?
Ver papai noel.
Hoje cedo
Mãe, vamos no shopen.
De novo?
É. Quero ver papai noel.
Mas o shopping ainda está fechado.
Ah, tá.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O choro dos outros

Desde que começou a entender as expressões e os sentimentos, Arthur não gosta de desenhos/personagens/pessoas tristes ou chorando. Além de dar aqueles pulinhos no coração da mãe por ver um menino assim tão solidário a dor dos outros, temos passado por situações bem engraçadas por causa disso. (Quem disse que não há fofura aos 2 anos?)

1º episódio: Eu e o Arthur estávamos brincando na sala quando na tevê um bebê chorou. Ele, na mesma hora, parou para ver de onde vinha. Colocou o dedinho perto da orelha e disse? Escuta... o nenê tá chorando. Disse que era na tevê e ele me perguntou: Vamos cantar para o nenê não chorar? Eu, curiosa, perguntei: Como é que canta para o nenê não chorar? E ele começou: choia, choia, choia, paia de choia. E em ritmo acelerado emendou dançando como ordenava a música: põe a mão na cabeça, põe a mão na tintuia. Na mesma hora comecei a rir.

2º episódio: No dia seguinte de manhã, enquanto esperávamos a vovó na garagem uma criança chorava desolada na garagem. Chamei a atenção dele para o som que vinha de fora do carro e na mesma hora ele se pôs a cantar: chora, chora, chora, paia de chorar. põe a mão na cabeça, põe a mão na tintura. (ele que começou a pronunciar os 'erres' recentemente às vezes fala as palavras com ele, às vezes não)

3º episódio: Ontem, em casa, acabei quebrando a unha de bobeira e me lamentei pelo fato segurando o dedo com a unha quebrada. Triste com o fato e com aquela sensação horrível latente de unha quebrada me lamuriava quando Arthur entendeu que algo estava errado e começou a chamar pelo pai, que ainda não estava em casa. Pai, a mamãe tá chorando. Pai, vem aqui. Pai, a mamãe tá chorando. Posso?